MCI-PS ( Movimento de Cidadãos Independentes – Partido Socialista ), poderá se posicionar como a terceira força política de São Tomé e Príncipe, após as eleições legislativas de domingo.
Na campanha eleitoral o MCI-PS promoveu uma política de apoio e protecção aos “filhos da roça”. Uma temática que terá provocado deserção de alguns eleitores da ADI, para as fileiras do MCI-PS liderado por António Monteiro.
«Apercebemos que havia o risco, já que um dos partidos concorrentes vinha com uma temática nova que é essa de voto dos descendentes de cabo-verdianos e dos que vivem na roça. Apercebemo-nos que esta questão poderia perturbar um pouco os votos», denunciou.
E o Movimento perturbou mesmo os votos que tradicionalmente alimentavam as contas eleitorais da ADI.
«Esse partido teve alguns resultados pontuais no distrito de Mé-Zóchi, que acreditamos nos fez perder um mandato. Mas enfim, o que é importante é que tenhamos maioria absoluta, e que possamos em estabilidade assegurar a governabilidade do país», pontuou.
O Téla Nón apurou que na Roça Santa Margarida, no distrito de Mé-Zochi, o Movimento de Cidadãos Independentes foi o partido mais votado em todas as mesas de voto.
Um feito singular do MCI-PT, que quebrou a hegemonia da ADI naquela circunscrição eleitoral de Mé-zochi. Pois segundo relatos antes de 25 de Setembro de 2022, a ADI de Patrice Trovoada e os seus respectivos candidatos às eleições legislativas, ou presidenciais, foram sempre os mais votados pelo eleitorado de Santa Margarida e arredores.
Abel Veiga