Cultura

Olinda Beja nomeada para o Prémio Literário – Portugal Telecom

Pela primeira vez, obra literária de uma escritora são-tomense, é nomeada para o prémio literário promovido pela companhia portuguesa de telecomunicações, PT. “Histórias da Gravana” de Olinda Beja, ganhou notoriedade na categoria conto-crónica, facto que por si só dignifica São Tomé e Príncipe.

54 brasileiros, 5 portugueses e uma santomense. Formam o grupo de 60 escritores de expressão portuguesa,  nomeados para o Prémio de Literatura em Língua Portuguesa promovido pela Portugal Telecom.

Olinda Beja, é o nome são-tomense, que através da obra “Histórias da Gravana”, coloca o país numa das importantes competições literárias do espaço lusófono.  Em declarações ao Téla Nón, via on line, a escritora que reside na Suíça, manifestou-se emocionada. Soube da sua nomeação para o prémio, através de uma mensagem electrónica, enviada à redacção do Téla Nón por Fátima Brites, professora em Luxemburgo que conheceu Olinda Beja,  no Sallon des Migrations, des Cultures et du Livre (Luxemburgo). «Onde esta escritora deu a conhecer a sua obra e o seu país», referiu Fátima Brites, que tinha lido a notícia no “Jornal Notícias” de Portugal.

Fátima Brites, procurou o contacto de Olinda Beja, através do Téla Nón. Segundo a escritora são-tomense ao acordar no último sábado, encontrou o maior presente no seu correio electrónico, a mensagem da amiga que vive em Luxemburgo, dando conta que a sua obra “ Histórias da Gravana” tinha sido nomeada para o prémio PT. «Não é qualquer escritor que entra nesta corrida, e eu cheguei à meta final, estou nomeada, o que é já um prémio para mim e para S. Tomé e Príncipe», declarou Olinda Beja na mensagem enviada ao Téla Nón.

Neste ano 2012 em que São Tomé e Príncipe, vive uma Gravana(estação seca), chuvosa as “ Histórias da Gravana” de Olinda Beja, poderão pôr sorriso mais radiante do que o sol, nos lábios dos leitores.

A amiga, Fátima Brites, residente em Luxemburgo, não conseguia esconder a alegria, e relatou para o Téla Nón, a importância das obras de Olinda Beja nas suas actividades como professora em Luxemburgo. «Alguns dos seus livros foram adotados nos nossos Cursos de Ensino de Língua e Cultura Portuguesas. Destaco, entre eles: “15 Dias de Regresso” e “Pé-de-perfume“» afirmou Fátima Brites.

A professora de português no Luxemburgo, continuou a falar de Olinda Beja. «Os seus trabalhos enchem-nos de orgulho e sabemos que esta escritora é, sem sombra de dúvida, uma notável embaixadora da vossa terra, da vossa cultura, da vossa riquíssima fauna e flora, sendo uma boa comunicadora na divulgação das suas origens e do vosso país, São Tomé e Príncipe», acrescentou.

Num total de 502 livros inscritos para o Prémio PT, a obra de Olinda Beja, seleccionada na categoria de conto – crónica, já conquistou o seu espaço. Está no grupo das 60 nomeações. “Uma vitória” disse a escritora, na conversa com o Téla Nón. A selecção foi feita no Brasil.

Mesmo que não seja vencedora do concurso PT, nada mais tira sorriso nos lábios de Olinda Beja, e não há chuva teimosa este ano, que tirará a São Tomé e Príncipe, o prazer de viver as “Histórias da Gravana”, desta vez com o nome do país, na mesa das grandes decisões do Prémio de Literatura – Portugal Telecom.

Abel Veiga

21 Comments

21 Comments

  1. Baga Tela

    4 de Junho de 2012 at 9:39

    Este prémio mostra que em STP existe obreiro. Quando se trabalha com o propósito de crescer, se é reconhecido além fronteira.
    Desde já, o meu muito obrigado por levar e mostrar ao mundo o que é nosso.
    Um bem haja!

