Economia

Preparar o caminho para um sector das pescas mais sustentável

O Programa EAF-Nansen apoiaaapresentação do projeto de Regulamento Geral das Actividades de Pesca

22 de fevereiro de 2024, São Tomé e Príncipe – Numa parceria histórica, o Programa EAF-Nansen e o Serviço de Direito para o Desenvolvimento (LEGN) da FAO ajudaram a Direção das Pescas e Aquicultura de São Tomé e Príncipe a reforçar o sector das pescas através da revisão do projeto de Regulamento Geral das Actividades de Pesca do país.

Na sequência de um Workshop Nacional para a apresentação às partes interessadas relevantes e validação do projeto revisto, do Regulamento Geral das Actividades de Pesca realizado de 17 a 18 de outubro de 2023 em São Tomé com o apoio da FAO, a versão final do Regulamento foi apresentada ao Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas (MADRP), Abel Bom Jesus, durante uma cerimónia que reuniu representantes do escritório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em São Tomé e Príncipe, do Programa EAF-Nansen e da Direção das Pescas e Aquicultura.

Durante o evento, o Diretor das Pescas e Aquicultura de São Tomé e Príncipe apresentou o Regulamento ao Ministro, que agradeceu o apoio da FAO na elaboração deste instrumento jurídico, que regulamenta a Lei das Pescas e Aquicultura de 2022. Será agora submetido ao Conselho de Ministros para aprovação antes de entrarem vigor.

A Direção das Pescas e Aquicultura do Ministério solicitou a revisão na sequência de uma avaliação do alinhamento de instrumentos políticos e jurídicos seleccionados de São Tomé e Príncipe com a abordagem ecossistémica das pescas (EAF). Esta análise resultou em recomendações que foram apresentadas no Relatório Jurídico sobre a Abordagem Ecossistémica das Pescas em São Tomé e Príncipe, aprovado pelo MADRP e publicado pela FAO em 2023.

Em São Tomé e Príncipe, uma nação insular no Golfo da Guiné, ao largo da costa do Gabão, o sector das pescas dá emprego a milhares de pessoas e representa a principal fonte de rendimento das famílias com baixos rendimentos. 

Uma forma de aumentar as capturas, mantendo um estado saudável e produtivo dos recursos marinhos, é através do EAF. Esta é uma abordagem de gestão holística e baseada no risco que a FAO considera ser o principal quadro para alcançar uma pesca sustentável.

O programa EAF-Nansen continuará a ajudar a Direção das Pescas e da Aquicultura a reforçar os quadros político e jurídico em conformidade com o EAF. Tal incluirá a elaboração de um plano nacional de 10 anos para o desenvolvimento do sector das pescas e da aquicultura, a alteração da Lei das Pescas e da Aquicultura de 2022 e a elaboração de legislação subsidiária adicional ao Regulamento Geral das Actividades de Pesca.

Lionel Kinadjian, responsável pelas Pescas e Aquacultura no Gabinete Sub-Regional da FAO para a África Central, manifestou o entusiasmo da FAO em ajudar São Tomé e Príncipe a desenvolver um sector das pescas sustentável e resiliente. “O esforço está na vanguarda da visão da Transformação Azul, que visa criar sistemas alimentares aquáticos sustentáveis capazes de erradicar a fome, aliviar a pobreza e estimular o crescimento económico”, disse ele.

Sobre o Programa

O Programa EAF-Nansen é uma parceria de longa data entre a FAO e a Noruega, que remonta a 1975. É implementado pela FAO em estreita colaboração com o Instituto de Investigação Marinha da Noruega (IMR) e financiado pela Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (Norad).

Em colaboração com 32 países de África e do Golfo de Bengala, o Programa está a melhorar as políticas e práticas de gestão das pescas em linha com a abordagem ecossistémica das pescas e a desenvolver a capacidade das instituições pesqueiras para garantir uma gestão sustentável das pescas.

FONTE – FAO

2 Comments

2 Comments

  1. ANCA

    24 de Fevereiro de 2024 at 8:56

    Este é um passo primordial, a regulamentação das actividades das pescas no país, não obstante no contexto e conjuntura actual, quando se projecta a economia de mar, devemos ter uma visão mais ampla de multidisciplinaridade do que se pretende vir a ser o cluster do mar em São Tomé e Príncipe.

    A palavra segurança deve ser a chave a ter em conta em qualquer normalização, legislação e projecto que se pretende desenvolver, implementar

    Por exemplo ter em conta o sector do tuismo marítimo, a passeio subaquático, observação de espécies marinhas, as baleias, os golfinhos, etc…que proporcionam fontes de rendimentos, recovertem peacdores em homens de turismos mediante regras definidas,…

    Infreaestruturas, capacitação dos portos, reparação de embarcações,rota dos cruzeiros, transportes de mercadorias, serviços marítimos, plataforma logística de suporte a costa Africana…etc

    Educação/Formação/Investigação

    Desenvolvimento em articulação com universidades de centros de investigação marítima, formação maritima, conhecimento marítimo, fauna flora, ecossistemas marítimos, sua protecção, aquecimento global, mudanças climáticas…etc.

    Existem muitas especies de alto valor comercial, algas crustáceos, etc tanto na gastronomia local, regional e mundial, outras para produção de medicamentos e cremes, cosmética…

    Desporto

    Desenvolvimento do desporto marítimo.

    Voleibol,Futebol de praia

    Canoagem

    Desportos, prova de motas e água, barcos e botes, logo atração turística,

    Pescas submarina…etc

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  2. ANCA

    24 de Fevereiro de 2024 at 14:46

    A questão defesa e segurança marítima é crucial para desenvolvimento do cluster do mar, a economia azul.

    Há que desenvolver toda uma política, estratégia visão, a respeito da higiene, certificação e comercialização do pescado nacional quer, a nível interno e externo.

    Por exemplo o registo do peixe capturado, quanto a sua espécie, dimensão, peso, mediante preenchimento um formulário especifico para efeito a ser criado.

    Criação de lotas no país, onde todo o pescado capturado devem ser pesados e registados para posterior venda.

    Políticas, legislar-sobre modos e formas de transportes do pescado capturado, conservação de pescado capturado quanto a sua(frescura/congelação-venda), sua categoria consoante a dimensão de crescimento e peso( há ser normalizado para se poder vender, mais rapidamente possível no País, sendo que espécie abaixo de um determinado tamanho jamais devem ser capturadas ou vendidas), locais de venda de peixe-sua qualificação para o efeito, sobretudo nos mercados, feiras…transformação dos pescado para venda, congelação para venda, desmembramento para venda, por exemplo- filetes de peixes, lombo de peixe, salgar peixe, etc…

    Tudo isto poderá contribuir para geração de postos de trabalho, certificação e qualidade do nosso pescado e da nossa economia e finanças.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe

    São Tomé e Príncipe

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