Cultura

Gerhard Seibert reforça a controvérsia em torno da História do Rei Amador

Acompanhei com atenção e interesse o debate de Armindo Ceita e Albertino Bragança sobre a história do Rei Amador (1595) no Téla Nón.
Quanto à questão da data da morte do Amador, já há mais de dez anos, publiquei um pequeno artigo intitulado “Está errada a data do novo feriado nacional em homenagem ao Rei Amador?” na revista Piá (S.Tomé), n.º 36, Setembro de 2006, págs. 20 a 21.
Neste texto, argumentei que a data mais provável é 14 de agosto de 1595, pouco depois do fim da revolta e a detenção do Amador.
Veja o artigo no anexo : FeriadoAmador
15 Comments

15 Comments

  1. MIGBAI

    3 de Outubro de 2017 at 9:22

    Pois é meu caro.
    Tanta polémica com a data da morte de um sujeitinho que nada deixou para STP.
    Mas isto só acontece pela falta de heróis.
    Questiona-se o meu amigo e muito bem, “porque se decidiu
    comemorar a derrota do Amador, pois foi vencido e morreu por enforcamento pelos portugueses, em vez de celebrar o início da sublevação ou o seu nascimento.”
    Mostrando o meu amigo elevada cultura, ao ponto de não engolir facilmente essa ideia do herói nacional, eu respondo á sua questão, porque, embora sendo eu preto, as minhas ideias não são escuras, como a maioria desta gente as tem.
    Meu caro, entenda que STP é uma terra de imbecis e subdesenvolvidos, direi mesmo acéfalos, pelo que na falta de verdadeiros heróis, criaram-se heróis, não importa o que foram ou o que fizeram por STP para obterem esse estatuto de heróis, o que importa é que alguém disse que eram heróis e pronto.
    Sobre a data da morte desse “herói nacional”, isso é irrelevante, como é irrelevante, o que esse sujeitinho fez, o que importa é que disseram e ponto final.
    Quase toda esta gente em STP tem unicamente esperteza suficiente para viver à custa dos estrangeiros optando pela mendicidade como forma de vida, não se preocupando com questões nacionais, a não serem as que lhes possam dizer respeito em termos financeiros.
    E é assim que está a minha terra STP.
    Por isso meu amigo, deixe estes mini assuntos para esta gente de STP, e não se meta neles, pois o meu amigo tem que empregar a sua elevada cultura noutros assuntos.
    Deixe os negrumes de STP andarem ás voltas com este assunto, enquanto o meu amigo por sua vez se dedique a outras questões mais importantes para a história da humanidade.
    Uma vez estive a almoçar fora, e veio ás falas, o problema da escravidão, acredita o meu amigo que os meus parceiros de refeição, e que eu até ali considerava terem alguma inteligência e cultura, não sabiam da existência da escravatura branca muito antes de escravatura negra?
    Acredita o meu amigo, que eles pensavam que eram os brancos que entrando por África a dentro iam agarrar os negros, para os fazerem escravos?
    E quando eu lhes disse, que eram os próprios pretos que nas lutas tribais, em vez de matarem os das tribos vencidas, os vendiam aos brancos, ou, que eram os Sobas que vendiam os pretos que dentro da própria tribo se tornavam uma ameaça ao poder do Soba.
    Acredite meu caro amigo, aquele pessoal não sabia de nada, veja como a burrice reina nestas ilhas.
    Este pessoal não lê, este pessoal não pensa pela própria cabeça, este pessoal não se questiona, este pessoal verdadeiramente não existe.
    Por isso meu caro amigo, deixe esta gente e vá trabalhar com quem merece para seu bem.
    Isto aqui é só negrumes.
    Aquele abraço.

  2. Pedro Rocha

    3 de Outubro de 2017 at 20:40

    Talvez faltem herois, mas sao largamente compensados por idiotas

    • MIGBAI

      4 de Outubro de 2017 at 9:11

      “Talvez faltem heróis”, mas tu tens dúvidas disso? Não temos na realidade heróis nenhuns Pedro Rocha.
      Sobre a compensação em idiotas, creio que nem isso somos! Veja bem e verá que somos na realidade um pais de oportunistas.
      Compreendi muito bem a sua afirmação, mas faço-me de estúpido, para sua alegria.

