Padre Fausto Matos(na foto), é o autor do livro que mostra as influências do cristianismo na sociedade santomense.
A obra literária que relata a história de São Tomé e Príncipe, a luz da instalação há 485 anos da Igreja católica no arquipélago, foi apresentada pelo Padre Leonel Pereira.
Os 485 anos da evangelização em São Tomé e Príncipe, são detalhados sob a reflexão de luz e sombra.
O apresentador do livro, deu exemplo de várias luzes que reflectiram em São Tomé e Príncipe ao longo dos 485 anos. O Téla Nón registou o relato da décima luz, evocada pelo Padre Leonel Pereira.
«A décima luz tem a ver com a conferência episcopal de São Tomé e Príncipe e Angola. Em 2014 vieram para São Tomé todos os bispos de Angola fazer uma reunião aqui em São Tomé com o Bispo Dom Manuel António. O normal seria Dom Manuel António ir para Angola porque ele é só 1, mas daquela vez decidiram vir todos para aqui, foi maravilhoso», afirmou o padre Leonel Pereira.
Note-se que a concentração dos bispos católicos em São Tomé no ano 2014, gerou uma luz espiritual potente, para o país que vivia um período eleitoral decisivo naquele ano.
Mas, os 485 anos de evangelização de São Tomé e Príncipe, também produziram sombras. «As sombras são muitas ….a sétima sombra que estamos a viver agora é a influência de seitas. Parece que tornou uma coisa incrível. Cada um pensa como quer, e faz o que diz. Oitava sombra é o número reduzido de missionários», referiu o apresentador do livro.
«A feitiçaria é uma sombra muito forte…», destacou o Padre Leonel Pereira.
Um livro cheio de informações e de memória histórica de São Tomé e Príncipe. Antónia Daio, cidadã católica, manifestou para a imprensa a importância do livro que foi 1apresentado no espaço Cacau, na cidade de São Tomé.
«A obra é oportuna. Estamos há mais de 400 anos de evangelização. Acho que é momento de termos escritos que possam informar e nortear os mais novos, as gerações vindouras», precisou.
A cidadão católica, deu também exemplos de luz e sombra dos últimos 485 anos da evangelização de São Tomé e Príncipe. «Luz como a vinda do Papa João Paulo II a São Tomé. Também é luz a nomeação do padre Neto como Bispo residente de São Tomé e Príncipe. Antes tínhamos bispos que não residiam em São Tomé», pontuou Antónia Daio.
Jorge Bom Jesus, um cidadão devoto dos santos e santas de São Tomé e Príncipe, esteve presente na apresentação do livro do Padre Fausto Matos.
«Quando nós analisamos a nossa história cultural, social, política, ela é muito marcada pela religiosidade, os nossos próprios valores e sistema de valores. O padre fausto através deste livro imortaliza a história da religião, que se confunde com a história do nosso povo. É um livro que inspira o estudo», afirmou o cidadão católico e Primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus.
Pároco da Igreja da Nossa Senhora de Lurdes, que envolve o Bairro do Hospital na cidade de São Tomé, o Padre Fausto Matos, explicou que a pesquisa começou a ser feita ainda em Espanha.
Segundo o autor do livro, a história do cristianismo no país é anterior a fundação da Diocese de São Tomé, que aconteceu há 485 anos. «Antes da criação da diocese, já havia presença dos missionários em São Tomé, o que totalizam 5 séculos de cristianismo», precisou.
«O meu livro fala da influência do cristianismo no “modus vivendi” dos santomenses», garantiu o autor.
Colocou luz e sombra nos 485 anos de evangelização do país, porque considera durante quase 5 séculos, a Igreja católica esteve envolvida em situações negativas, mas também em situações positivas.
«Houve situações em que a Igreja estava a ser influenciada pelas correntes da colonização, e claro que essas correntes influenciaram a igreja negativamente. Estes são os pontos da sombra», frisou.
