Política

China equipa FASTP com sistemas de transmissões e de comunicação de ponta

As Forças Armadas de São Tomé e Príncipe(FASTP) receberam na última semana um conjunto de equipamentos de transmissões e de comunicação de última geração. Duas viaturas também compõem o leque de equipamentos ofertados pela República Popular da China.

Potência económica e militar em ascensão no panorama mundial, China é considerada pelo governo como parceira importante no domínio da defesa.

«China está a dar um sinal claro no investimento nas forças armadas. A defesa da nossa integridade territorial é fundamental», afirmou o Primeiro Ministro Jorge Bom Jesus, que ocupa também o pelouro da defesa e ordem interna.

Na cerimónia de entrega dos equipamentos de transmissões e de comunicação militar, que decorreu no quartel do moro, principal base do exército são-tomense, o primeiro ministro acrescentou que o acordo de cooperação militar com a China envolve também a formação dos sargentos e oficiais das forças armadas.

Desde o ano 2019, que alguns oficiais das forças armadas são-tomenses começaram a frequentar cursos de formação nas academias militares da China.

O governo anunciou que pretende avançar para a profissionalização das forças armadas, e conta com o apoio da China, para conseguir este e outros objectivos no quadro da política de reforma em curso.

«A China vai nos apoiar na formação. Precisamos profissionalizar as nossas forças armadas. A reforma tem que nos conduzir a maior especialização nesta área das forças armadas. Precisamos desse investimento nas pessoas e nos homens», precisou Jorge Bom Jesus.

A embaixadora da China em São Tomé e Príncipe interveio na cerimónia de entrega dos equipamentos. Xu Yingzhen explicou que quadros técnicos do exército de libertação da República Popular da China, vão « capacitar o pessoal são-tomense, e ajudar na instalação e no bom uso desses equipamentos», pontuou a embaixadora da China.

Xu Yingzhenn manifestou confiante de que os equipamentos de ponta entregues às forças armadas vão «elevar a capacidade e as condições das forças armadas de São Tomé e Príncipe», frisou.

Note-se que após a retoma das relações bilaterais entre São Tomé e Príncipe e a República Popular da China no ano 2016, os dois países só assinaram acordo de cooperação militar em Dezembro do ano 2018.

Foi logo após a tomada de posse do actual governo liderado por Jorge Bom Jesus. Na altura, Wang Wei então embaixador da China atendeu a um grito de socorro lançado pelo então ministro da defesa e ordem interna Óscar Sousa, numa das sessões plenárias da Assembleia Nacional.

O ministro da defesa tinha denunciado uma crise geral nos quartéis, com destaque para a falta de materiais e equipamentos de aquartelamento.

O acordo de cooperação militar assinado 24 horas depois da denúncia feita pelo então ministro da defesa tem duração de 5 anos. Os equipamentos de transmissões e de comunicação recebidos pelas forças armadas na última semana de Novembro de 2021 são suportados pelo acordo de cooperação militar assinado em dezembro de 2018.

O primeiro ministro Jorge Bom Jesus fechou a sua intervenção no quartel do moro, com a explicação ao público, de que dentre as diversas missões que são reservadas às forças armadas, nomeadamente a de garantir a segurança do território marítimo nacional em pleno golfo da Guiné, «nada disso se faz sem um bom sistema de comunicação», concluiu.

Abel Veiga

2 Comments

2 Comments

  1. Dá para rir

    29 de Novembro de 2021 at 11:58

    Vão lhes dando materiais e formação. Depois ficam aquele quartel sem nada para fazer engordando e a viver a custa do estado. O shr primeiro ministro vai pedindo que assim é que se trabalha, ou seja, é a única forma de governar que sabem.

  2. Panela Suja

    1 de Dezembro de 2021 at 16:56

    O Comandante da Polícia Regional do Príncipe é uma vergonha total. Fico triste ver atuação desse Jovem que pra mim deixa muito a desejar. Pedem reforço de polícia e não fazem absolutamente nada. Só tem a ver com dinheiro e só dinheiro. Sr. Comandante Geral manda outro. Esse é o pior dos piores que alí passou. Ninguém fica satisfeito com a justiça que faz.-

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