Durou mais de 7 horas o encontro entre a classe docente e a ministra da educação, cultura e ciências de S. Tomé e Príncipe.
Dentre os 22 pontos constantes do caderno reivindicativo o destaque vai para o aumento salarial.
«Quanto a este ponto ficou decidido que em breve, penso que dentro de 20 dias, voltaremos a renegociar com o ministério no sentido de encontrarmos o consenso entre as duas representações para que os professores sejam contemplados com o aumento salarial que propomos» – disse Adilson Esperança – Porta-voz da comissão intersindical da classe docente.
O porta-voz não avançou a percentagem do aumento exigido, mas diz ser uma forma de estimular a classe na tentativa de travar também a fuga de professores do sistema educativo.
«Com a implementação do IVA o custo de vida aumentou bastante, há um número considerável de professores que, infelizmente, já não quer continuar no sistema. Daí que propomos este aumento salarial para preservar esses quadros para não fugirem do sistema. Esta reivindicação é justa e esperemos que possamos encontrar um meio-termo com a entidade patronal para o aumento salarial dos professores já em 2024».
Adilson Esperança fala da abertura da ministra da educação na tentativa de solucionar o problema.
«Falamos bastante, negociamos bastante e achamos que da parte do governo há sim uma abertura, uma sensibilidade para com a classe específica dos docentes em relação a esta questão de aumento salarial».
Alguns pontos do caderno reivindicativo, como a melhoria das condições das infraestruturas escolares e de materiais de apoio ao ensino, o pagamento das horas extra, subsídios de transporte, entre outros, segundo o porta-voz da intersindical, já estão a ser equacionados pelo governo.
As partes voltarão à mesa das negociações em meados de janeiro.
José Bouças