Economia

Mudança do hábito alimentar nas escolas promove agricultura biológica

O programa alimentar mundial está a incentivar a mudança do hábito alimentar nas escolas e jardins de infância. Pela primeira é aberto para os agricultores o mercado da alimentação escolar.

Um projecto financiado pelo governo brasileiro em 100 mil dólares e que  pretende garantir a segurança alimentar e incentivar a produção local.

O jardim-de-infância da Roça Lembá no extremo norte da ilha de São Tomé, recebeu pela primeira vez, produtos locais para enriquecer a dieta alimentar. É nas cantinas das escolas onde muitas crianças encontram a única refeição do dia.

Dulcileia Dias responsável da do jardim de infância da roça Lembá, destacou a importância da mudança do hábito alimentar nas escolas.

«Para não estarmos só a cozinhar arroz e esparguete, vamos introduzir os produtos nacionais que dão mais nutrientes às crianças», precisou a chefe do jardim Lembazinho.

A ONG ADAPPA garante a aquisição dos produtos. Carlos Tavares, líder da ONG agrícola, considera que pela primeira vez,  os  agricultores que se dedicam a produção biológica têm a oportunidade de aumentar o rendimento, e a produção local.

«Estamos a introduzir novo hábito alimentar às crianças, para consumirem o que é nosso, e produtos orgânicos…», afirmou Carlos Tavares.

50 Estabelecimentos de ensino básico dos distritos de Lobata, Cantagalo e Lembá, estão a receber os produtos biológicos.

No total 10 mil crianças estão a degustar, os novos pratos. Por exemplo na escola primária da cidade de Neves, capital do distrito de Lembá, Sowo de fruta-pão, fez a delícia das crianças.

Um projecto que quer matar dois coelhos com uma cajadada. Garantir a segurança alimentar, e promover o crescimento económico dos agricultores e criadores de animais.

«Acreditamos que vai ser um grande incentivo para a produção local, sobretudo os produtos orgânicos, que são o que queremos incentivar, e ligar os produtores nacionais ao mercado da alimentação escolar», pontuou Edna Perez, encarregada do escritório do PAM em São Tomé e Príncipe.

Refeição mais rica nas escolas de São Tomé, numa iniciativa que contribui para o cumprimento do objectivo número 2 do desenvolvimento sustentável, a erradicação da fome.

Abel Veiga

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