PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Na COP21, secretário-geral frisou que governos concordaram em regras vinculativas; meta é limitar aumento da temperatura em menos de 2 °C até 2050; presidente da Assembleia Geral fala de renascimento para a humanidade.
Ban Ki-moon disse haver sólidos resultados em todos os pontos essenciais do acordo. Foto: Unfccc.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu união dos países para executarem o acordo climático global adotado este sábado em Paris. Para o chefe da ONU, o documento é um “triunfo monumental para as pessoas e para o planeta”.
O tratado limita o aumento da temperatura a um nível “bem abaixo de 2 °C” até 2050, mas destaca que devem prosseguir esforços para conter o aquecimento até 1,5 °C.
União
Na capital francesa, Ban disse que o “bom acordo” é motivo de orgulho para todos e pediu que continue a união e que o mesmo espírito seja levado para o que considera de “teste crucial de implementação”.
O acordo alcançado da Conferência da ONU sobre Mudança Climática, COP21, é o primeiro que envolve todos os países na meta de baixar as emissões de carbono e foi aprovado após duas semanas de negociações na capital francesa.
Regras Vinculativas
O chefe da ONU declarou que os governos concordaram em regras vinculativas, robustas e transparentes no caminho para garantir que todos os países cumpram o que acordaram sobre toda a série de questões.
Ban disse que a busca de um acordo era uma das suas principais prioridades durante os 10 anos em que ocupa o cargo. O representante apontou como a outra razão para celebrar a submissão de planos climáticos por 189 países.
Solidariedade
Para o secretário-geral, há sólidos resultados em todos os pontos essenciais do acordo que demonstra solidariedade e é “ambicioso, flexível, credível e durável.”
O tratado estabelece um roteiro para que sejam verificados os progressos nas metas em cada cinco anos, a partir de 2023.
ONU revelou que 189 países submeteram planos climáticos. Foto: Unfccc.
O documento prevê que US$ 100 bilhões anuais de financiamento climático para países em desenvolvimento até 2020 com o compromisso de financiamentos adicionais no futuro.
Para Ban, o acordo de Paris assegura esforços de adaptação e mitigação suficientes, para países em desenvolvidos especialmente os mais pobres e vulneráveis.
Os países devem assinar o documento na sede da ONU num período de um ano a partir de 22 de abril de 2016.
O acordo prevê que a longo prazo deve ser atingido o pico das emissões de gases com efeito de estufa “o mais rapidamente possível”.
Atividades Humanas
A outra meta é que se chegue a um equilíbrio entre a produção de gases de efeito estufa a partir das atividades humanas e a capacidade de absorção “na segunda metade deste século”.
O presidente da Assembleia Geral da ONU emitiu uma nota a saudar a adoção do Acordo de Paris. Mogens Lykketoft destaca que o entendimento não é “nada menos do que um renascimento para a humanidade”.
Ele disse que de forma coletiva foi adotar o desafio global da mudança climática e esforçam para a transição para uma forma mais sustentável de vida que respeitem as necessidades das pessoas e do planeta.
Baixa Emissão
Lykketoft destacou que o tratado estabelece as bases para alcançar a transformação para uma baixa emissão e economia global resistente às alterações climáticas.
O outro ponto é a transformação que visa alcançar o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza, preservando a integridade do planeta para as gerações futuras.
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