Esta sexta-feira, 6 de Dezembro, acontece em Lisboa o primeiro concerto do grupo Anguéné de São Tomé e Príncipe, depois de mais de duas décadas sem actuar.
Um belo reinício do grupo criado há 35 anos na cidade de São João dos Angolares. Novos arranjos, nova energia, novas participações. Músicas criadas no sul da ilha de São Tomé, e cantadas no crioulo do povo angolar, voltam a reflectir a riqueza da diversidade musical do país.
O grupo ANGUÉNÉ nasceu em 1989, marcou profundamente a história da música de São Tomé e Príncipe. As composições e a expressividade interpretativa do grupo caracterizavam-se pelo seu traço emocionante, complexo e original.
Começou com Nezó na guitarra acústica, Zé Luís na guitarra elétrica e primeira voz, enquanto Ninho Anguéné e Odé eram as segundas vozes. Em setembro de 1989, Zé Luís saiu do grupo e Ninho Anguéné passou a ser o vocalista principal. Em 1995, o vocalista principal emigrou para Portugal e o grupo entrou num silêncio que demorou mais de duas décadas.

Mas, 2024 decidiu devolver a música de São Tomé e Príncipe, a pronúncia do povo angolar. Nezó e Ninho Anguéné, vão subir ao palco num concerto «para recordar aos que conhecem, e apresentar aos que nunca ouviram a música criada entre a Mionga (Praia no crioulo angolar) e o Obô, bem pertinho da linha imaginária do equador», afirmou a produtora Magdalena Chambel, que anunciou para o Téla Nón a realização do concerto o concerto na Fábrica Braço de Prata em Marvila – Lisboa /Portugal.
Abel Veiga

Anguéné 2024
Ninho Anguene | voz
Nezó | guitarra
Flesco | segunda voz
Pedro Quaresma | coro, percussão
Mick Trovoada | percussão
Som: Pedro Gomes
Fotografia e vídeo: José Chambel
Produção: Magdalena Chambel / Manga-Manga
6 de Dezembro: Fábrica Braço de Prata
Rua da Fábrica do Material de Guerra, 1 | Marvila, Lisboa
Entrada: 10€
Sem assunto
5 de Dezembro de 2024 at 18:27
Tinha que ser uma cáucasa, da Europa do leste em guerra e a ferro e ferro a ter a iniciativa de renascer um grupo músical ímpar da NOSSA CULTURA.
Abram os olhos, estão a nos roubar tudo, até a música.