Economia

Falta de acordo com o FMI está a comprometer a elaboração do OGE-2024

O projeto do orçamento geral do estado de São Tomé e Príncipe para 2024 devia ter sido entregue à assembleia nacional em finais de Outubro. O primeiro-ministro justifica o atraso com a falta do acordo com o fundo monetário internacional.
«Nós pedimos a Assembleia Nacional para nos dar um prazo até 15 de dezembro. Estão ainda a decorrer as negociações com o FMI e não podemos fechar o orçamento antes dessas negociações acabarem e também pedi aos sectores, nomeadamente, o ministro das finanças bem como o ministro dos assuntos sociais e do trabalho para se sentarem à mesa com os sindicatos para que se possa tentar enquadrar, na medida do possível, as preocupações de todos aqueles que vivem na base do orçamento geral do estado», disse Patrice Trovoada.

Isto numa altura em que os sindicatos pressionam o governo na tomada de medidas para atenuar o nível de vida da população que se tem vindo a degradar.

Para o primeiro-ministro vai ser «difícil a aprovação do OGE-2024 ainda este ano. O acordo ou não acordo com o FMI tem implicações ao nível do orçamento. Estamos esperançosos que, em princípio de dezembro, haja algum sinal verde do FM».

Patrice Trovoada avançou ainda que as medidas que, a partida, o FMI está a exigir «são medidas difíceis para as nossas populações a curto prazo. São, no entanto, medidas que permitem ao país recuperar, mas a curto prazo, são medidas difíceis e nós temos que ter sempre esta preocupação de ver como é que podemos torna-las menos difíceis para a população. Por outro lado, é uma questão de seriedade e credibilidade. Não podemos concordar com algo que, a partida, sabemos que não podemos cumprir, mas, espero que nos primeiros dias de Dezembro haja fumo branco».

Patrice Trovoada que completou um ano à frente do décimo oitavo governo constitucional, respondeu às críticas do líder do MLSTP/PSD.
«Jorge Bom Jesus foi antigo primeiro-ministro responsável em grande parte pela situação em que vivemos hoje e estou a espera do congresso e o próximo líder do MLSTP com quem eu espero sentar e falar do país de uma maneira mais construtiva, mais positiva, por isso, Jorge Bom Jesus para mim é passado».

Declarações do primeiro-ministro, momentos antes de deixar o país para participar nas celebrações dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau.

José Bouças

4 Comments

4 Comments

  1. Por um STP Melhor

    16 de Novembro de 2023 at 14:39

    Se Dr. Jorge Bom Jesus que governou 4 anos é responsável, imagina o Senhor (PT) que anda a governar/desgovernar este país há mais de 10 anos e com 2 governos de maioria absoluta e com apoio de Presidentes da República, para não fala de tribunais e PGR …

  2. Sem assunto

    16 de Novembro de 2023 at 15:46

    Vád*o! Vive passeando pelos quatros cantos do mundo feito magnata a custa do fraco tesouro público.
    Não tens disponibilidade nem tempo para sentar e trabalhar em prol do sofrido e mísero povo que o elegeu.
    Pedes e impõe sacrifícios a todos nós quando exibes riquezas e glória na praça pública.
    Como queres que a FMI ti dê credibilidade se proteges e promoves suspeitos dos bárbaros crimes de 25 de Novembro que ceifou a vida de 4 pessoas civis?
    Mediste gente desta terra ao olho, razão pela qual usas e abusas da sua paciência.
    Nenhuma tirania durou para sempre, és apenas um aprendiz da ditadura, sicário, sacana.

  3. EX

    17 de Novembro de 2023 at 10:54

    Uma palavra “Fantochi”

  4. Edson Neves

    26 de Novembro de 2023 at 16:50

    Se parasse de desviar recursos públicos teria confiança do FMI e não ficaria responsabilizando o governo anterior pelos seus fracassos.

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