Economia

Fábrica de chocolate para atender objectivo filantrópico

Está previsto para o iníci de 2021, o arranque das actividades produtivas da fábrica de chocolate da Cooperativa de Exportação de Cacau Biológico (CECAB). As obras de construção da unidade fabril foram lançadas em junho passado, e decorrem a bom ritmo.

No entanto, o Téla Nón deu conta na semana passada do estado de agonia, em que se encontra a primeira unidade de produção de chocolate pura origem de São Tomé e Príncipe, criada e gerida por Claudio Coralo.

A fábrica de chocolate está moribunda, porque o governo santomense, não conseguiu criar as condições básicas de logística no aeroporto internacional, que permitissem as companhias aéreas continuar a transportar a produção nacional de chocolate para abastecer o mercado internacional.

O chocolate que já tinha conquistado o mundo inteiro, por ser de alta qualidade, está actualmente bloqueado em São Tomé, e a empresa produtora teve que encerrar mais de 200 empregos.  O governo de “Bom Jesus” simplesmente ignorou o grito de socorro dado pela cooperativa de produção de chocolate liderada por Claudio Corallo.

O Téla Nón confrontou a direcção da CECAB, com este cenário de crise e de desgraça, que marca o destino de empresas que se aventuram em São Tomé e Príncipe, na transformação da matéria-prima local, em produtos de excelência.

«Sabemos das dificuldades que o país vive em termos de logística e transportes. Mas para nós é um desafio. Estamos confiantes de que vamos poder triunfar», assegurou António Dias.

As dificuldades reforçam a determinação da CECAB, que diz ter parceiros importantes no domínio da produção do chocolate, como a empresa francesa KAOKA, que vai apoiar a cooperativa de exportação de cacau biológico, neste novo desafio.

António Dias(na foto – em baixo), explicou melhor qual é o objectivo da fábrica de chocolate que deverá iniciar as suas actividades no início de 2021. Não tem objectivo puramente comercial. «A CECAB não está dependente economicamente da fábrica de chocolate», afirmou.

O Director Executivo da CECAB, foi mais directo e preciso. «O que nos moveu para a criação da fábrica é no sentido filantrópico. Pretende-se com a fábrica garantir a transformação do cacau e assim melhorar a imagem da CECAB. Por outro lado, com o bom rendimento da fábrica criar um fundo para apoio social às comunidades agrícolas», precisou.

Porque as obras de construção estão muito avançadas, a CECAB diz que já está a estudar com os seus advogados a criação de uma figura jurídica independente para administrar a fábrica de chocolate.

Segundo o Director Executivo poderá designar-se de Fundação CECAB. «Poderá ser uma fundação CECAB, para investir os fundos resultantes da comercialização do chocolate nas comunidades agrícolas filiadas na cooperativa….. Aquilo que as vezes as câmaras distritais ou o governo poderá ter dificuldade de fazer nas comunidades, nós estaremos lá para fazer com os fundos da fábrica de chocolate….», detalhou.

A fábrica de chocolate de cariz filantrópico, que está a ser construída na Roça Canavial, no distrito de Lobata será segundo a CECAB, uma parceira do Estado são-tomense, no combate «para libertar as pessoas da pobreza», concluiu António Dias.

Note-se que o Governo de Jorge Bom Jesus angariou fundos do Banco Africano de Desenvolvimento, através do projecto PRIASA II, na ordem de 340 mil euros, para financiar a construção da fábrica de chocolate-BIO, da cooperativa de exportação do cacau biológico de São Tomé e Príncipe.

Abel Veiga

5 Comments

5 Comments

  1. Pedro Costa

    23 de Outubro de 2020 at 9:31

    Até que enfim.
    Muito bem pensado e muito bem pensado.

  2. Pumbu

    23 de Outubro de 2020 at 10:11

    Os governantes deste nosso pais nunca souberam cuidar das “galinhas que dao OVOS de OURO. Infelizmete sao uns malditos sem visao do futuro para o PAIS. Salvo rarissimas escepcoes estes “governantes” sao dimagogos, mentirosos e LADROES.

  3. Toni

    23 de Outubro de 2020 at 13:53

    Porque não começam a casa pelas fundações, isto é:

    Obter as condições e as devidas autorizações para Stp poder fezer carga aérea a partir do aeroporto, criar as condições sanitárias exigidas, armazém de frio, fábrica de gelo seco, enfim o necessário.

    Depois disto tratado todo o chocolate pode ser exportado assim como vários produtos agrícolas. Aliás tendo este problema logístico resolvido não necessita de pedir fundos porque as próprias empresas se instalam.

    Penso que os governantes devem ter conhecimento deste constrangimento, por isso é agir e resolver, não colocar blocos e cimento que daqui a pouco ninguém se lembra, nem as coisas acontecem e os 340 mil euros já foram….

    Esta é a realidade!!!!

  4. SEMPRE AMIGO

    25 de Outubro de 2020 at 10:20

    Sonha….,Confirme as otencialidades reais existentes e possíveis, planifique, defina cuidadosamente as fazes e …..eeecute. Ponhe as mãos, arregaçe as mangas porque só á esses é que DEUS ajuda.

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