  3. DITADURA DA PEDRA

    4 de Outubro de 2017 at 7:58

    MIGBAI e outros Voces são especialista a criticar, criticam tudo e todos mas nunca trazem boas ideias, andam a dormir na sobra da bananeira esperando pelo ideias dos outros.

  4. De Ceita

    4 de Outubro de 2017 at 11:14

    Muitos herois nacionais no Mundon, sobretudo nos paises ocidental,sao inventados. Mais sao conservados.Ha pouco tempo, um professor universitario , foi jubilado compulsivamente por apresenter um estudo que desqualificou o maior heroi da sua terrace. Houve muita polemica a volta deste estudo, que nao foi aceite por ninguem. Mais os dados forum precisos, resultado de 15 anos de pesquisa. Mais como todos querem proteger o seu heroi, sendo inventado ou nao.
    Por aqui, simplesmente cada acha-se historiador ou especialista na materia, para negar a existencia ou nao de Amado.

  5. HILÁRIO GARRIDO

    4 de Outubro de 2017 at 16:09

    Há uma mistura de empirismo, protagonismo apressado e nossa preguicite de estudos e investigação. Fica incumbido as nossas universidade e os habilitados nesta área a trazer a tona a data pelo menos mais consensual ou aceitável. A Assembleia Nacional fica penalizado.
    Obrigado SAIBER.

  6. Toussaint L'Ouverture

    5 de Outubro de 2017 at 0:33

    MIGBAI,
    Você é de uma ignorância enciclopédica. O seu patético comentário destila um racismo profundo, um inacreditável desprezo pelos são-tomenses e pela sua cultura e,subjacente, um ressentido saudosismo pelo fim do colonialismo.
    Você, a mim, não engana. Não é são-tomense e não é africano.Não questiona a história para ajudar a iluminar os factos. Questiona-a para vomitar impropérios, insultando e mediocrizando, colectivamente, os são-tomenses, a sua história e a sua cultura.Mas traiu-se: a sua preocupação em dizer que ”é preto”, para depois martelar na palavra negrumes, só pode significar uma coisa: é branco.Um branco traumatizado pela perda do império, quarenta e tal anos depois, e que ainda espuma pelos cantos da boca quando fala dos ”negrumes”. Cada povo tem, cria e/ ou recria os seus heróis, ainda que mitificados. As pedradas de Viriato, de tanga e cajado, aos romanos, do cimo dos Montes Hermínios não é, propriamente, exemplo de uma épica nem provável nem gloriosa.
    Faça um favor: deixe os são-tomenses criarem os seus feriados. Acabem com o vosso 1ª de Dezembro se quiserem, quiçá, sabe – se lá, para se esquecerem da traição de Miguel de Vasconcelos e companhia, mas deixe os são-tomenses celebrarem a improvável e hipotética data da morte do Rei Amador e não o seu nascimento.Os cristãos não celebram com fervor a morte do seu Jesus Cristo? Não há como ter consigo um debate minimamente norteado pela cientificidade.
    Vá pregar para os Montes Hermínios e deixe os são-tomenses, se assim quiserem e disso necessitarem, inventar os seus mitos, como vocês inventaram o mito da padeira de Aljubarrota.

