PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Análise é do Banco Mundial; previsão de avanço para 2016 permanece em 3,3%, abaixo do crescimento de 6,8% do PIB que a região manteve no período de 2003 a 2008.
A atividade económica na África Subsaariana desacelerou no ano passado. Foto: Banco Mundial/Dominic Chavez
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A atividade económica na África Subsaariana desacelerou em 2015, com um crescimento médio do Produto Interno Bruto, PIB, de 3%, em comparação aos 4,5% de 2014.
O número significa que o ritmo de expansão caiu aos índices mais baixos desde 2009.
Pulso de África
Os dados estão destacados na análise semestral do Banco Mundial chamada “Pulso de África”, em tradução livre.
A previsão de crescimento para 2016 permanece em 3,3%, muito abaixo do avanço “robusto” de 6,8% do PIB que a região manteve no período de 2003 a 2008.
De forma geral, a expectativa é de que o crescimento acelere em 2017-2018 para 4,5%.
Commodities
A queda nos preços das commodities, particularmente o petróleo, que caiu 67% entre junho de 2014 e dezembro de 2015, e um crescimento global fraco, especialmente nas economias emergentes, estão por trás da performance da região.
Segundo o Banco Mundial, em algumas ocasiões, o impacto destes baixos preços foi agravado por condições domésticas como escassez de eletricidade, incerteza política, seca e ameaças de segurança.
Desafio
O órgão ressaltou, no entanto, alguns lugares onde o crescimento continuou a ser “robusto”, como a Côte d’Ivoire, ou Costa do Marfim, Quénia, Ruanda e Tanzânia.
De acordo com o vice-presidente do Banco Mundial para África, Makhtar Diop, “enquanto os países se ajustam a um ambiente global mais desafiador, serão necessários esforços mais fortes para mobilização de recursos”.
Angola
A aceleração estimada em 2017-2018 reflete uma melhora gradual nas maiores economias da região, Angola, Nigéria e África do Sul, enquanto os preços das commodities se estabilizam e reformas para aumentar o crescimento são implementadas.
Com a rápida urbanização em África, o Banco Mundial ressalta ainda que há uma “janela de oportunidade” para usar o potencial das cidades como motores de crescimento económico.
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