Política

Batata quente nas mãos do Presidente Vila Nova

Foi o Presidente Carlos Vila Nova que, após auscultar os partidos políticos marcou a data das eleições legislativas, autárquicas e regionais para o dia 25 de Setembro próximo.

No entanto quando faltam cerca de 90 dias para o povo ir as urnas, São Tomé e Príncipe ainda não tem em funções a sua Comissão Eleitoral Nacional. A nova equipa do órgão que organiza e realiza as eleições ainda não tomou posse.

O Presidente da República e Chefe de Estado, que marcou a data das eleições, ainda não se pronunciou publicamente sobre a situação, o que leva o povo a crer, que tudo está dentro do prazo e a decorrer na perfeita normalidade.

No entanto, o partido ADI, maior força política na oposição, considera que a situação não é normal.
Tanto é que depois de escrever uma carta, em Maio último pedindo ao Presidente da República que exercesse a sua magistratura de influência para dinamizar e legalizar o processo eleitoral, o partido decidiu encontrar-se pessoalmente com Carlos Vila Nova, na segunda feira 13 de Junho, para pressionar o Chefe de Estado a agir.

Encontro entre a direcção da ADI e o Presidente da República no Palãcio do Povo

«Estamos preocupados com o atraso que se verifica na tomada de posse da nova equipa da CEN(Comissão Eleitoral Nacional)», declarou Américo Ramos, o secretário geral do partido ADI.

Para além de a CEN não estar um funções, a ADI renovou a preocupação com o facto de não se ter realizado até agora, o recenseamento de novos eleitores para as eleições de 25 de Setembro.

A actualização dos cadernos eleitorais é uma exigência legal, antes de cada acto eleitoral. O direito â participação política está escrito na constituição política do país.

Os jovens que completam 18 anos antes de 25 de Setembro, e outros cidadãos, não querem ficar de fora da oportunidade única de elegerem seus representantes tanto para a Assembleia Nacional, como para as Assembleias distritais e regionais. Os jovens do Príncipe, já exigiram que os órgãos de soberania do Estado protegessem os seus direitos políticos e cívicos.

Carlos Vila Nova que marcou as eleições para Setembro, é o garante da constituição, e também protector dos direitos políticos de cada cidadão.

Carlos Vila Nova, que marcou as eleições gerais sabia que milhares de cidadãos nacionais no país e na diáspora completam os 18 anos antes de 25 de Setembro do ano 2022.

Carlos Vila Nova sabia que esses milhares de cidadãos no país e principalmente os da diáspora desejam muito mandar nas urnas, pela primeira vez, nas eleições gerais de 2022.

«Estamos a aproximar os 3 meses antes das eleições, o recenseamento é algo importante, legal e obrigatório», declarou o secretário geral da ADI, após encontro com o Presidente da República.

ADI pressiona Presidente Carlos Vila Nova a exercer magistratura de influência para que se realize o recenseamento dos novos eleitores.

Uma forma de credibilizar a própria decisão de Carlos Vila Nova, que marcou a data das eleições, sem que o país tivesse uma Comissão Eleitoral Nacional em funções.

«Nós não podemos aceitar que mais de 7 à 8 mil jovens e outros cidadãos que também poderão mudar de residências, nomeadamente os cidadãos que regressaram da emigração, fiquem sem votar nestas próximas eleições», avisou o secretário geral da ADI, Américo Ramos.

ADI aguarda por acções e reacções do Presidente da República e Chefe de Estado no sentido de legalizar o processo eleitoral por ele desencadeado em Março passado, com a marcação da data das eleições.

Note-se que a Comissão Eleitoral Nacional de São Tomé e Príncipe contraiu dívidas na ordem de 400 mil euros para realizar as eleições presidenciais de Agosto do ano 2021, onde Carlos Vila Nova foi eleito Presidente da República. Dívidas que ainda não foram pagas.

Para realizar as eleições gerais marcadas para 25 de Setembro de 2022, a Comissão Eleitoral Nacional precisa de muito mais dinheiro, acima de 2 milhões de euros.

Abel Veiga

5 Comments

5 Comments

  1. Andorinha

    14 de Junho de 2022 at 14:52

    Em um país aserio a batata quente não deveria estar só na mão do Presidente, deveria estar sim na mão de todos Santomenses uma vez que si esta a cometer uma ilgalidade o governo deveria sim recenciar jovens que completaram 18 anos esta lei, a juventude da UPP do Príncipe estão a revendicar isto no dia 25 de Setembro vamos acabar com toda esta falcatruas.

  2. Fuba cu bixo

    14 de Junho de 2022 at 16:33

    Batata quente esta na mão do Presidente porque normalizou-se a corrupção e a ilegalidade em S.tomé, o governo de Jorge bom Jesus normalizou a ilegalidade e a corrupção.

  3. Ladrao

    15 de Junho de 2022 at 16:01

    Isso n é nada.
    Esse país é uma casa de ladroes e o pior está para vir.

  4. emigrante

    15 de Junho de 2022 at 16:59

    ADI está com fome de estar no poder, só sabem procurar fazer alguma quando estão no poder, com todos problemas que esse governo passou com varias situações de tempestades, varias doenças que assolaram todo mundo nunca ouvi o ADI dando a sua contribuição, só criticas, o outro membro do partido só vive em no País quando está no poder, que tipo de Santomense é esse?

  5. Cóbó d'Anca

    16 de Junho de 2022 at 13:35

    Patrice pegou munken rabo, agora candidata como deputado da diaspora vota lá. Em 2018 não havia jovens para recenciar? Como estavam no poder e pensavam que a maioria absoluta fradulenta estava garantida nem piaram no assunto.
    O Presidente da República que seja verdadeiro defensor da legalidade e não militante do ADI.
    A lei eleitoral é clara não confundem o povo!

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