O sistema das Nações Unidas disponibilizou este ano 26 milhões de dólares para apoiar projetos transformadores em São Tomé e Príncipe. Um acréscimo de cinco milhões em relação ao ano anterior.
Pela primeira vez em São Tomé e Príncipe, o governo e o sistema das Nações Unidas desenvolveram planos de trabalho conjuntos, específicos para cada ministério.
A iniciativa visa fortalecer a coordenação, aprimorar a transparência e otimizar os recursos destinados à implementação dos projetos transformadores.
“Esta abordagem inovadora possibilita que cada ministério tenha total clareza sobre o parceiro da ONU com quem está a colaborar, a área de atuação e os recursos disponíveis”, afirmou Eric Overvest, Representante Residente do Sistema das Nações Unidas no país.
Para responder às prioridades estabelecidas nos planos deste ano, o sistema das nações unidas disponibiliza 26 milhões de dólares, cerca de 23 milhões de euros.
“Esperamos que os recursos sejam aplicados de forma ágil, gerando resultados concretos que impactem positivamente o bem-estar do povo santomense”, ressaltou Eric Overvest.
Os planos dão prioridade a ações nas áreas da saúde, educação, proteção social, segurança alimentar, ambiente, governação, igualdade de género, juventude, entre outras.
“Não é suficiente ter um plano, não é suficiente ter um valor disponível, é indispensável que os esforços sejam congregados tanto da parte dos parceiros, as agências de implementação como também dos beneficiários, quer dizer, de toda a nossa máquina administrativa” – ressaltou Ilza Amado Vaz, Ministra dos negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades.
A assinatura destes planos representa um avanço significativo na consolidação da parceria entre as Nações Unidas e o governo de São Tomé e Príncipe, reforçando o compromisso mútuo com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da população.
José Bouças

Jorge Semeado
13 de Abril de 2025 at 22:22
26 milhões de dólares para o ano 2025. Já estamos praticamente em 2a. quinzena de abril de 2025. Praticamente só faltam 7,5 meses para finalizarmos o ano. Isto cheira a brincadeira e é caminho aberto para descaminho de fundos. Porque, as Nações Unidas fazem planos quinquenais, com revisões ao meio dos quinquênios. Os planos programáticos e financeiros dos anos seguintes são projetados e concluídos nos últimos trimestres dos anos antecedentes, para que no início de cada ano as máquinas estejam oleadas prontas a arrancar.
Paradoxalmente para STP, ONU só desbloqueia fundos para o ano corrente em meados de abril? Será que um ano da ONU só tem 7,5 meses? E a energia solar mais uma vez não foi contemplada neste fundo.
Não faz sentido nenhum, o país receber ajuda anual de 26 milhões de dólares das Nações Unidas para variados sectores e em contrapartida precisar de “desenrascar” 28 milhões de dólares anualmente, só para importar combustível para gerar energia térmica que permitirão a execução dos projectos dos 26 milhões das ONU e dos outros parceiros e doadores. Isto não faz sentido. Se a ONU deseja ajudar de verdade e com honestidade, ela deve atacar primeiramente a auto suficiência energética em energias renováveis, limpas e baratas, permitindo a STP sair deste sufoco de importação de combustíveis para gerar energia térmica.
Este é o meu grito de socorro