A selecção santomense de futebol ‘AA’ ficou esta terça-feira,10, pelo caminho, no play-off de acesso a fase de grupos de apuramento para o Mundial do Qatar’2022, a perder por 2-1, ante a Guiné-Bissau, depois do desaire no confronto da 1ª mão, por 1-0, na capital santomense.
Mais uma vez a selecção de todos nós “morre na praia”, a ser descartada da fase de grupos de acesso ao maior evento planetário do futebol, que será sediado em 2022, no Qatar, Médio Oriente, com a derrota por 3-1, no agregado.
A eliminatória que terminou com a vitória dos Djurtus, começou a ser disputada no arquipélago, no Nacional 12 de Julho, o único estádio construído no país, passando os 44º anos da independência, com o triunfo dos guineenses por 1-0, já a cair do pano.
O golo da vitória teve a assinatura do Joseph Mendes, que veria ser o ‘carrasco’ das cores nacionais, marcando os golos da reviravolta no embate da 2ª mão, no Estádio 24 de Setembro.
Com este desfecho, tudo estava aberto, sublinhou o seleccionador nacional, Adriano Eusébio, não obstante do favoritismo do adversário.
O público que respondeu ao chamado do seleccionador nacional, enchendo por completo as bancadas do palco das emoções, ficou surpreso com actuação do ‘Falcão e Papagaio’, que fez acreditar os santomenses, que estavam muito pessimistas quanto ao futuro nacional na eliminatória, antes do primeiro desafio.
Era apenas os primeiros 90 minutos, de uma luta que não seria nada fácil para nenhum dos conjuntos, que na 2ª mão teriam que fazer mais do que fizerem no primeiro jogo, para entrar na fase de grupos, com a responsabilidade maior para a Guiné-Bissau, a favorita na corrida para o Qatar.
Nos segundos 90 minutos, que foi jogado à milha do país, a turma nacional que não tinha nada a perder, uma vez que partia em desvantagem, entrou carregando o opositor, aproveitando a pressão que era movida em torno do adversário, para adiantar-se no marcador aos 11 m’, por intermédio do Iniesta.
O golo que estabelecia a igualdade na eliminatória (1-1) galvanizou o 11 nacional, para uma brilhante primeira parte, onde o único pecado foi a finalização, uma vez que os comandados do Eusébio não souberam aproveitar as oportunidades para fazer o 0-2, antes do intervalo.
Como já sabemos, na alta competição, quem não marca sofre, e assim foi a segunda metade, com os pupilos do Baciro Candé a serem mais certeiros no ataque, conseguindo a reviravolta no placard e consequente reforço na eliminatória, por intermédio do homem do jogo, Joseph Mendes, aos 66 e 77m’, para alegria dos guineenses, que chegaram a tremer com a primeira parte de São Tomé e Príncipe.
Com este resultado, os Djurtus seguem para a sua primeira presença na fase de grupos de qualificação para um Campeonato do Mundo.
Já São Tomé e Príncipe, fica mais uma vez pelo caminho, situação que vem sendo recorrente desde 1986, ano em que a Federação Santomense de Futebol filiou-se na FIFA.
No final do jogo o seleccionador nacional que saiu de cabeça erguida, com muito espírito de fair play e humildade, felicitou o adversário pela vitória e prometeu continuar a trabalhar para melhorar a performance do combinado nacional.
Por seu lado, o técnico Baciro Candé que conseguiu pela primeira vez, na história do seu país, apurar a selecção para a fase de grupos de qualificação para o mundial, aproveitou a ocasião para tecer os rasgados elogios ao conjunto santomense, frisando que “ São Tomé e Príncipe não é aquela equipa fácil que muitos julgam, e que realmente é uma grande selecção.”
A turma nacional regressa ainda esta semana ao país, onde em breve, começará a trabalhar para o desafio com as Ilhas Maurícias para o CAN-2021, no dia sete de Outubro.
No quadro lusófono, seguem para a fase de grupos de qualificação, Guiné-Bissau, Cabo Verde (que em função da sua cotação no ranking da FIFA não foi submetida ao play-off), Moçambique ( que venceu por 2-0 as Ilhas Maurícias, isto após os moçambicanos terem vencido na primeira mão por 0-1) e Angola (que recebeu e venceu a Gâmbia por 2-1, sendo que na 1ª mão, os angolanos venceram por 0-1).
Henrie Martins
Ralph
12 de Setembro de 2019 at 6:12
Embora a seleção não vencesse, o povo deveria estar muito orgulhoso pelo esforço porque é muito difícil países pequenos qualificarem-se para as fases avançadas de competições mundiais. Muitos obstáculos estão colocados em frente de nações pequenas enquanto as seleções grandes enfrentam um percuro muito mais fácil para avançar.
Amigo do futebol.
13 de Setembro de 2019 at 5:47
Os jogadores e o técnico estiveram em bom plano. Mas é preciso que a Fsf e o governo parem e repensam no futebol. Não minha visão, deveriam por cinco anos suspender o campeonato sénior e apostar nos escalões inferiores, iniciado, juvenil e Junior. Assim teriam jogadores com qualidade para alimentarem os clubes e as respectivas seleções. Mas ninguem tem esta coragem e depois querem o resultado. Nunca. Se não começamos a pensar a médio e longo prazo não vamos nunca atravessar o deserto.
Frederico Ferreira M. de Ceita
13 de Setembro de 2019 at 7:31
Se querem ter sucesso têm que mudar de filosofia em termo de organização de todos os aspectos,não basta ter dinheiro, mais sim trabalho eficiente trabalhar, trabalhar…..