    • MIGBAI

      6 de Outubro de 2017 at 11:57

      Toussaint L’Ouverture
      Como lhe ficam bem, com adaptação plena à sua pessoa, os impropérios que me dirige.
      Tu sim, mostras aqui, que és daqueles negrumes raivosos que espumam por todos os poros do corpo, com os complexos de superioridade que te impedem de ver a realidade dos factos.
      Tu sim, mostras ser um racista formado pela (in)dependência oferecida de mão beijada que os “colonos” fizeram questão de nos oferecer, livrando-se destas malditas ilhas, cheias de malária e outras pestes.
      Eu sim, poderei com toda a certeza afirmar que conheço as tuas origens políticas pós (in)dependência, já que conheço esse teu discurso irracional e pestilento baseado nas ditaduras do proletariado.
      Sobre a minha cor de pele, nunca isso me afetou, e nem é motivo de conversa, pelo que, se tens pesadelos pelo facto de existirem homens de cor branca, ou menos escuros isso é um problema teu e de mais ninguém, pelo que te aconselho a procurares ajuda médica.
      Sobre o facto de me considerares um português, acredita que te agradeço do coração tal elogio, pois eu fui português sim, e com muito orgulho o digo, já fui PORTUGUÊS, infelizmente tiraram-me a nacionalidade aquando da (in)dependência, e hoje sou somente um individuo de STP.
      Como eu gostaria de obter de novo a nacionalidade portuguesa, sentir-me europeu, sentir o respeito dos outros povos, sentir o orgulho que tenho por portugueses estarem e terem estado a ocupar altos cargos nas instituições internacionais.
      Acredita criatura de todos os santos, que senti um rasgado elogio teu, ao consideras a minha pessoa um português.
      Afinal, quem é que tem a nacionalidade Sãotomense, não gostaria de ter também a nacionalidade portuguesa??????
      Quase todos nós temos um familiar que era português.
      TODOS nós temos familiares a viverem em Portugal e que já adquiriram a nacionalidade portuguesa.
      Vamos agora tratar da tua ignorância histórica, que espero aprendas e transmitas a outros, antes de te embebedares e esqueças tudo.
      Viriato, nada teve a ver com Portugal, mas sim com a LUSITANIA que é séculos anterior a Portugal.
      Não me informaram os meus amigos da existência de algum feriado relacionado com o facto de um sujeito a quem chamaram Viriato, ter andado á tareia com os romanos
      Assim, tenta atualizar esses teus neurónios sobre o tal VIRIATO.
      Não entendi o seguinte, porque é que chama Montes Hermínios à atual serra da Estrela?? Será para mostrar que sabe alguma coisa de historia?? Ou será para me meter medo intelectual??
      Criatura, eu nunca tive medo dos pseudointelectuais de STP, e se me calei durante tantos anos, foi por medo dos meus filhos poderem vir a ser vitimas de ignorantes e políticos feitos em ditaduras como tu demonstras ter sido.
      Se me calei até tão tarde foi porque não tínhamos o nosso querido e amado Tela non, para expormos as nossas ideias, já que, aqui, respeita-se o anonimato e as opiniões.
      Sobre a padeira de Aljubarrota, emboras desconheças, a mesma existiu sim, e faz parte da história factual dos portugueses e espanhóis (só para te sentires melhor , ela era branca e foi escrava e foi vendida e comprada várias vezes).
      Embora diga a lenda que matou 7 espanhóis no seu forno, a verdade é que eles comemoram não o dia da padeira de Aljubarrota, mas sim o dia da batalha em que eles venceram os espanhóis no dia 14 de Agosto e comemoram simplesmente com um feriado Municipal.
      Assim e para terminar, espero que tenhas aprendido alguma coisa de história dos pais que nos criou e infelizmente tu tratas tão mal.
      Mais uma vez agradeço do coração o facto de tu no teu precário espírito perspicaz me considerares um português.
      Agora não me considerares um Africano, isso é que me dói um pouco, contudo tenho idade mais que suficiente para perdoar os fracos, desejando-te desde já, um tratamento rápido á tua negritude de mentalidade imposta pela vivência da ditadura e ideias racistas estupidificadas na tua escrita.
      Ponto final na conversa!

  7. De Ceita

    6 de Outubro de 2017 at 8:40

    Toussaint L Overture , subscrevo tudo quanto escreveste, review que, o professor jubilado compulsivamente, e portugues,negou na sua pesquisa a gradeza historica de D.Afonso Henriques.

  8. Fernando Simão

    6 de Outubro de 2017 at 11:45

    O REI AMADOR É O NOSSO HEROI E PONTO FINAL.

    Sinto-me triste! Triste com os comentários sobre o Rei Amador do MIGBAI que considero um autentico insulto racista a todos os São-tomenses, de um saudosista deprimido do tempo colonial, disfarçado em “preto”.
    Mas este senhor teve a resposta que merece por parte Toussaint L’Ouverture, pelo que, não quero acrescentar muito mais. O que é que importa o feriado ser no dia da morte do Rei Amador ou no dia do seu nascimento? Qual é o problema? Será que esse senhor conhece a história mundial? Se conhece devia saber que há tantos heróis e tantas datas fabricados por esse mundo fora! Por isso é que termino como comecei dizendo que o REI AMADOR É O NOSSO HEROI E PONTO FINAL.

