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Exposição sobre a caricatura política nas últimas décadas em São Tomé e Príncipe

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (de 23 de maio a 9 de junho)

Inaugura-se a 23 de maio, às 18h00, a exposição “O Parvo. Desenho político e liberdade de expressão em São Tomé e Príncipe” no átrio da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Serão apresentadas caricaturas do jornal O Parvo, da autoria de Litos Silva, Armindo Machado, Cagildo Pina e Isaac Patrício.

O Parvo é um caso único na imprensa de São Tomé e Príncipe: pela longevidade e pelo conteúdo. Fundado por Ambrósio Quaresma, Adelino Lucas e Armindo Cardoso em 1994, manteve a publicação até 2019, dedicando-se sobretudo à publicação de sátira política. Acompanhou as venturas e desventuras da democracia são-tomense, narrando-lhe a história com o riso e o lápis do caricaturista. Durante 25 anos, acumulou um património excecional de desenho político, num caso sem paralelo com outros periódicos da África lusófona.

Nas palavras de Augusto Nascimento, um dos coordenadores da exposição, as caricaturas de O Parvo constituíram um “unguento para as feridas de vidas ao arrepio das esperanças postas na independência e, após quinze anos de partido único, na ‘mudança’ para a democracia”. Magdalena Bialoborska Chambel, que recentemente publicou pelo Centro de História da Universidade de Lisboa o livro Dêxa Puíta Sócó(m)pé. Música em São Tomé e Príncipe: do colonialismo à independência, dedicado à música do arquipélago nos últimos 100 anos, e o fotógrafo José A. Chambel, cuja obra tem vindo a debruçar-se sobre a realidade são-tomense, completam a equipa que coordenou a exposição. A organização institucional é do Centro de História da Universidade de Lisboa, da Plataforma Cafuka – Associação de Artistas Naturais de São Tomé e Príncipe e da Manga-Manga.

A exposição resulta do acervo de imprensa são-tomense doado por Gerhard Seibert ao CH-ULisboa, o qual, em parte, fora reunido por João Paulo Teixeira (1927-2011), antigo presidente da Câmara Municipal de São Tomé. Esta exposição insere-se no projeto Fontes para a História de África, em curso no CH-ULisboa, no âmbito do qual foram também disponibilizados digitalmente números do jornal guineense Nô Pintcha publicados entre 1975 e 2000 (nopintcha-chul.letras.ulisboa.pt).

O Parvo. Desenho político e liberdade de expressão em São Tomé e Príncipe” ficará patente ao público até dia 9 de junho. A entrada é livre.

FONTE : Centro de História da Universidade de Lisboa

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