“Não somos apenas falantes de uma língua. Somos construtores de futuro.” Foi com esta mensagem que São Tomé e Príncipe celebrou hoje, 5 de maio, o Dia Mundial da Língua Portuguesa e a abertura oficial da Capital da Cultura da CPLP 2025. O palco foi o Hotel Praia, mas o eco foi global.
Sob o lema “a promoção e a difusão da língua portuguesa e da diversidade cultural nos estados-membros da CPLP, das experiências tradicionais as plataformas digitais“, com a finalidade de promover os desafios nesta era marcada pela tecnologia de informação e comunicação marcada pela inteligência artificial.
A cerimónia reuniu peso pesado: Primeiro-Ministro, ministros da Cultura, diplomatas, artistas, organizações nacionais e internacionais e — os verdadeiros protagonistas — jovens criadores de toda a lusofonia. O que estava em jogo não era apenas a celebração da língua portuguesa, mas uma reafirmação estratégica do seu poder como arma de transformação social e desenvolvimento sustentável.
“A língua portuguesa é hoje um oceano que nos conecta, do Brasil a Timor, de Moçambique a Portugal. Um oceano de palavras, ideias e futuro”, afirmou o Primeiro-Ministro, Américo de Oliveira Ramos, num discurso com carga simbólica e geopolítica. Mais do que poesia, foi uma chamada à ação.
A Ministra da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior, Isabel Abreu foi ao ponto: “Cultura não é adereço. É pilar. É economia. É soberania.” Ela exigiu maior investimento nas políticas públicas para a juventude e defendeu o setor cultural como motor real de inovação e paz. Não houve espaço para discursos vazios.
Entre feiras do livro, festivais de cinema, fóruns culturais e residências artísticas, o destaque foi para os pavilhões virtuais da CPLP — um passo concreto para levar a cultura além-fronteiras, com um clique. A aposta é clara: cultura acessível, digital e viva.
O representante do secretário executivo da CPLP, Zacarias da Costa, foi direto: “Os jovens não são o futuro. Eles são o presente da lusofonia. E ou os ouvimos agora, ou perdemos o comboio da história.” Falaram de economia criativa, proteção dos direitos autorais e combate às desigualdades — temas quentes, muitas vezes ignorados.
São Tomé e Príncipe, na presidência da CPLP, aproveitou o momento para mostrar que não está apenas a receber um título. Está a marcar território. Com coragem política e visão cultural, o país colocou-se no centro do mapa lusófono.
A festa terminou com raízes: sons de Puita, ritmos de Socopé e energia da Deixa mostraram que tradição e modernidade não são opostos. São parceiros.
Nesta edição da Capital da Cultura da CPLP, São Tomé e Príncipe não está a falar — está a liderar. E em bom português.
Recorde-se, a CPLP celebra, desde 20 de julho de 2009, o «5 de Maio – Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP», instituído pela XIV Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP. Após articulações político-diplomáticas da CPLP e dos seus Estados-Membros, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) proclamou esta data como «Dia Mundial da Língua Portuguesa», em novembro de 2019, reconhecendo o papel e a contribuição da Língua Portuguesa para a preservação e disseminação da civilização e da cultura humanas, destacando que o Português é a língua mais falada do hemisfério sul e a língua oficial de organizações regionais e da Conferência Geral da UNESCO.
Waley Quaresma
Alerta
5 de Maio de 2025 at 23:54
Carlos Vila Nova é de origem de um pula que foi um dos governadores fascistas racista de Portugal que escravizou os São-tomenses durante os anos 1592 em diante. O tal governador may pula em São Tomé na altura chamava-se Francisco de Vila Nova (Colono).
É preciso tomar muito cuidado e prestar muita atenção com as manobras do Carlos Vila Nova.
Ele morde, sopra e faz risada falsa.
Alerta
5 de Maio de 2025 at 23:57
Quiz dizer mau, e não “may”
Vila Nova é mau.
Bandido
Malandro
Muntu
6 de Maio de 2025 at 14:17
Escravidão mental é a maior arma do opressor colonizador. Nosso povo está colonizado mentalmente, portugal faz do povo de São Tomé e Príncipe o que quiser.
Joaquim Bandeira
5 de Junho de 2025 at 21:32
Essa história de opressor colonizador não percebo. Quem eram mesmo os habitantes de STP quando chegaram os portugueses?? Angola, Guiné, Moçambique já tinham povos originários. Em STP tinha alguém para ser oprimido?