Cultura

Lopito Feijó homenageado pela UNEAS: Um tributo à ponte cultural entre Angola e STP

Figura maior da literatura angolana, poeta, crítico literário, comentador e verdadeiro embaixador da cultura de Angola, Lopito Feijó foi distinguido pela União Nacional dos Escritores e Artistas de São Tomé e Príncipe (UNEAS) pela sua obra e pela profunda ligação afetiva ao arquipélago.

Perante o embaixador de Angola, Fidelino Peliganga, e uma plateia composta por escritores e figuras da cultura de ambos os países, Lopito recebeu a homenagem que assinala décadas de presença poética, crítica e humana entre os dois povos.

Conceição de Deus Lima — jornalista, cronista e poetisa — descreveu o autor angolano como alguém cuja ligação a São Tomé e Príncipe está “profundamente enraizada nos corações dos santomenses”.

Recordou a sua presença na sede da União dos Escritores Angolanos, onde velou a urna de Alda do Espírito Santo, autora do hino nacional santomense, combatente da liberdade e figura fundadora do Estado, aquando do seu falecimento em Luanda.

“Lopito integrou a delegação angolana que acompanhou o corpo à São Tomé e Príncipe, liderada pela então Ministra da Cultura, Rosa Silva. Foi nesse gesto que se consolidou o carinho e o afeto profundo que os santomenses têm por ele,” afirmou São Lima.

O diretor-geral da Cultura, Emir Boa Morte, enalteceu-o como “o mestre das palavras, cuja sensibilidade e talento tocaram profundamente o coração dos nossos povos”. E acrescentou: “Ao homenageá-lo, reafirmamos o compromisso de valorizar as expressões artísticas que nos definem enquanto sociedade africana, celebrando a amizade entre os povos santomense e angolano.”

Gerónimo Salvaterra, secretário-geral da UNEAS, sublinhou o papel essencial do escritor na expressão da condição humana e na promoção da coesão cultural entre países lusófonos.

Num momento de grande simbolismo, Lopito agradeceu com humildade, apelou ao investimento nas novas gerações, recordou os tempos em que colaborava com o jornal santomense “Revolução” e afirmou com orgulho: “Sou de Malange, sou angolano, sou africano e sou cidadão do mundo.”

A cerimónia teve lugar no Arquivo Histórico da cidade de São Tomé, num ambiente carregado de memória, arte e afetos partilhados.

José Bouças

1 Comment

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  1. Búzio do mar

    7 de Julho de 2025 at 8:16

    Para além destes intercâmbios cultirais, seriam bom, imprescindível que os paises Africanos, sobre a visão/estimulo, económico financeiro, criação de fundo africano de desenvolvimento, da União Africana, pudesse servir para investimentos em infraestruturas necessárias uniformes, estrada, escolas, energias, universidades, hospitias, na defesa, na segurança, na justiça, etc…que de os países membros estáveis, e que têm cotação em dia, por outro lado incentivar as parcerias reuniões de trabalho, de vários blocos, como a por exemplo a CEEAC, a SAADC, e outras no sentido de debaterem estas agendas, parcerias, parcerias de conhecimento, de investigação desenvolvimento e inovação etc….

    Pratiquemos o bem

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