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Metas para controlar epidemia de Sida foram alcançadas antes do prazo

PARCERIA TÉLA NÓN – RÁDIO ONU

Unaids anuncia que mundo já tem 15 milhões de pessoas a receber medicamentos para o tratamento do HIV; secretário-geral da ONU salienta que juntos, está a ser possível “mudar o mundo”.

Ban Ki-moon em discurso sobre as metas alcançadas em relação ao Sida. Foto: ONU/Eskinder Debebe

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As metas relacionadas ao Sida que fazem parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio foram alcançadas antes do prazo – o cumprimento estava previsto para dezembro deste ano.

Na capital da Etiópia, Adis Abeba, o Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Sida, Onusida, apresentou esta terça-feira um relatório sobre progressos para controlar e reverter a epidemia.

Mortes

Desde o ano 2000, as novas infeções por HIV diminuíram em 35%, para 2 milhões por ano, enquanto as mortes relacionadas ao Sida caíram 41%.

A resposta global à epidemia ajudou a evitar 30 milhões de novos casos de Sida e quase 8 milhões de mortes.

Mais de 80 países, que juntos têm 83% das pessoas com HIV, conseguiram controlar ou reverter a epidemia, como África do Sul, Moçambique, Quénia e Zimbábue.

Terapia

Em Adis Abeba, o secretário-geral da ONU declarou que “o mundo conseguiu reverter a epidemia de Sida”. Segundo Ban Ki-moon, “juntos, foi possível mudar o mundo”.

O chefe da ONU lembrou que  há 15 anos, poucas pessoas em África recebiam tratamento para a Sida e atualmente, 15 milhões de pessoas no mundo têm acesso aos medicamentos. Deste total, mais de 10 milhões estão na África Subsaariana.

Avanços

Ban Ki-moon reforçou que agora, os países precisam se comprometer a acabar com a epidemia de Sida, o que será um dos novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O diretor da agência, Michel Sidibé, declarou que há 15 anos, “havia uma conspiração de silêncio, quando a Sida era uma doença dos ‘outros’ e o tratamento estava disponível apenas aos mais ricos”.

Investimento

O relatório mostra que a reposta ao HIV tem sido um dos investimentos mais inteligentes na saúde global, gerando benefícios para pessoas e economias. Desde o ano 2000, foram investidos US$ 187 mil milhões, sendo que mais da metade do valor teve como origem fontes domésticas.

O relatório da Onusida foi lançado às margens da Terceira Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, que decorre na capital da Etiópia até quinta-feira.

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