O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, através do Fundo Mundial para o Ambiente, está a implementar o uso de estufas em 10 comunidades agrícolas de São Tomé e Príncipe, para produção de hortaliças. O projecto se enquadra no reforço das capacidades das comunidades rurais para adaptação aos efeitos das mudanças climáticas.
É uma experiência pioneira em São Tomé e Príncipe. O Fundo Mundial para o Ambiente e o PNUD, organizaram os agricultores da roça Canavial numa cooperativa, para gestão da estufa.
A cooperativa de 8 membros, já lançou tomateiros num espaço de cerca de 600 metros quadrados. Estão floridos, e segundo os cálculos a estufa da roça Canavial deverá produzir no mínimo 12 toneladas de tomate.
Em São Tomé e Príncipe, as hortaliças são produzidas em maior quantidade nos três meses da estação seca. O resto do ano, a produção baixa. Mas, agora com a introdução de estufas, a cooperativa de agricultores, vai garantir o abastecimento do mercado com hortaliças e de forma regular durante o ano. «Trata-se de uma operação que visa combater os efeitos das mudanças climáticas e também aumentar o rendimento das populações em zonas rurais e contribuir também para a segurança alimentar», afirmou o Primeiro-ministro Patrice Trovoada.
A estufa instalada em Canavial custou 60 mil dólares. O Financiamento do Fundo Mundial para o Ambiente, vai permitir a inauguração de mais 9 estufas para produção hortícola em diversas comunidades agrícolas do país. «A Mudança climática é um problema particularmente importante para agricultura, por isso aqui em STP estamos a trabalhar em conjunto de forma a garantir que estamos a adaptar as nossas práticas agrícolas não só para evitarmos as consequências negativas das mudanças climáticas mas também de termos a possibilidade aumentar a produção e todo o potencial da agricultura para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe», explicou Zahira Virani,a Representante do Sistema das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe.
Uma tecnologia, que permite grande produção agrícola em pequeno espaço de terra. Segundo os agricultores a quantidade de tomate que vão colher na estuda de 600 metros quadrados, um mínimo de 12 toneladas, fora da estufa só poderia ser conseguido, numa plantação que estende-se por mais de 2 hectare de terra.
Abel Veiga