  2. Ramos Neto

    4 de Junho de 2012 at 12:43

    Realmente quando tomei o conhecimento na passada semana desta grande notícia, pela própria Olinda Beja, alegrei-me e eu disse ” A ilha de nome santo é que está de parabéns! e também este pequeno povoado de Batepá, especialmente “San Lábica” a mamãe de feliz memória. São Tomé e Príncipe é um país rico e bonito, desde que saibamos aproveita-lo

  3. Ramos Neto

    4 de Junho de 2012 at 12:47

    Parabéns e estamos todos felizes por si, sim!

    • Ana Laura Mendonça

      4 de Junho de 2012 at 14:07

      Não tenho nada contra a senhora. Desejo-lhe ardentemente sucessos pessoais e profissionais. Mas a São Deus Lima é de outra galáxia… Quem lê estas duas nossas escritoras e conhece a realidade nacional vê, sem dificuldades, a diferença entre as duas.
      Uma não faz esforços nenhuns, nas suas obras, para encher a nossa alma de brilho e viagens profundas, em qualquer contexto de leitura, relacionadas com a nossa origem, identidade e percurso histórico-cultural; a outra parece que faz um tremendo sacrificio pessoal para encher páginas de livros com pedaços de cada um de nós, mal ou bem articulados, para que cada leitor se possa imaginar sentado nas referidas obras.
      São, contudo, duas boas embaixadoras da Santomensidade.
      Bem haja
      Ana L. M.

    • Male Bobo

      6 de Junho de 2012 at 11:50

      SÃO DE DEUS LIMA está hoje entre os maiores poetas da língua portuguesa. Tudo o que ela escreve é bem articulado. Por isso não publica todos os dias. A São não escreve versos, escreve POESIA. E não precisa de bater no peito para dizer que é santomense. Quanto a Olinda Beja, parabéns.

    • Professor

      8 de Junho de 2012 at 8:30

      Um esclarecimento: versos são partes de uma coisa maior chamada poesia. Se a poetisa não faz antes os versos, ela não tem, depois, o produto da junção do que produz, que é a poesia. Portanto, São Deus Lima faz versos. Olinda Beja é escrevedora, e não escritora, e só está visível porque não mora em São Tomé, mas está muito melhor do que aqueles a que ela chama irmãos, que vivem na pobreza, na carestia… E ela come chocolate suiço. Ela vive na Suiça, por isso que agora é hora de se dizer santomense, pra ganhar prémio.

    • Professor

      8 de Junho de 2012 at 8:25

      Santomensidade não, se faz favor. Isso está mais que arcaico. No mais, a Olinda Beja é tão santomense quanto a Clarice Lispector é ucraniana, ou seja, NADA! Alguém já ouviu alguém dar prémio para Clarice como grande representante da Ucrânia? A São Deus Lima essa sim, é santomense. Sabe o que é viver em São Tomé, e onde está o nome dela pra representar o país em que ela VIVE??? É isso que me deixa indignado, mais nada.

