Política

Saúde: Ministro lança alerta nacional para evitar o mal maior

Paludismo, é o nome do mal maior, da saúde pública em São Tomé e Príncipe. Desde o ano 2004, que São Tomé e Príncipe empreendeu uma campanha de luta contra a doença que anualmente ceifava centenas de vidas humanas tanto adultos como crianças menores de 5 anos.

Um mal maior, que quando não matava, destruía a vida de outras largas centenas de são-tomenses, que deixavam de ter capacidade de trabalhar, crianças que perdiam o ano lectivo por causa do impacto do paludismo, e outras mais que acabavam por ficar deficientes, sobretudo nos casos em que a doença atacava o sistema nervoso central (paludismo cerebral).

O combate travado a partir de 2004 permitiu o primeiro recuo da doença em 2005. Os anos subsequentes foram marcados por sucessivas derrotas do paludismo. A pulverização das casas, o uso do mosquiteiro, e a introdução de novos medicamentos para tratamento da doença, colocaram São Tomé e Príncipe num patamar de excelência no combate ao paludismo em África.

Antes da campanha de luta, o país registava mais de 60 mil casos de paludismo por ano. A doença passou a ser extremamente residual, com o registo de cerca de 1000 casos por ano. Com apoio de parceiros internacionais, o preparava-se para avançar rumo à eliminação do paludismo.

Mas, no ano 2012, a doença deu sinais de ressurgimento com o registo de mais de 6 mil casos em todo o país, quando nos anos anteriores, eram registados menos de 1000 casos.

O combate foi dinamizado e dois anos depois, em 2014, o sistema nacional de saúde registou apenas 1000 casos de paludismo naquele ano.

Já em 2016 registou-se nova tendência de ressurreição do mal maior. Apesar de não ter sido divulgado os dados do recrudescimento da doença, o Téla Nón testemunhou na roça Lembá no norte da ilha de São Tomé, a aflição da população local, face ao ressurgimento do paludismo. Dos cerca de 500 habitantes da roça, pelo menos 300 tinham sido atacados pelo paludismo, segundo as declarações dos moradores.

Em Fevereiro de 2019, Edgar Neves, o novo Ministro da Saúde lança um alerta nacional para combate ao paludismo. O Ministro que se reuniu com os representantes das autarquias e da comunicação social, defende acções sincronizadas para travar o avanço do paludismo. Um avanço que segundo o ministro começou a ser notado nos últimos 3 anos, altura em que os dados sobre a prevalência da doença não eram tornados públicos.

O Ministério da saúde que está a redefinir a estratégia de combate à doença, prometeu divulgar os dados que demonstram o comportamento do paludismo nos últimos anos.

Para já os números avançados pelo Programa Nacional de Luta Contra o Paludismo, e referentes ao mês de janeiro de 2019, indicam que a incidência triplicou em relação ao mesmo período de 2018. No mês de Janeiro de 2019 foram registados 180 casos de paludismo em todo o território nacional.

O Director do programa de luta, Hamilton Nascimento, justificou a tendência de retorno do paludismo, com o comportamento da população em recusar a pulverização das suas casas.

Mais interessante ainda, é o facto segundo o Director do Programa de Luta Contra o Paludismo, de os técnicos que trabalham nas campanhas de pulverização, realizarem mal a pulverização das casas. Um comportamento que segundo o director, visa evitar a erradicação do paludismo, e desta forma assegurarem os seus empregos como técnicos de pulverização para sempre.

Abel Veiga

6 Comments

6 Comments

  1. Assim só já perdeu!

    14 de Fevereiro de 2019 at 9:31

    JBJ, tamos a pedir ajuda!