  9. TOUSSAINT L'OUVERTURE

    6 de Outubro de 2017 at 12:05

    Caro Seibert,

    Como são-tomense e africano, acompanho e respeito o seu esforço para conhecer, compreender e divulgar São Tomé e Príncipe, no campo da investigação histórica. Também compreendo que, enquanto investigador que respeita o rigor, procure aproximar-se o mais possível da data provável da morte do Rei Amador Vieira, estando convencido eu, de que nunca se chegará a uma conclusão verificávelmente conclusiva. E isso não é o fim do mundo. A sua Alemanha natal, a Europa, a América e o mundo estão cheios de datas históricas incorrectas. Os cristãos mentem todos os dias, dizendo que jesus Cristo nasceu na noite de 25 de Dezembro, quando, na verdade, ninguém sabe a data do nascimento dessa figura. O 25 de Dezembro era a data da celebração da grande festa pagã do solstício de inverno, na Roma Antiga e foi apropriada pelos cristãos como data do nascimento de Jesus.
    Por outro lado e isso, sim, preocupa-me, não entendo como é que um investigador de questões são-tomenses pergunta porque razão os são-tomenses não celebram a data do nascimento de Amador, em vez de celebrarem a data da sua morte. A pergunta é ridícula. Até parece que os esclavagistas europeus em África, neste caso, os esclavagistas portugueses em São Tomé – estavam muito preocupados com o registo de nascimento das pessoas por eles escravizadas. Data do nascimento de escravos no século XVI!!!! Até dá vontade de rir. Nem é preciso Falar de Amador. Não quer ir ao Registo Civil e pedir ceriticados de nascimento de todos os ”contratados” das roças de cacau e de café, já em pleno século XX?
    Para aqueles que possam não saber, ”contratados” foi o termo usado para encobrir a continuação de formas de escravatura e semi-escravatura em São Tomé e Príncipe até ao século XX. Mas incentivo-o, caro Seibert, a continuar a investigar a história são-tomense, sem preconceitos, para ajudar a iluminar os factos.

    • Gerhard Seibert

      25 de Outubro de 2017 at 18:22

      Caro Toussaint L’Ouverture,

      Muito obrigado pelos comentários a você e todos os outros.

      Não pergunto, porque não se comemora a data de nascimento de Amador, mas simplesmente digo que “a data do seu nascimento é desconhecida”.

      O registo de nascimento também não era praticado na maioria das sociedades africanas, antes da introdução da escrita e do estado civil.

      A própria Igreja Católica introduziu o registo civil para todos os seus crentes apenas em 1563.

      Por outro lado, o seu próprio alter ego, Toussaint L’Ouverture, nascido escravo, tem uma data de nascimento documentada, 20 de maio de 1743 (será que foi inventada posteriormente?).

      Abraços

      Gerhard Seibert

    • Toussaint L'Ouverture

      26 de Outubro de 2017 at 19:14

      Caro Seibert,
      se o senhor apenas diz que ”a data de nascimento de Amador é desconhecida”, retiro o que disse. Quanto ao meu alter ego,ele não nasceu no século XVI, nasceu no século XVIII. E não nasceu em São Tomé. Acredito que a data de nascimento de TL não tenha sido posteriormente inventada, mas não posso ter a certeza. Concordo com tudo o resto que diz no seu comentário sobre os registos civis. Cumprimentos.

  10. TL

    6 de Outubro de 2017 at 17:14

    Quererem que se celebre a data de nascimento de um escravo no século XVI!!! Devem estar a pensar na linhagem dos Bourbon, dos Bragança, dos Windsor…ou não sabem o que foi a escravatura e andam a brincar aos investigadores e estudiosos e a brincar connosco. Só pode.

  11. SÃOTOMENSE COM ORGULHO

    6 de Outubro de 2017 at 21:19

    O que MIGBAI não consegue digerir e o deixa verde de raiva é que um negro escravizado tenha tido a inteligência e a destreza militar para abalar os aliçerces da colónia, pondo o poder colonial em pânico e castigando severamente a economia esclavagista. O infeliz não sabe quem foi Toussaint Louverture. Ai, se soubesse…!!( agora irá a correr ao google para ver…) Kkkkkkk.

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