Luz nasce do papel caritativo, de solidariedade e de amor desempenhado pela diocese de São Tomé. «Nesse momento percebemos que se não fosse a igreja católica em São Tomé, não sei o que seria das camadas mais vulneráveis da sociedade. A igreja próxima do povo, os párocos e as irmãs, muitas casas sociais, escolas e jardins de acolhimento, são aspectos que marcam positivamente a presença da igreja em São Tomé», concluiu o Padre Fausto matos.
Menos de 200 exemplares do livro foram expostos na cerimónia de lançamento.
Pela riqueza histórico-cultural que relata de São Tomé e Príncipe, a procura é grande. O Padre Fausto Matos, está condenado a “rezar” para que consiga fazer mais publicações do livro, que mostra luz e sombra, num contexto de 485 anos de evangelização em São Tomé e Príncipe.
Abel Veiga
Povinho
30 de Novembro de 2020 at 17:16
Não li o seu livro nem tenho a intenção. A verdade seja dita. Nisto tudo existem o prós e contra. Há realmente benefícios que a igreja católica trouxe, sem dúvidas, em termos de formação e na vida social das pessoas. Quando o shr fala de seitas, temos que nos consciencializar que existem sim seitas manipulando ou fazendo lavagem de cérebro a muita gente no país. Agora, não venha cá dizer que em termos espiritual ou como o verdadeiro papel da igreja contribuiu para melhor. Os nossos antepassados morreram pensando que a igreja católica é a única que existe e que pode existir como digna para transmitir o evangelho. Neste aspecto, falhou redondamente. E como falhou ( que o shr sabe perfeitamente) por isso ela caiu perdendo inúmeros membros nos últimos anos. Mas o nosso país tornou-se num país de pura liberdade religiosa e as pessoas já se afastaram de muitos enganos vossos. E se formos fazer uma investigação profunda, ainda descobre-se muita coisa. É melhor estar calado. Se o shr disser que o paganismo estava a crescer em grande escala no país, acredito. Se o que as pessoas acreditam através destas ceitas, é porque a igreja católica falhou em transmitir. Não se esqueça de colocar no seu livro o que verdadeiramente diz a Bíblia.
É melhor pararmos por aí.
Um bem haja.
Herlander
11 de Dezembro de 2020 at 12:13
Seria bom se leres o livro antes de andar por aí a falar desnecessariamente. Luz e sombra: Tenta reflectir nisso
Sem assunto
30 de Novembro de 2020 at 19:50
Falas de feitiçaria, esquecendo da componente cultural e mística presente nestes ritmos, e eu falo das atrocidades cometidas séculos e séculos pelo teu obscuro cristianismo que negava direitos aos negros enquanto pessoas humanas e cidadãos. Calma padre, o senhor estudou filosofia e deve perceber que como ninguém de que a razão deve impôr se a ignorância.
Jorge Bom Jesus senhor Primeiro ministro, tome tenência homem passas a vida a falar, falas de tudo e sobre nada, da corrupção e nepotismo que o senhor jurrou de pés juntos combater nem uma palavra, podes fazer de despercebido serás sucumbido nas próximas eleições, estamos ansioso, vão ser chicotidos nas unas que nem uma criança.
Sothxi flimà, guada nancé!
Herlander
11 de Dezembro de 2020 at 12:17
Pessoal é um livro, não um espaço para debate, nem de mostrar os dentes, vamos ser mais pessoas. Bué de bla bla bla, gastem o vosso raciocínio para pensar e as vossas mãos para fazer boas coisas. Um excelente livro, pois para alem da vertente religiosa, tem a vertente histórica. Parabéns Senhor Padre Fausto.
Sem assunto
4 de Janeiro de 2021 at 9:59
Se o livro não é o espaço de debate, então com que cargas de água deu se o trabalho o escritor para fazê lo?
Tudo ali escrito deve ser tido em como verdade suprema é inquestionável?
Por ser livro religioso e de um padre significa perfeição e imaculação?
Procure ser mais racional e menos impulsivo.