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“É um grande valor que tornaria o nosso turismo único”

Myrian Daio, Directora Geral do Turismo de São Tomé e Príncipe, considera que as infra-estruturas das roças actualmente em avançado estado de degradação e em abandono, são um património de valor histórico e cultural singular, e que podem transformar o turismo nacional numa marca única no mundo. «Acreditamos que o turismo faz-se muito pela diferença. Não nos basta ter uma ilha bonita, temos que criar uma diferenciação. Porque existem muitas ilhas bonitas no mundo. Com as infra-estruturas das roças podemos criar um produto turístico diferente do que os outros oferecem», declarou a Directora Geral do Turismo.

Questionado pelo Téla Nón sobre a situação de abandono das infra-estruturas das roças, Myrian Daio, respondeu que se trata de um problema antigo, que o sector do turismo tem trabalhado para roçaresolver. «Turismo já em tempos junto com o sector da agricultura produziu inventários das casas, e propostas de valorização dessas casas. Há tempos que defendemos que o surgimento das unidades de alojamento para o turismo deveria vir dessas residências das roças», destacou.

Mas nada mudou apesar dos inventários feitcasa-patrao-mongoos, ou melhor, tudo piorou. Porque as casas luxuosas de arquitectura singular erguidas no interior de São Tomé e Príncipe, ruíram e outras foram simplesmente vandalizadas. «Poucas dessas casas conseguimos aproveitar sem grandes intervenções. Mas, acreditamos que é possível. Ainda não temos estudos. Mas acreditamos que para as que estão muito degradadas podemos demolir e reerguer uma infra-estrutura nova, mas mantendo a arquitectura», sublinhou.

entrada-mongoA Directora Geral do Turismo, sabe que as infra-estruturas das roças que poderiam se transformar numa rede de pousadas pelo país inteiro, daria ao país um selo único de turismo rural de alta qualidade no mundo. «É um património que não se encontra em outras paragens e tornaria o nosso destino muito bonito se conseguíssemos transformar essas casas das roças em pousadas turísticas. É um grande valor que tornaria o nosso turismo único», pontuou..

Myrian Daio, confessou que a recuperação das infra-estruturas das roças para dar sentido ao Turismo, é um sonho do seu sector. Um sonho cuja realização não depende apenas de do ministério que tutela o sector do turismo. Outros poderes têm que agir e decidir no mesmo sentido.

Abel Veiga

15 Comments

15 Comments

  1. Ziaurmarx Ramman Afonso Fernandes

    12 de Outubro de 2016 at 7:45

    Simplesmente fantástico. Seria uma oportunidade ímpar, e acredita senhora Directora do Turismo, que isso, não só mudaria a visão do turismo nacional, como também a vida daqueles que vivem ao redor e nessas comunidades, seria um desenvolvimento integrado e sustentado.Junto a sua voz para que esta informação chegue aos ouvidos de toda a população e dirigentes para que este projecto, se cumpra.
    Desejo muita força e coragem.

  2. vicente

    12 de Outubro de 2016 at 13:38

    Seria excelente ideia se realmente alienassem essas intra-estruturas
    para personalidades que realmente entendem de turismo e que têm condições para desenvolver estas actividades e não ao amigo do amigo porque também quer ter e ocupar para depois deixa-lo pior. É claro que a comunidade vizinha sairia muito a ganhar não só com empregos mas também pequenos negócios como o artesanato.

  3. Atento ao Dossier

    12 de Outubro de 2016 at 22:11

    Sim,Sim com o Hospital da Roça Agua-Izé transformado,actualmente em pocilga e galinheiro bem como curral de cabras,é que está bem,porque desta forma seremos únicos no turismo no Mundo.

  4. Ralph

    13 de Outubro de 2016 at 5:21

    Necessitará um grande esforço, a muito custo, mas concordo que poderia resultar numa oferta muito boa turística. Posso imaginar que os turístas iriam adorar ir ficar numa roça completamente restaurada e ter a oportunidade de ver e experimentar como se vivia nos tempos coloniais (talvez com alguns luxos modernos lá dentro).

  5. luisó

    13 de Outubro de 2016 at 8:33

    Não acredito.
    A grande maioria está completamente degradada e sem recuperação.
    A sua reconstrução é extremamente dispendiosa e os custos não têm retorno em menos de 30 ou 40 anos.
    É portanto inviável como negócio.
    Acresce isto as más estradas de acesso e portanto toda a logística necessária e quase todas elas estão rodeadas ou vivem lá pessoas em condições degradantes que em nada iam ajudar ao turismo e também estas teriam que ser realojadas ou beneficiar de obras nas suas casas e tudo o que as rodeia, água, luz, etc.
    Portanto, tirando raríssimas exceções, é tarde demais.

  6. Clemilson souza

    13 de Outubro de 2016 at 23:44

    Ficaria muito caro e sao tomé e príncipe não tem dinheiro e se tivesse dinheiro seria ums roubalheira danada para dividir o dinheiro , , tô certo ?

