Política

Fim de carreira para o brigadeiro Pachire, seus ex-recrutas assumem o comando das FASTP

Oficial superior das forças armadas, Idalécio Pachire, foi escolhido depois do golpe de Estado do ano 2003, para liderar liderou o exército e a guarda costeira de São Tomé e Príncipe. Missão cumprida até o ano 2010.

A institucionalização dos dois ramos das Forças Armadas(Exército e Guarda Costeira), entre os anos 2010 e 2012, e a criação da patente de brigadeiro para o chefe de Estado Maior das Forças Armadas, abriu uma nova era na instituição militar.

Em Maio de 2019, após ter exercido outras funções, nomeadamente de Chefe da Casa Militar do ex-Presidente da República, Manuel Pinto da Costa, o então coronel Idalécio Pachire, foi promovido a patente de Brigadeiro e de seguida investido nas funções de Chefe de Estado Maior das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe.

Após 3 anos, o conselho superior de defesa nacional, reuniu-se e chegou a conclusão que está mesmo no fim a carreira militar do brigadeiro Idalécio Pachire.

Brigadeiro Chefe de Estado Maior Idalécio Pachire 1º na fila. Vice -Chefe de Estado Maior Olinto Paquete 2º na fila

«É preciso dizer quer o actual chefe de estado-maior atinge este ano, o limite de idade de passagem à reserva. E a lei é muito clara. A função de comando não se compadece com a reforma, ou seja, atingindo o limite de idade para passar a reforma, o oficial de comando tem de obrigatoriamente passar a situação de reforma», declarou o coronel Alfredo Marçal, porta voz do Conselho Superior de Defesa Nacional.

Para além de já ter idade para passar a situação de reforma, o brigadeiro Pachire está no fim do seu mandato como Chefe de Estado Maior das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe.

«O actual chefe de Estado das Forças Armadas atingiu o tempo limite do seu mandato, que é de 3 anos. Impõe-se por isso a nomeação do novo Chefe de Estado Maior das Forças Armadas», explicou o coronel Alfredo Marçal.

Na reunião do conselho superior de defesa, realizada na passada sexta feira, 10 de junho, foi aprovada a proposta do governo para nomeação do novo Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, assim como do vice-Chefe de Estado Maior.

O porta voz da reunião, disse a imprensa que caberá ao governo anunciar para o país, o nome do novo Chefe de Estado Maior e do seu vice. O coronel Alfredo Marçal, garantiu que os nomes serão conhecidos nesta semana.

Mas, informação posta a circular pela imprensa, indica que o Governo propôs o nome do coronel Olinto Paquete, actual vice-Chefe de Estado Maior, para substituir o brigadeiro Idalécio Pachire no cargo de Chefe de Estado Maior. Proposta que foi aprovada no conselho superior de defesa nacional.

Academia militar dos Estados Unidos de América foi o mais recente centro de formação militar frequentado pelo coronel Olinto Paquete, que nesta semana deverá ser investido como novo Chefe de Estado Maior das Forças Armadas.

Coronel Olinto Paquete 1º na fila

Com 58 anos de idade, o coronel Olinto Paquete, terá sido recrutado para as fileiras das FASTP no ano 1983. O mesmo ano em que o futuro vice-Chefe de Estado Maior também entrou na tropa. Armindo Rodrigues, capitão de mar e guerra da guarda costeira de São Tomé e Príncipe, é segundo a imprensa, o nome proposto pelo governo e aprovado pelo conselho superior de defesa nacional, para ser vice-Chefe de Estado Maior. Armindo Rodrigues foi assessor de defesa dos ex-Primeiro Ministros Rafael Branco e Patrice Trovoada. Nos últimos anos, exerceu a função de chefe da casa militar do ex-Presidente Evaristo Carvalho. Continua a exercer a mesma função ao serviço do actual Presidente Carlos Vila Nova.

Também o capitão de mar e guerra Armindo Rodrigues que antes pertencia ao exército são-tomense, foi recentemente formado e especializado na marinha de guerra, pela academia militar dos Estados Unidos de América.

Capitão de Mar e Guerra – Armindo Rodrigues

Nova geração de oficiais vai assumir o comando das Forças Armadas. São militares na casa dos 50 anos, que dominam fluentemente a língua inglesa, e que foram formados nas academias norte americanas.

O Téla Nón sabe que ambos, Olinto Paquete e Armindo Rodrigues, foram em 1983 soldados recrutas do então subtenente Idalécio Pachire.

Abel Veiga

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