O cenário actual do futebol nacional não é o mais desejável, solicitando uma rápida e profunda intervenção de modo a salvaguardar a sobrevivência da modalidade no arquipélago.
Mas, qual é o cenário vigente do futebol santomense? Questionam os seguidores do Téla Nón.
O quadro contemporâneo é deplorável.
Não é admissível que em pleno século XXI realizemos jogos, sobre tudo da principal liga, no campo pelado.
Na época seca, os jogadores jogam no pó e na época chuvosa, na lama, realidade vivenciada pelos nossos atletas, que são obrigados a coabitarem em muitos jogos, com porcos, cães, cabras e outros animais que invadem os campos, que por sua vez, não são vedados.
A ausência das infra-estruturas faz com que os nossos jogadores não conseguem por em prática os ensinamentos tácticos e técnicos aprendidos durante o treino semanal, pondo em exercício o [pumba-pumba], que significa futebol sem norte e sem sul, onde a bola passa mais tempo no [ar] ou no [mato], do que dentro das quatro linhas.
Para complicar ainda mais a vida dos mesmos, os campos estão cheios de buracos, ondulações, ressaltos e dimensões fora do padrão.
Assim, como podemos exigir a melhoria de qualidade no futebol praticado? É impossível! Este facto tem contribuindo para o divórcio do público com a modalidade, como vimos na época passada.
Outro aspecto a encontrar no quadro actual é o facto do país não conseguir apurar nos últimos anos, o campeão e nem o vencedor da taça para uma eliminatória das provas internacionais, fazendo com que deixamos de ter expressão na esfera internacional.
Ao nível da selecção o cenário também não é sedutor, baixando gradualmente no Ranking da FIFA, ocupando o lugar 185; estando posicionado na hierarquia continental, na posição 50, num universo de 55 selecções.
Ainda neste quadro negro destacamos o valor do prémio, que é atribuído ao campeão nacional e o vencedor da Taça Nacional.
É uma miséria, comparado com o orçamento dos emblemas da segunda linha do futebol nacional, avaliado em Oitenta e quadro mil dobras, na moeda local (quatro mil dólares).
O montante auferido pelo campeão nacional e vencedor da taça nacional é de aproximadamente três mil dólares.
O valor já foi pior, mas a última direcção decidiu volumar os prémios em mais de 100%.
Martins dos Santos
Clemilson brasileiro
2 de Março de 2019 at 13:54
Eu que sou do Brasil país pobre esses campos que são de São Tomé são uma vergonha aqui até às pequenas cidades do interior possuem arquibancadas e vestiário e alambrados !
Vanplega
3 de Março de 2019 at 0:20
Os nossos dirigentes e gestores, nunca quiseram bem desta sociedade. Só vêem para eles, não a seu todo.
Há quase dois anos a nossa seleção foi a Marrocos jogar. Todos directores ou chefes, viajaram, só o presidente não apareceu.
Vinham de S. Tomé, Portugal e Marrocos
Vice-versa
Deram aos jogadores resisente 100€ para alimentação e os que vivem fora do país 250€
Quantos receberam todos esses senhores?
Pelas compram que fizeram, não foram só 100€ que deram aos residentes.
Se não mudarem de mentalidades esse país não vai
Vai ficar como pena do cu, não cresce. Os corruptos matam essa sociedade
Amigo da Bola
3 de Março de 2019 at 9:33
Temos que pensar com ambição. Nós não temos futebol no país a década e meia, mas o cenário atual é mais grave. Os nossos dirigentes deveriam para e repensar no futuro da modalidade, porque a população já não tem vontade de ver este futebol sem nível e classe, mas a culpa não dos jogadores, já sabemos é conhecemos os culpados. A FIFA terá que intervir, assim a geração do nosso filho é neto não terá história do Rei para contar. Não se pode admitir esta realidade no nosso futebol em pleno século XXI. Saudacoes desportivas.
Pastelelares Cremilson
3 de Março de 2019 at 14:43
Com a ajuda da generosa irma Angola todos Campos pelados de STP serao convertidos em sumptuosos estadios de futchibol nos proximos 4 anos. E so orar para dar tudo certi. VAI DAR Tudo CERTO.
Alligator
12 de Março de 2019 at 16:18
Com tanto dinheiro que a FIFA põe a disposição da federação santomense de futebol, deveriam fazer melhor, mas não, esta verba serve sim para que os membros e alguns funcionarios da federação se armem em endinheirados!
José Luís de Jesus - Dirigente Desportivo
15 de Abril de 2019 at 10:55
Acho que o cenário atual pode ser mudado, através de um plano estratégico do desenvolvimento do futebol, passando pela infraestruturas, formação, gestão transparente e parceria institucional. Mas tudo isto dependerá da vontade de todos os fazedores do desporto saber onde estamos e onde queremos ir. Um bem haja a todos.