    A falta de recolha de lixo no país inteiro provoca sempre o caos na cidade de São Tomé e Príncipe, e este ano não foi excepção. Um pouco por todo o lado, as ruas estão acumuladas de embrulhos e restos de comida e lixos que sobraram da consoada. O centro da cidadr são os casos mais preocupantes. Ao final da manhã de ontem, já vários quilos de lixo tinham sido depositados, e as moscas servem a petiscos.
    Apesar dos constantes avisos para o facto de não existir recolha, várias são as famílias que insistem em colocar os sacos nos caixotes, que rapidamente ficam cheios. A alternativa seria então por pôr o lixo junto aos contentores que quase não existem. Os cães vadios com raiva acabam sempre por rasgar as sacas, espalhando os restos de comida pelas várias ruas. O cheiro intenso que rapidamente se faz sentir também não é indiferente aos moradores.

    “Todos os anos é a mesma coisa, as ruas ficam sujas e cheiram muito mal e quem aqui mora não aguenta isto. As pessoas insistem em colocar os caixotes e a comida na rua”, disse a nossa redação uma moradora, que ontem viu a sua rua, ser invadida por dezenas de cães e de sacos de lixo.

    São Tomé e Príncipe, o caos instalou-se rapidamente. Na capital do país, o forte vento que se fazia sentir espalhou-se por toda a rua, com dezenas de papéis e coisas vindas dos mercados, caixas e comida. As várias pessoas que por ali passavam não escondiam a sua indignação e repulsa perante tal situação.

  2. Nona

    14 de Fevereiro de 2019 at 12:23

    Meu caro amigo “Assim só já perdeu!”
    Já fizestes alguma coisa por isso? Temos , todos, que fazer algo por nosso País. O que é que pensas para debelar esta situação? O que é que já fizestes? Não podemos, eternamente, reclamar e reclamar e apontar o dedo. Façamos alguma coisa. Dê ideias. O País é nosso. Ou pensas que os estrangeiros é que vêm resolver os nossos problemas! Se assim pensas estas enganado.Dê a tua contribuição para resolver os problemas que o País tem. Aponte soluções e pare de reclamar. Faça algo.

    • Assim só já perdeu!

      17 de Fevereiro de 2019 at 19:06

      JBJ, tamos a pedir ajuda!
      Nós compreendemos que os produtos são transportados para a nossa cidade todos os dias. Graças a Deus, nós acordáramos cedo para venderemos os nossos produtos.
      Solução: Fazemos 3 recolhas de lixo diariamente.
      Os reclusos também deveriam ajudar na limpeza da cidade.
      Vamos tirar um dia de trabalho se for necessário, todos, todos os funcionários públicos, Governo, Privados, sociedade civil e todas as pessoas de boa vontade, fazermos um trabalho voluntário para pôr cobro à crise do lixo no nosso País.
      Esse foi um dos “erros” que o ADI cometeu! Ficaram mais preocupados em resolver os problemas (que são tantos) de dentro pra fora. Nós queremos que seja de fora para dentro.
      Hoje em dia o Turismo deve ser tratado como prioridade “ factor de desenvolvimento econômico do País “e não podemos oferecer um turismo com a nossa cidade conforme se encontra.

  3. Zagaia

    14 de Fevereiro de 2019 at 12:24

    Será possível…..,que o poder local (C.M.ÁGUA GRANDE),na qualidade do seu líder (Sr.Presidente), não consiga resolver esse problema de lixo na cidade,pelo menos fazer a diferente em relação ao seu antecessor. Querem ver que é necessário, criar um projecto para resolver esse problema….??? Ficamos dependentes e viciados em projetos. Esqueçemos que estamos a atrasar a nossa economia , aumentando a dívida externa,hipotecando o desenvolvimento……

  4. Madredeus.igreja

    14 de Fevereiro de 2019 at 22:41

    Em 4 anos Pinta Cabra e seu ADI, esqueceram de SAÚDE PÚBLICA.

    O homem, só via, viajens, comunicação e notas para contas.

    Resto era só jardim, esperando que a chuva cai

  5. Chang de Taiwan

    15 de Fevereiro de 2019 at 12:21

    Parece que depois de saída da equipa de Taiwan em 2016, já não havia mais os dados publicados sobre caso de pauludismo……

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