Política

Visita relâmpago de Rafael Branco a Angola

O Primegoverno-1.jpgiro-ministro e Chefe do Governo Joaquim Rafael Branco, deixou esta manhã São Tomé com destino a Luanda. Uma visita rápida e urgente. O Primeiro Ministro, que deverá regressar ao país esta tarde, disse que vai analisar com o parceiro estratégico de São Tomé e Príncipe, a agenda de implementação dos projectos estruturantes de cooperação que foram delineados a quando da sua primeira visita oficial a Angola. A presença na delegação do Ministro da Administração Interna Raul Cravid, que comandou a operação que neutralizou a tentativa de golpe de estado, assume grande destaque na visita relâmpago.

Numa altura em que se regista a ameaça de uma crise política mais profunda, por causa da intenção do Presidente da República em renunciar o cargo, Rafael Branco deu um salto esta manhã para Luanda. A concertação com as autoridades do país que o primeiro-ministro elegeu como parceiro estratégico em África, é fundamental.

Muitos projectos estão agendados, nomeadamente a ampliação e modernização do aeroporto internacional de São Tomé e a modernização do porto de Ana Chaves. «O quadro da cooperação está definido, trata-se de actualizar, pontualizar e estabelecer calendários», referiu Rafael Branco. O Chefe do Governo não conseguiu esconder, que a recente situação de alegada preparação de golpe de estado, e a intenção do Chefe de Estado são-tomense em abandonar o poder, serão assuntos dominantes da conversa que vai ter com autoridades angolanas.

A presença do ministro da administração interna, Raul Cravid, na delegação fala por si. «A situação que nós vivemos de facto dá um carácter importante a essa minha deslocação, certamente trocaremos informações sobre a situação política, assim como eu tenho recebido chamadas de outros países amigos que querem informação sobre a situação e terei a oportunidade de o fazer de viva voz», declarou o Primeiro Ministro.

De recordar que depois do golpe de estado de 2003 em São Tomé, acção levada a cabo pelos búfalos, Angola treinou e apetrechou uma unidade da polícia de intervenção rápida, os chamados Ninjas, que acabaram por ser desmantelados em 2007, por causa da sublevação armada que realizaram no comando geral da polícia.

Muitos analistas em São Tomé diziam que a criação daquela unidade de polícia especial, visava dissuadir a ameaça dos búfalos. No regresso de Rafael Branco, previsto para esta tarde, o país poderá ficar mais esclarecido sobre os futuros passos da parceria estratégica entre os dois países, sobretudo no domínio da segurança interna.

Abel Veiga

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