  7. Clemilson souza

    14 de Outubro de 2016 at 0:00

    País é pobre e não tem dinheiro, e se tivesse dinheiro seria uma roubalheira danada porque seriam desviados milhões na mão desse governo corrupto

  8. zagaia

    14 de Outubro de 2016 at 0:49

    Meus amigos,temos que tirar do nosso vocabulário a palavra “IMPOSSÍVEL”, na vida tudo é possível,temos é que acreditar em nós, se sózinho não formos capazes temos que pedir ajuda(fazendo parcerias), esse é o princípio.
    Está aprovado que o investimento de sucesso em São Tomé tem que ser privado estrangeiro ou misto e com aquisição da propriedade. O Estado que faça o seu papel, criação de condições para o investimento,promoção no exterior para o investimento,regulação das actividades económicas,Máximo investimento possível na Formação de técnicos médios e superiores, implementação de políticas de diversificação actividades económica.Eu acho que em São Tomé faz falta EMPREENDEDORES, que é diferente de EMPRESÁRIOS. O outro grande problema é a inércia do governo nos projectos públicos fulcrais, nomeadamente:Porto de águas profundas,Requalificação do aeroporto, para não falar de outros menos fulcrais.Não devemos disanimar,devemos acreditar que é possível realizar o nosso sonho.

  9. Juro Por Deus

    14 de Outubro de 2016 at 11:03

    avançado estado de degradação e em abandono eu pessoalmente concordo, temos que ter ideias e criar sim existe paises mais bonitos do que sao tome e pricnicpe,mais nao podemos dexistir,Lar de idosos podem construir,hotel…
    Venda Publica assim podem meter…

  10. Nuno Miguel De Menezes

    14 de Outubro de 2016 at 11:06

    Juro Por Deus Concordo Contigo, Pessoalmente abria neste lugar HOTMAIL de Sao Tome ou Facebook escritorio.

    Um Abraco a Todos

    Nuno de Menezes

    ( Reino Unido Lincoln)

  11. Gilmar Menezes Ferreira

    17 de Outubro de 2016 at 19:25

    Primeiramente é triste quando deixamos que as grandes infraesturutas se percam, pois fazem parte da nossa historia do nosso legando, segundo mais triste constatar que o governo não da valor ao patrimônio público, tanto que elas se encontram no estado que se encontram,o nosso país tem de tudo para ser auto suficiente, mas a capacidade de investir em coisas que não são de interesse prioritário, (secundário) é incrível,vamos investir naquilo que é nosso a recuperação das infraestruturas, promovendo o turismo, a geração de posto de empregos, como um pais que quando colonia produzia o seu sustento, quando independente não consegue nem se manter, dependendo de doações para o seu orçamento de estado, convenhamos que isso para mim é um retrocesso, quando o povo for consciente e começar a cobrar pelos seus direitos,os dirigentes pararem de pensar apenas em si, talvez ai sim podemos começar a dar os primeiros passos para elevar o teu meu nosso país.

  12. Gilmar Menezes ferreira

    17 de Outubro de 2016 at 19:40

    Concordo com a opinião de muitos de meus caros compatriotas, mas vamos não apenas uma parte, vamos ver o conjunto, a cada edifício, prédio,infraestrutura que cai, é um pedaço da nossa historia que vai junto, o impossível existe, mas sejamos optimista,como mencionado no artigo acima, e possível desconstruir do zero mantendo as infraestrutura original, as pessoas que vivem sim provavelmente há uma superlotação neste dado momento, mas se formos ver em vez de recuperar os apenas as casas pensemos além, as roça a produção de bens nomeadamente alimentícios,(carne, banana, frutos), ainda somos capazes, só não é capaz aquele que está morto..

  13. Armando Borges Amado

    26 de Outubro de 2016 at 17:42

    Eu tambem acho que a sr. Deretora do turismo tem toda razao, nos temos tudo para promover o noso turismo, e eleva_lo a alto nivel. Como disse, temos que de facto recuperar todas estas infrastruturas, polas em funcionamento.Sera um grande investimento, mais valera a pena, porque no futuro sairemos a ganhar, que nem sera preciso preocuparmos com o maldito pretolio que ate agora so trouxe problema.

  14. Felisberto Vera Cruz

    3 de Maio de 2017 at 15:23

    Aceite Senhora Directora do Turismo,as minhas felicitações, pela sugestão apresentada. É na realidade uma forma muito interessante para tornar o turismo em S. Tomé diferente do turismo noutros países. Diria mesmo que a sua sugestão adicionada à exuberância do país, à beleza das praias à temperatura da água do mar, à tranquilidade paradisíaca que o país oferece, corresponde a uma pitada de sal deitada numa comida insossa. Assim como a comida se torna mais apreciada e solicitada, S. Tomé passará a ser um destino mais procurado e frequentado pelos turistas. Porém, se ainda não é tarde demais, tendo em conta o avançado estado de degradação das casas referidas, urge que a este assunto seja dada uma atenção especial, o mais breve possível.

  15. Tony

    16 de Junho de 2017 at 13:04

    Era um sonho lindo… mas nem o orçamento de estado consegue pagar o sonho.
    É pena que se tenha destruido este património em função de interesses pessoais. Deviam exigir responsabilidades, tratou-se de um Crime contra o povo e o País, só que isso não interessa.
    Jamais Stp será um destino turístico de referencia

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