No passado dia 17 de Março, a imprensa da República Popular da China anunciou ao mundo, a retoma das relações diplomáticas entre Pequim e Banjul.
As relações entre a República da Gâmbia e a República Popular da China, tinham sido interrompidas há mais de 10 anos, quando as autoridades do país africano decidiram estabelecer relações diplomáticas com Taiwan.
Em Março último o Ministro dos Negócios da Gâmbia Neneh MacDouall-Gaye reuniu-se em Pequim com o seu homólogo chinês Wang Yi, e selou a retoma das relações diplomáticas entre os dois países. O relacionamento com Taiwan ficou assim definitivamente rompido.
A imprensa da República Popular da China mostrou o regresso da Gâmbia à Pequim, como mais um ganho estratégico da diplomacia chinesa em África. Um continente de grande interesse para a China e onde actualmente Taiwan só tem 3 aliados, nomeadamente a Suazilândia, o Burkina – Faso e São Tomé e Príncipe.
E é exactamente São Tomé e Príncipe, que de repente foi chamado pela imprensa asiática ao debate em torno da perda de influência de Taiwan sobre os seus aliados africanos, em proveito da China Popular que ganha cada vez mais terreno no imenso continente africano.
Em Taipei capital de Taiwan, São Tomé e Príncipe foi apontado por alguns círculos políticos e pela imprensa asiática como sendo o próximo país africano que vai cortar relações com Taiwan para regressar ao convívio com a República Popular da China.
Chen Junxian, alto responsável do departamento do ministério das relações exteriores de Taiwan que se ocupa das questões africanas, não escondeu a preocupação de Taipei em relação a situação. Disse a imprensa que no caso de São Tomé e Príncipe há uma diferença.
O diplomata disse para a imprensa que, o Presidente de São Tomé e Príncipe pode ter saudades da República Popular da China, mas «o Primeiro-ministro tem fortes relações com Taiwan e tem mais poderes do que o Presidente da República em matéria de Política Externa».
A imprensa asiática e alguns sectores políticos de Taiwan trouxeram o nome de São Tomé e Príncipe para a contenda entre China e Taiwan por causa da Gâmbia, com o argumento de que em Junho do ano 2014, o Presidente de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa visitou a China Popular.
Apesar do carácter privado, a visita de Pinto da Costa a China Popular, mereceu destaque em alguns órgãos de comunicação social da região asiática.
Ainda mais, quando os passos do Chefe de Estado são-tomense, em Xangai e Pequim visaram a reaproximação entre os dois países, sobretudo a nível da atracção de investimentos privados da República Popular da China.
A agitação diplomática entre Taiwan e China por causa da Gâmbia, também envolveu São Tomé e Príncipe, porque a imprensa e a comunidade política e diplomática asiática, manifesta-se surpreendida com o facto de Pinto da Costa ter estado na República Popular da China no ano 2014, mas ainda não visitou Taiwan.
Pinto da Costa é o único Presidente de São Tomé e Príncipe depois de 1991, que ainda não visitou Taipei.
O Téla Nón deixa a disposição dos leitores alguns links que retractam o conflito diplomático sino-taiwanês por causa da Gâmbia, mas com São Tomé e Príncipe na calha.
1 – http://www.taipeitimes.com/News/front/archives/2016/03/18/2003641843
2 – http://www.chinapost.com.tw/taiwan/intl-community/2016/03/18/461097/DPP-condemns.htm
3 – http://www.chinatimes.com/realtimenews/20160318004197-260407
Abel Veiga
Fala Verdade
11 de Abril de 2016 at 7:55
Preciso da China Popular não de Taiwan
Felisberto Bandeira
11 de Abril de 2016 at 18:40
Na minha modéstia opinião deviamos buscar alternativas no sentido de ficar com os dois não havendo alternativa pra ficar com os dois ; manter com os Taiwan ; fora disto ira nos trazer muitos transtornos.
Vexado
11 de Abril de 2016 at 19:16
Pinto recebe dinheiro dos chineses e Patrice quer comer dinheiro dos taiwanesses. Deve ser por isso que o Patrice esta mais agressivo com o pinto ao ponto de querer a presidencia.
Será que Taiwan está a financiar campanha do patrice? Investiguem.
Prefiro Taiwan porque os seus produtos são melhores do que os chineses.
Chines destrói a economia e nao cria emprego, país não desenvolve.
Por mim os taiwanesses mas sem Patrice na presidência.
Almeida santos
11 de Abril de 2016 at 20:58
Carta Aberta à sua Excia Dr Manuel Pinto da Costa
SR Presidente, traz-nos a CHINA POPULAR por favor.
A economia de S.Tomé está necessitando de um EMPURRÃO de Uma Economia Gigante Mundial – A China.
Quem sabe STP pode desta vez arrancar de vez.
Antonio Pedro
12 de Abril de 2016 at 6:36
Um homem que tem várias mulheres e que cada dia que passa está perdendo todas isto significa que este homem não é bom. É o caso de Taiwan. Taiwan tinha relações com vários países africanos. Agora só ficou com três incluindo S. Tomé isto quer dizer que Taiwan não é bom.
Antonio Minezes
14 de Abril de 2016 at 13:28
Se pra cortar relação com Taiwan é melhor Presidente dizer já. China só vai trazer velharias, nada de novo, não estão em angola?