Principais fatores são interrupção na oferta e forte procura; problemas de abastecimento no Canadá e Nigéria causaram aumento de custos no trimestre passado; preços de vários produtos básicos devem cair este ano.
Recuperação foi verificada no segundo trimestre no petróleo e em várias outras matérias-primas. Foto: Banco Mundial.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Banco Mundial elevou a sua projeção do preço do petróleo para este ano ao aumentar o custo por barril de US$ 41 para US$ 43.
A edição de julho do informe Perspetivas do Mercado de Matérias-Primas revela que a subida deve ser determinada pela interrupção na oferta e a forte procura ocorrida no segundo trimestre.
Canadá e Nigéria
Durante o período, o preço do produto subiu 37%, devido principalmente às ruturas de abastecimento, “por causa de incêndios florestais no Canadá e da sabotagem de infraestrutura petrolífera na Nigéria”.
O economista sénior do Banco Mundial, John Baffes, disse que a expectativa é que os preços do petróleo sejam “ligeiramente superiores no segundo semestre deste ano e diminua o excesso de oferta do mercado do produto”.
O também autor do relatório explicou que os “estoques continuam a ser muito elevados devendo levar algum tempo para que estes sejam utilizados na sua totalidade”.
Produtos Básicos
O informe destaca que apesar da recuperação observada no segundo trimestre no petróleo e em várias outras matérias-primas, os preços da maioria dos índices dos produtos básicos controlados pelo Banco Mundial devem cair este ano.
A tendência deve-se à “alta oferta persistentemente e às fracas perspetivas de crescimento em mercados emergentes e em desenvolvimento” para o caso de produtos industriais como energia, metais e matérias-primas agrícolas.
Metais e Minerais
No entanto, a maioria das quedas devem ser menores do que o que foi divulgado no estudo lançado em abril passado.
Este ano, os custos de recursos energéticos como petróleo, gás natural e carvão devem cair 16,4%. Em abril a previsão de queda era de 19,3%.
Os preços das matérias-primas das categorias dos metais e minerais e da agricultura e fertilizantes devem descer 3,7%, após a projeção de 5,1% feita há quatro meses.
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