O Conselho de Administração do Banco Central, de São Tomé e Príncipe, reuniu-se na quarta feira com a empresa britânica De la Rue, que emitiu a nova família da dobra, a moeda nacional.
A reunião que decorreu nas instalações do Banco Central, serviu para as duas partes negociarem um novo acordo para emissão de novas notas de duzentas dobras, que foram retiradas de circulação por causa de falhas.
Falhas que segundo o Banco Central ameaçavam a segurança do sistema financeiro nacional.
«A empresa De La Rue assumiu que vai fazer uma nova emissão das notas de duzentas dobras, sem custos para o país, ou seja, sem despesas para o erário público», afirmou Flávio Pinto, porta voz do Banco central na reunião com a empresa britânica.
A De La Rue comprometeu-se em emitir, novas notas de 200 dobras, com padrão de segurança mais reforçado.
« Por questões de segurança e de credibilidade tivemos que retirar as notas de 200 dobras de circulação, e agora esta-se a fazer um novo processo de reintrodução, os desenhos são outros exactamente para que a questão da contrafacção e todos os mecanismos de controlo e de segurança sejam assegurados», explicou o porta voz da reunião.
As notas de 10 e 5 dobras também emitidas postas a circular no ano 2018, já estão desgastadas. O Estado são-tomense vai gastar mais dinheiro para emitir novas notas de 5 e 10 dobras.
«Vão ser feitas novas notas de 5 e 10 desta vez com substrato papel 100% de algodão, com custo reduzido, sensivelmente a metade do preço pago pelas notas anteriores. Terão melhores mecanismos de segurança, e de durabilidade. É nesse aspecto que estão aqui os representantes da empresa para firmarmos os contratos», detalhou Flávio Pinto.
As notas de 5 e 10 dobras, não resistiram ao clima quente e húmido de São Tomé e Príncipe, e começaram a derreter. O Banco Central explicou que o material utilizado na primeira emissão da nova família da dobra, não se adaptou ao clima do país.
A nova família da dobra, emitida no ano 2017, e que entrou em circulação no dia 1 de Janeiro de 2018, tem muitas falhas.
A nova administração do Banco Central de São Tomé e Príncipe descobriu tais falhas, que estão também a serem perseguidas pela justiça. «São falhas que já foram analisadas e corrigidas. E o processo junto a outras sedes terá necessariamente outra tramitação. No âmbito do processo judicial o que terá que ser apurado será apurado. Mas nós aqui hoje, estamos só para a assinatura do contrato para retoma das relações que sempre foram boas com a empresa De La Rue», pontuou o porta voz da reunião.
As novas notas de 200, 10, e 5 dobras deverão entrar em circulação no mercado financeiro são-tomense a partir do primeiro semestre do ano 2020.
Note-se que a emissão e entrada em vigor da nova família da dobra no ano 2018, foi marcado por polémicas e escândalos.
O procedimento adoptado em 2016 pelo então Governo, para emissão da nova família da dobra, foi alvo de protestos por alegada violação da constituição política. A entrada em vigor produziu escândalo, quando milhões de dobras foram distribuídos entre os ex-administradores do Banco Central, como prémio pela queima das notas que foram retiradas de circulação. Caso em que o Ministério Público já deduziu acusação contra um conjunto de arguidos.
Entre os anos 2016 e 2018, o Estado são-tomense gastou mais de 2 milhões de euros para emissão da nova família da dobra.
O leitor pode ouvir outros contornos das falhas nas notas da nova família da dobra, na entrevista de Flávio Pinto, membro da administração do Banco Central de São Tomé e Príncipe.
Abel Veiga
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Smash
28 de Novembro de 2019 at 0:11
Há coisas incríveis… Tudo que o outra administração fez está errado e tudo que a atual administração está a fazer é correto. Grupo de intelectuais ignorantes, que não respeitam a instituição que “dirigem” não têm ética profissional e com visão unidirecional. Só pela apresentação do vosso argumento justificativo vê-se logo a vosso nível de literacia. Bonecos com mente obtusa e quadrada. Come camiões de gelado com a testa quem quer. A camimhar para o abismo
Pascoal Carvalho
28 de Novembro de 2019 at 14:53
Esperamos que desta vez, tudo fique claro e esclarecido, poupando o país de gastos desnecessários.
Joni de cá
28 de Novembro de 2019 at 16:18
Estão a ficar sem dobras porque se calhar os nigerianos que estão a fornecer combustível ficam com todas as dobras. Já era de esperar…..
Tudo o resto é política, enganar, logicamente as novas notas não são grátis, irão é ser pagas de outra forma, a Dela Rue nunca mais sai de Stp fica com exclusividade, é o que queriam. Agora Stp aguenta se ao que será impresso isto a nível de qualidade do papel.
É tao fácil enganar Stp…..
Vanplega
28 de Novembro de 2019 at 22:02
Ep, nao e bem assim.
Antes do actual governo, suspender as botas de 200 dobras.
Aonde elas andavam, que o mercado nao havia?
Comecou aparecer algumas trocados no aeroporto de Lisboa.
Aonde elas andava?
Pinta Cabra e os seus queria afundar este pais ainda mais, lucrando ou fazendo canbalacho com as notas de 200 dobras.
Bil
29 de Novembro de 2019 at 16:17
Meus senhores,
Depois de tudo isso ninguém vai preso????
Pela qualidades das notas, é mais do que evidente que houve gestão danosa.
O combate a corrupção começa do topo.
o mero ato de exoneração de funções e emissão de novas notas, não pode ser a solução para o problema.
Reflexão
29 de Novembro de 2019 at 23:37
Estas novas notas só têm de importante a redução dos zeros. Dos restos foi um negócio em o maior aldrabão de todos governos, aproveitou para desenvolver o seu capital financeiro. Desviou quase todas notas de 200 dobras para abrir o seu câmbio em Lisboa e quem sabe noutras paragens com fluxo de viajantes para STP. Todos que apoiam o regresso deste gatuno ao país para voltar a governar não tem a mínima ideia de quanto o senhor Deus nos livrou deste malandro ditador. Organizem o vosso ADI mas esqueçam deste criminoso.