Economia

A maioria das firmas comerciais não acatou a ordem de implementação do IVA no dia 1 de junho

Os empresários e comerciantes dizem que não houve uma adequada preparação das firmas comerciais, para a introdução das taxas do IVA nos preços de venda das mercadorias.

No centro comercial Continental e nas lojas mais concorridas pela população, o IVA ainda não entrou.

Ramos Lopes, cliente do centro comercial, disse ao Téla Nón que « me disseram que ainda não estão a aplicar o IVA».

Mesmo ao lado da caixa, a gerência do centro comercial continental discutia com a equipa de fiscalização da direcção dos impostos. A gerente disse a equipa de fiscalização que tem mais de 4 mil produtos para serem taxados com o IVA, e que o processo de informatização é moroso.

“Bom Preço”, é o nome de uma loja localizada nos arredores do mercado de Côco-Côco. É grande a afluência do povo às lojas enfileiradas no local.

Ernestino Barroso, proprietário do “Bom Preço”, confirmou que o IVA ainda não é realidade na firma comercial.

«Neste momento não. A equipa de informática está a finalizar. Temos que separar os de 15%, e os de 7,5%. Dentro de dias o mais tardar. Hoje não», garantiu.

Enquanto informatiza o sistema de venda, o proprietário regista reclamações dos clientes. « Já estão a reclamar, e sem IVA. O valor está alto, internacionalmente está tudo mais caro, e agora com o IVA vai subir mais», realçou.

Avelino Carvalho, cliente que estava a comprar garrafas de vinho, manifestou-se aliviado. «Sorte é minha. Não descontaram o IVA», precisou.

Mas, o Téla Nón questionou-o sobre as taxas que vão recair sobre as bebidas alcoólicas. Para além do IVA de 15%, o vinho vai ser alvo da taxa de imposto especial sobre o consumo. Uma taxa de 65% que é cobrada nas alfândegas de São Tomé.

«Vai ser a morte do artista. Vamos parar de consumir bebidas alcoólicas», respondeu Avelino Carvalho.

O Téla Nón registou que algumas lojas e centros comerciais, não abriram as portas neste 1 de junho. O Supermercado CKADO, é um exemplo. Encerrou as portas para organizar o sistema informático, para aplicação das taxas do IVA.

Fora das firmas comerciais, o mercado informal domina a capital-São Tomé. Aqui, o IVA é um nome proibido de ser pronunciado. A actividade comercial acontece livre de qualquer responsabilidade fiscal com o Estado.

Abel Veiga

3 Comments

3 Comments

  1. adalberto gomes

    1 de Junho de 2023 at 23:25

    Papa chegou fome acabou.
    Nós do ADI somos solução.

  2. ANCA

    2 de Junho de 2023 at 9:55

    Aqui esta mais uma necessidade de seguranca, rigor e organização na nossa economia e finanças…se se quisermos das nossas instituições quer publicas quer privadas

    Nos tempos de hoje onde os computadores, a informática, as tecnologias de informação e comunicação, as ferramentas informáticas aliadas ao negocios…impensável jamais organizar uma sociedade sem exigir essas tecnologias sua adaptação.

    Ha que ter força, vontade de inverter esta realidade, osbtempos sao outros, se se quisermos vencer o desafio da pobreza e atraso social, temos que mudar de paradigma…

    Instituição quando tomam medidas é para si fazer cumprir, até porque isso ja foi anunciado a enorme tempo.

    Quando se toma medidavas instituições quer públicas, quer privadas tem um tempo de adaptação para as aplicar, quem não aplicar deve ser punido, ou minino exigir sua adaptação urgente.
    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

    • VAI TU

      3 de Junho de 2023 at 11:30

      Estou de acordo, mas no meu caso, é o terceiro disco rígido, e este último com perda total de dados, e 3 UPS, que ficam inutilizados por culpa da EMAE.
      Inclusive, o Governo, devia ajudar as empresas, quer com apoio técnico quer com material informático, a ser pago em prestações.

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