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Mar é o vector principal da política de defesa da CPLP

Os ministros da defesa da CPLP, reunidos na sua 16ª reunião em São Tomé, aprovaram um documento que define a identidade da organização lusófona a nível da Defesa. O mar é apontado como o vector identitário.

O Ministro da Defesa de Portugal Aguiar Branco, enquanto Presidente cessante do encontro dos ministros da defesa da CPLP, destacou a importância do documento, que deverá ser implementado durante os próximos anos.

Formação dos militares, melhoria das condições de saúde militar, e realização de operações de paz, são desafios prioritários lançados na décima sexta – reunião dos ministros da defesa da CPLP.

Portugal sugeriu a criação de um colégio de defesa da CPLP para formação dos militares. A nível da saúde militar propôs maior intercâmbio entre os hospitais militares da comunidade. Em matéria de manutenção de paz, considerou que é altura das forças armadas da CPLP marcarem presença em missões de paz a nível internacional.

Segundo o Ministro da Defesa de Portugal, a experiência acumulada por cada um dos países em missões de paz ao serviço das Nações Unidas, cria as condições para os militares da CPLP, se agruparem numa força única de manutenção de paz, e participar numa operação internacional sob a égide da ONU.

Tendo o mar como vector identitário da política de defesa , a reunião dos ministros de defesa, apontou o Golfo da Guiné como prioritário nas acções de treino e de fiscalização marítima, tendo em conta a importância da região a nível do transporte internacional de bens e serviços e na protecção dos recursos existentes.

Pelo menos 5 países, membros da CPLP estão localizados no Golfo da Guiné. São Tomé e Príncipe mesmo no coração do Golfo e Angola, Guiné Bissau, Guiné Equatorial e Cabo Verde são banhados também pelas águas do golfo africano.

O regresso da Guiné Bissau as estruturas de defesa da CPLP, mereceu saudação dos ministros, e do secretário executivo da comunidade, o moçambicano Murade Murargy.

O Secretário Executivo da CPLP, pediu empenho de todos os países membros no sentido de ajudar a Guiné Bissau na reforma do sector da defesa e segurança.

Doravante São Tomé e Príncipe passa a presidir o encontro dos ministros da CPLP, num ano em que os militares dos 9 países vão realizar mais um exercício conjunto, designado Felino. Desta vez em Portugal, com movimentação das tropas na terra e no mar.

Abel Veiga

 

 

1 Comment

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  1. Ferreira de Melo (Rio de Janeiro-RJ)

    27 de Maio de 2015 at 9:48

    Bom artigo. Vale lembrar ao jornalista que apenas STP e Guiné Equatorial estão localizados no Golfo da Guiné.

    Os objetivos de uma força multinacional de paz são os motivadores da formação do Corpo de Fuzileiros Navais de STP e a instalação da Missão naval da Marinha do Brasil em São Tomé. Em breve militares são-tomenses estarão habilitados a exercerem missões no exterior. O outro objetivo – o de STP garantir o efetivo controle de seu mar territorial mediante capacidade de patrulhamento e monitoramento eletrônico – é projeto de maior envergadura e de maior prazo de conclusão.

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