Abandonada há cerca de 30 anos, a cultura do Coco tende a renascer em São Tomé com o apoio do projecto de apoio às culturas de exportação (PAFAE), financiado pela União Europeia e a cooperação portuguesa.
A assinatura na última sexta-feira, de um memorandum de entendimento nas instalações do Centro Agronómico e Tecnológico (CIAT) na localidade de Potó, estabeleceu a cooperação entre o Ministério da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural, o Instituto Marquês de Valle Flor que executa o projecto PAFAE e o Conselho para Investigação Científica e Industrial do Gana.
O objectivo principal da parceria é impulsionar a fileira do coco em todo o país. O CIAT beneficia de apoio técnico-laboratorial do Conselho para Investigação Científica e Industrial do Gana. Com mais de 20 anos de experiência, a instituição ganense vai orientar o CIAT no desenvolvimento da cadeia de valor do coco em São Tomé e Príncipe.
«Em 2022 a fileira do Coco representou cerca de 2,5% da exportação de São Tomé e Príncipe totalizando cerca de 400 mil euros», revelou Ahmed Zaky, diretor do Instituto Marquês de Valle Flôr.
O memorandum assinado entre as partes prevê acções no domínio da Investigação, formação dos técnicos, a reparação e manutenção de equipamento laboratorial, e a troca de material vegetal do coco. Para aumentar a produção, o projecto pretende lançar no solo santomense 150 mil novos coqueiros. «Através da produção do coco podemos resolver muitos problemas internos», precisou o ministro da agricultura, Abel Bom Jesus.
A intervenção do Conselho para Investigação Científica e Industrial do Gana, permite a introdução de novas variedades de coqueiros e mais produtivas. «Introduzindo uma nova variedade de coco, considero que estaríamos a criar uma alternativa para a população, que comercializa a água do coco», pontuou o ministro da agricultura.
A promoção da fileira de coco foi considerada pelo representante da instituição ganense como um elemento fundamental para alimentar o desenvolvimento sustentado de São Tomé e Príncipe. O comércio da água do coco gera rendimentos para as famílias santomenses e mata a sede dos turistas.
A casca do coco é utilizada como combustível. Produz o carvão vegetal, que por sua vez evita o abate indiscriminado de árvores. Também os coqueiros depois de velhos podem ser uma alternativa para a construção civil. O caule do coqueiro pode ser transformado em tábuas, barrotes e ripas de grande durabilidade.
Por outro lado, o coco em si, é utilizado na culinária e na produção de óleo. Note-se que a qualidade do coco de São Tomé e Príncipe conquistou o mundo em junho do ano 2020 durante o concurso internacional de “Óleos do Mundo” realizado em Paris-França. A produção nacional assegurada pela empresa “Valudo”, ganhou a Medalha Gourmet de Ouro.
Abel Veiga
santomé cu plinxipe
22 de Julho de 2024 at 7:26
na bi ximiá cocondja de vinga són fa êee…musica de sangazusa…..
Mepoçom
22 de Julho de 2024 at 15:19
O projecto é bom se retroagirmos ao passado em que coco era comercializado seco, o chamado copra que dava para equilibrar a nossa balança de pagamento. Mas se for para cada um colher a belo prazer em daua e vender dia a dia para safar o seu sustento estamos a perder tempo, e não vamos lá.