Política

África ultrapassa 200 mil infectados por pandemia e Guiné-Bissau pede drones

Alta comissária da Guiné-Bissau para a Covid-19, Magda Robalo, diz à ONU News que nação precisa de aparelhos aéreos para distribuir testes pelo interior; doença chegou ao continente em meados de fevereiro; mais de 70% das mortes ocorrem em cinco países: Argélia, Egito, África do Sul e Sudão.

Mais da metade dos países africanos está enfrentando uma transmissão comunitária da Covid-19. A pandemia, que chegou à África, em meados de fevereiro, já matou mais de 5,6 mil pessoas. Nesta quinta-feira, o continente atingiu a marca de 200 mil casos.

Guiné-Bissau

O Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde, OMS, na África informou que 10 dos 54 países concentram 80% das novas infecções.
E mais de 70% dos óbitos pela Covid-19 estão ocorrendo em cinco nações: África do Sul, Argélia, Egito, Nigéria e Sudão.

Dentre os países africanos de língua portuguesa, a Guiné-Bissau é uma das mais afetadas. A ONU News ouviu a médica e alta comissária do país para a Covid-19, Magda Robalo, que pediu apoio para obter drones que levem os testes ao interior da Guiné-Bissau.

“Um país como a Guiné-Bissau precisa de maior solidariedade internacional agora e já. Precisamos de apoio com material e equipamento. Precisamos da ajuda de peritos competentes, mas também precisamos de apoio para as operações. Se não, é como ter vacinas e não poder chegar às crianças e vê-las morrer de doenças evitáveis pela vacinação. Nós precisamos de drones para levar os testes a outros pontos do país.”

África do Sul

Já a diretora regional da OMS no continente, Matshidiso Moeti lembrou que a propagação da doença está aumentando. E pede aos países africanos para investir em ações constantes de vigilância e tomar passos, rapidamente, para conter o surto e evitar que as instalações de saúde fiquem ainda mais sobrecarregadas.

A África do Sul reúne um quarto de todos os casos do continente e é o país mais afetado pela pandemia. As províncias de Cabo Ocidental e Cabo Oriental têm o maior número diário de mortes.

A chefe regional da agência contou que muitas nações adotaram as medidas corretas de lavagem de mãos, distanciamento social, testagem e rastreamento.

Tanto na África como em outras partes do mundo, as autoridades de saúde precisam assegurar o pleno funcionamento dos serviços básicos do setor.

Fronteiras e vacina

E com o apoio da OMS, vários países aumentaram a capacidade da força de trabalho e a testagem de passageiros em fronteiras e aeroportos.
Moeti explicou que a ordem de manter a população em casa e de fechar o comércio ajudou a conter a doença, mas também teve consequências sobre comunidades marginalizadas com pesados custos socioeconômicos.

O relaxamento de restrições, segundo a OMS, deve ser combinado com o aumento da capacidade de se realizar testes e outros mecanismos de proteção e prevenção.

A especialista afirmou que esses passos precisam de ser monitorados e atualizados com base nos dados e tendências da pandemia até que uma vacina ou tratamento esteja disponível a todos.

Tanto na África como em outras partes do mundo, as autoridades de saúde precisam assegurar o pleno funcionamento dos serviços básicos do setor.

Parceria Téla Nón / Rádio ONU

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