    • olinda beja

      14 de Junho de 2012 at 18:53

      CARTA AO PROFESSOR,
      Sou eu a OLINDA BEJA que lhe está a dar uma palavrinha, ri muito com os seus maquiavélicos textos sobretudo quando diz que eu estou a comer chocolate na Suiça!
      Fique a saber que eu NÃO gosto de chocolate, desde criança que nunca gostei….. Faço sim, aqui na Suiça, campanhas de chocolate e leite em pó que levo depois, a expensas minhas, para as crianças de S. Tomé e Príncipe)
      Também ri quando o professor diz que … diz que… diz que…
      Gostaria portanto de lhe deixar alguns esclarecimentos:
      – eu, OLINDA BEJA, escrevo como gosto, como sei, como sinto no meu coração (o professor tem coração?????? Se o tem só mostrou que, infelizmente, está cheio de ódio, rancor, inimizade, maldade)
      – o professor NADA sabe do meu percurso de vida nem dos laços afetivos e familiares que me ligam maternalmente a São Tomé;
      NADA sabe do percurso de vida da Clarice Lispector (aliás Haia Pinkhasovna) pois caso contrário não faria comparações absurdas, analfabéticas e manipuladoras;
      NADA sabe sobre TUDO quanto eu tenho feito pelo país onde nasci (não por um acidente de percurso!!!! Como a Clarice!!!!!)
      NADA sabe sobre as ONGs desse país que eu ajudo material e economicamente
      NADA sabe sobre a minha luta por esses países fora a angariar fundos para essa terra
      NADA sabe sobre as conferências que faço nas universidades suíças onde, em vídeos, mostro o trabalho árduo do cacau e do café tentando sensibilizar jovens e adultos a investir e a ajudar S. Tomé e Príncipe
      NADA sabe sobre as pessoas que eu ajudo dentro e fora do país (crianças, familiares, amigos, estudantes que a Embaixada deixa em Lisboa sem abrigo e sem apoio…)
      NADA sabe sobre mim NADA, absolutamente NADA!
      NADA sabe sobre a minha editora no Brasil
      NADA sabe sobre a forma como decorreu a apresentação das obras (nem eu sabia que o livro de contos “Histórias da Gravana ia ser posto a concurso!!!!)
      NADA sabe sobre a minha obra pois NUNCA a leu com coração (não o tem!!!!)
      Triste professor que só mostrou ódio e infelicidade! Tenho pena de si! Deve ser muito mas muito infeliz!! O que lhe aconteceu na vida para ser assim?
      Deixe-me dar-lhe um conselho: ajude os outros, ajude os jovens de S. Tomé e Príncipe a escrever e a publicar, (há tantos valores a despertar), ajude os velhos, ajude os carentes, trabalhe duro como eu e depois… depois então sorria, seja feliz, não tenha inveja nem ódio dos outros, encha o seu coração de amor e vai ver que passará a ser uma boa pessoa! E nessa altura sim, nessa altura poderá dizer tudo o que quiser que SABERÁ DIZÊ-LO sem ofender, sem ser mesquinho, sem ser indelicado, sem ser grosseiro.
      Eu, a Olinda Beja (mesmo sem saber escrever!!!!) sou feliz, muito feliz, tão feliz que quando escrevo seja o que for ASSINO O MEU NOME, não me escudo em pseudónimos pseudointelectuais!
      OLINDA BEJA
      14 de junho de 2012

  4. Nós

    4 de Junho de 2012 at 13:31

    Parabéns, força e acredite na vitoria porque S.Tomé Podereso está contigo…

  5. Dondô

    4 de Junho de 2012 at 15:04

    É de reconhecer a sua singularidade personalidade, determinante, de cabeça erguida e com os pás no chão. Ainda com turbulência, São Tomé e Príncipe tem se afirmado pelos seus filhos. Como diz na nossa gíria “ Non na cá nancê bô, molê bô fa”. A partir do solo Pátria, saúdo-lhe e faço votos de que, mais coisas que se encontra na pamba sai a rua;
    Felicidade!

  6. Madalena

    4 de Junho de 2012 at 15:04

    Olinda Beja
    Ajuda teu povo a sair de miseria.
    Monta fabrica de chocolatae tardicional em toda ex roça e procura na Suiça compador.
    Brasil tem tecnologia para fazer isso rapido.
    BAsta comprar o nosso chocolate tradicional, feito nas roças.
    Leva fografia das antigas casas coloniais e publica nunsite em Suiça, formação profissional para controlar o mosquito. “Ajuda genti, essa cuesa é que´”

    • osvaldo vaz

      4 de Junho de 2012 at 20:33

      cara Madalena, aprenda primeiro a escrever e só depois faça critas, e principalmente de uma pessoa como a Olinda Beja

    • Africa

      4 de Junho de 2012 at 21:59

      É difícil acreditar como existe pessoas tão ignorantes no nosso país.
      Que coisa! Isto é de tirar a paciência de um santo!
      Você é uma pessoa muito triste.

