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“Falcão e Papagaio” começam sem “chama” a caminhada ao Mundial 2026

“Falcão e Papagaio” começam sem “chama” a caminhada ao Mundial 2026

17 de Novembro de 2023. O dia tinha tudo para ser igual aos outros para os são-tomenses, mas quis o futebol que não fosse assim, ao marcar a estreia de São Tomé e Príncipe numa fase de grupos de qualificação para o Mundial, que em 2026, terá lugar em três países da América do Norte (Canadá, EUA e México).

No grupo H, não tão complicado como os outros grupos que poderiam calhar ao conjunto são-tomense, quis o sorteio que a estreia fosse ante o principal candidato a vencer o grupo, a formação da Tunísia, que até então não tinha defrontado “Falcão e Papagaio”.

Inteirado da importância de arrancar qualquer qualificação a vencer, e neste caso em particular para o Mundial2026, evento que disputou por seis ocasiões ( 1978, 1998, 2002, 2006, 2018 e 2022), a Tunísia convocou os melhores (maioria atua fora do país), para jogar com a seleção são-tomense, que não obstante à modesta posição no Ranking da FIFA (186°) e da CAF(50°), e bem como da delicada situação que ultrapassa, já surpreendeu no passado seleções da Serra Leoa (2012), Losoto (2012), Etiópia(2015) e Líbia (2016).

Por sua vez, São Tomé e Príncipe com menos recursos, mas com grandes ambições no grupo, onde o selecionar nacional, Adriano Eusebio, considerou que o sorteio foi “simpático”, também chamou os melhores (na sua leitura), com a curiosidade de apenas três jogarem nos campeonatos domésticos (Edson Santos, Luís Costa e Gilberto D’Almeida).

Até este ponto, tudo apontava para um novo capítulo nas participações da seleção nacional em qualificações para grandes eventos internacionais, uma vez que estamos a falar de um equipa de continuidade (base da última convocatória para o jogo com a Nigéria), com muita irreverência e ambição.

Mas os 90 minutos provaram que, não basta somente convocar os jogadores da diáspora, é preciso muito mais do que isso, porque os mesmos não fazem e nem farão milagres, quando é de conhecimento de todos que o futebol é uma “CIÊNCIA” e para obter resultados são necessários (investimento seriedade, organização e planificação).

Junto a tudo isso, é preciso sim, e muito, o que ficou a desejar no primeiro jogo, no momento solene da partida,
o sentimento de amor a pátria e pelo “escudo” que carregam no peito, com vários jogadores a não entoarem o hino nacional (viu-se no canal que transmitiu o jogo).

Contra fatos não há argumentos, e nesta lógica, São Tomé e Príncipe iniciou da pior forma a caminhada para o Mundial 2026, com uma derrota pesada (4-0), onde os jogadores deixaram bons indicadores ( técnico e tático) sobretudo na primeira parte, que com tempo e mais jogos poderão ser consolidados.

Embora tenha entrado com o pé esquerdo, nada está perdido, matemáticamente, para a turma nacional, lembrando que ” o importante não é como começa, mas como termina”, e para isso “Falcão e Papagaio” têm mais nove jogos para inverterem a tendência da mais recente qualificação de acesso ao CAN2024.

A campanha são-tomense continua nesta terça-feira (21) com o embate ante a Namíbia, em Marrocos, casa emprestada, por interdição do Estádio da Nacional 12 de Julho, pela FIFA e CAF.

De sublinhar que, para além de STP, Tunísia e Namíbia, fazem parte do gurpo, Guiné Equatorial, Liberia e Malawi.

Martins dos Santos

2 Comments

2 Comments

  1. Martelo da Justiça

    21 de Novembro de 2023 at 11:20

    FALCÃO e PAPAGAIO – Até na atribuição do nome da nossa equipa nacional foram infelizes. Sei que o objectivo é manter a unidade nacional entre as duas principais Ilhas que compõem o Pais, mas devia-se escolher apenas um só nome, mais sugestivo para o efeito. Faltou um pouco de imaginação!!

  2. Mé Dumu

    24 de Novembro de 2023 at 20:24

    Concordo contigo no nome que eles atribuíram selecção, a sugestão seria Estrelinhas do mar, visto que são duas ilhas no imenso mar do golfo! Concluindo a seleção tem que mudar a filosofia de trabalho e de jogo com gente que tem massa cinzenta e não com miolos na cabeça!Criar condições para que a seleção volte a jogar em casa neste sentido o único estádio devia ser remodelado com a norma da exigência da FIFA! Melhorar o campeonato interno, porque o que se pratica lá é de sexta divisão e os jogadores que vão fora do país não tem craequejo de jogadores da primeira linha e nem têm o nome no futebol europeu para contrapor os adversários da primeira divisão europeia mesmo africano! Os jogadores São tomenses não tem estofos suficientes para Competir de igual com outras seleções porque carecem de preparação física e psicológica no decorrer dos noveta minutos

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