PARCERIA Téla Nón / Rádio ONU
Relatório mostra que esse desempenho vai ter grande peso sobre o avanço econômico global neste ano; PIB brasileiro deve cair 2,5% este ano depois de uma queda de 3,7% no ano passado.
Fraco crescimento econômico previsto para 2016. Foto: Banco Mundial
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O relatório “Perspectiva Econômica Global” lançado esta quarta-feira pelo Banco Mundial prevê que o fraco desempenho dos países emergentes neste ano terá um peso muito grande no crescimento econômico mundial.
O documento mostra que a economia global deve avançar 2,9% em 2016, um pouco melhor do que os 2,4% registrados no ano passado.
Brasil
No Brasil, o Banco Mundial diz que depois da retração econômica de 3,7% em 2015, neste ano o país deve “encolher” 2,5%. Os economistas da instituição financeira acreditam que Brasil só deve voltar a crescer em 2017, com uma taxa de 1,4% e que deve pular para 1,5% em 2018.
O relatório mostra que os países em desenvolvimento devem crescer 4,8%, em média, este ano. A economia chinesa deve continuar perdendo fôlego em 2016 com um crescimento de 6,7%, menor do que no ao passado. A desaceleração deve continuar em 2018.
O documento prevê que os Estados Unidos devem avançar 2,1% este ano, bem mais do que os 1,6% do ano passado. Já a zona do euro deve registrar um avanço de 1,7%, também mais alto do que em 2015.
Pobreza e Prosperidade
Segundo o Banco Mundial, o fraco crescimento simultâneo nos principais mercados emergentes é visto com preocupação para atingir as metas de redução da pobreza e prosperidade partilhada.
Os especialistas dizem que esses países emergentes têm sido até agora os principais contribuidores para o crescimento global na última década.
Para o relatório, os problemas nos países emergentes vão conter o crescimento dos países em desenvolvimento e representar uma ameaça aos ganhos obtidos para tirar as pessoas da pobreza.
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, afirmou que “mais de 40% das pessoas mais pobres vivem em nações em desenvolvimento e onde o crescimento sofreu uma redução em 2015.
Ele disse que os países em desenvolvimento devem ter como foco a resiliência. Yong Kim explicou que os benefícios gerados pelas reformas nos setores público e privado têm grandes potenciais e podem ajudar a minimizar os efeitos do baixo crescimento nas maiores economias.