  7. Madalena

    4 de Junho de 2012 at 15:05

    Tradicional e comprador
    qua li?

  8. Madalena

    5 de Junho de 2012 at 12:05

    Osvaldo Vaz, em materia de escrita, podemos falar noutro forum. Lingua russa, ingles, mandarim e portugues.
    Por isso fica calmo.
    Acho justo e normal uma pessoa com influencia dela ser a nossa embaixadora na Suiça. Mais, ao invés de ser ter um Italiano, unico, a produzir chocolate para exterior não é sustentavel. A não ser que o senhor é accionista desta empresa.
    Não critiquei ninguém, fiz uma especie de apelo.
    Só sabemos , finalmente, fazer isso.
    O que escreveu não tem erro?
    Leia com atenção!!

  9. DEUSA

    5 de Junho de 2012 at 16:24

    Meu Deus… Não acredito no que li

  10. Zumbakuê

    5 de Junho de 2012 at 18:04

    Ana Laura Mendonça, acho que a pertinência das suas comparações, não se encaixam neste espaço. Adoro as escritas de São Deus Lima, tal como a senhora. Mas tirar o mérito a nomeação da Olinda?? Do que tenho lido,ela tem feito um esforço, no sentido de levar para longe o bom nome de STP. Que continue assim.
    Mesmo longe, ela tem STP no coração.
    Bem haja Olinda.
    Continue a se esforçar, para que STP, não seja esquecido e que se torne visível aos olhos dos que a desconhecem.

    • Ana Laura Mendonça

      5 de Junho de 2012 at 21:57

      Senhor ou senhora Zumbakuê

      Se são comparações “pertinentes”, como o senhor ou a senhora considerou, encaixam sim, neste espaço, ou não?! Pertinente quer dizer, em qualquer dicionário, “próprio”, “oportuno”,
      “concernente”,
      “apropriado” etc. Se a comparação é apropriada, oportuna e própria por que razão não deveria estar neste espaço?
      Em que parte do meu texto o senhor ou a senhora constatou que eu tenha tirado mérito a nomeação da referida escritora sabendo que eu referi que ambas são duas boas embaixadoras da Santomensidade?
      Bem haja
      Ana

  11. Maria Rosamonte(imigrante)

    5 de Junho de 2012 at 18:10

    Quero expressar os meus parabens a esta senhora,que conheço os votos de muita admiraçao e carinho.
    Embora estando fora de Stomé,interessa-se bastante pela nossa cultura.
    Que consiga vender as suas obras e que Deus lhe ajude.
    O meu bem haja

  12. Lu

    17 de Junho de 2012 at 11:16

    Sra Olinda Beja, por favor, não dê muita importância a comentários maldosos. Mais importante do que vão dizendo sobre si é o que a senhora vai fazendo pelo seu país. Desejo-lhe sucessos na sua carreira literária.

    • olinda beja

      19 de Junho de 2012 at 20:15

      Bem haja Lu pelas suas palavras assim como as de tantos outros,

      não é meu hábito responder mas tive que o fazer pois esse dito “professor” (que eu conheço pessoalmente) deveria ter um pouco de discernimento com aquilo que escreve,

      eu nunca lhe faltei ao respeito (aliás não falto ao respeito a ninguém) e foi isso que me magoou, ele foi grosseiro com uma pessoa que em Portugal já comeu o pão que o diabo amassou e nessa altura onde estava ele, o professor que já não é, que não se lembrou de mim?

      aquilo é só raiva!!!! nem a escrita o ajuda, terá que fazer um d’jambi para a tirar do corpo e depois até vai escrever melhor porque os livros dele até agora…

      Continuarei a escrever como gosto e a ajudar em tudo quanto puder,

      sempre ao dispôr onde quer que eu esteja

      olinda beja

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