Política

STP salta de menos desenvolvido para rendimento médio em Dezembro de 2024

Eric Overvest(na foto), coordenador do sistema das Nações Unidas no arquipélago são-tomense confirmou para o Téla Nón, que o país vai entrar num período de transição.

Na 5ª conferência das Nações Unidas sobre os países menos desenvolvidos, que decorre em Doha-Qatar, São Tomé e Príncipe foi indicado como um dos países que, a partir de Dezembro do ano 2024, entra na fase de graduação para rendimento médio.

«São Tomé e Príncipe, sairá do grupo dos países menos desenvolvidos em Dezembro de 2024», afirmou Eric Overvest.

A decisão foi tomada pela Assembleia Geral das Nações Unidas e foi aprovada com base nos indicadores de desenvolvimento do país. «Sobretudo o PIB(Produto Interno Bruto) por habitante, e os indicadores económicos e sociais», acrescentou o coordenador do sistema das Nações Unidas.

Na entrevista concedida ao Téla Nón no centro de conferências de DOHA, o coordenador do sistema das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe, garantiu que nos últimos 10 anos, o Produto Interno Bruto de São Tomé e Príncipe cresceu consideravelmente.

«O produto interno bruto duplicou nos últimos 10 anos, e o país está no grupo dos países de renda média», revelou Eric Overvest.

Os indicadores analisados pela Assembleia Geral das Nações indicam que São Tomé e Príncipe regista um PIB por habitante de 2300 dólares, quando o tecto máximo de referência internacional é de 1200 dólares.

A esperança de vida dos são-tomenses aumentou, progressos foram alcançados no sector da educação, em que o acesso ao ensino secundário, atinge quase 100% das crianças. Indicadores que determinam a graduação do arquipélago para o nível de rendimento médio.

Eric Overvest,aproveitou para explicar que a graduação e em fase transitória de  São Tomé e Príncipe, como país de rendimento médio, não significa o corte da ajuda internacional ao desenvolvimento do arquipélago.

«Não quer dizer que a partir de 2024 a ajuda pública ao desenvolvimento vai ser cortada.  É um processo de transição que vai demorar 5 anos», frisou.

O que vai ser cortado é o donativo financeiro. O país terá que potencializar a sua economia, e se tornar mais independente dos doadores. « O país terá mais acesso a créditos financeiros do que os donativos financeiros», confirmou.

O coordenador das Nações Unidas para São Tomé e Príncipe, comentou também o discurso do Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, que desafiou o G-20 a cumprir com a promessa de financiar o desenvolvimento dos países menos desenvolvidos com cerca de 100 mil milhões de dólares, até 2030.

«Esta cimeira é uma oportunidade para dar maior visibilidade a São Tomé e Príncipe no fórum dos investidores, nos temas de importância que estão a ser desenvolvidos pela sociedade civil, e todos os parceiros de desenvolvimento que estão presentes nesta cimeira», pontuou.

Na fase transitória para a categoria de país de rendimento médio, São Tomé e Príncipe, é aconselhado a promover acordos comerciais, para ter acesso aos mercados internacionais, e beneficiar das vantagens como membro da Organização Internacional do Comércio.

Abel Veiga – Téla Nón em DOHA/ Qatar

4 Comments

4 Comments

  1. Matabala

    5 de Março de 2023 at 18:58

    Um Estado que não consegue fornecer energia mais que 10h/por dia todos os dias não merece ser chamado sequer de país. Essa manobra serve para tirar São Tomé da lista dos mendigos para não receberem mais cumbu das instituições internacionais…o que até tem lógica: mandar dinheiro para desenvolver aqui é só para encher barriga destes politico…assim torneira fecha. Vão catar coquinho…isso e a saida massiva de jovem do país vai deixar essas elites com país só para eles e seus herdeiros. ..

  2. Sem assunto

    5 de Março de 2023 at 19:01

    [A decisão foi tomada pela Assembleia Geral das Nações Unidas e foi aprovada com base nos indicadores de desenvolvimento do país]. «Sobretudo o PIB(Produto Interno Bruto) por habitante, e os indicadores económicos e sociais», acrescentou.
    A questão que se coloca é, de qual PIB estamos a falar?
    Terá São Tome e Príncipe um PIB seu?
    Tocou se na educação na qual a sua cobertura é de quase 100%, ora bem, em termos de numeros aceita-se porém no que diz respeito a qualidade é de 0%.
    O nosso país não tem nenhum indicador que nos encoraja a aceitar esta nova designação. É falso, enganoso, aldrabado, pois somos um país sim de rendimento baixíssimo, e nunca mediano.

  3. luisó

    5 de Março de 2023 at 20:19

    Anda tudo bêbado……

  4. Renato Cardoso

    7 de Março de 2023 at 6:53

    Difícil embarcar-se nesta narrativa de país ou ilhas de desenvolvimento médio porque a realidade a desmente totalmente.
    O nível de pobreza aliado à preguiça crónica e mesmo os indicadores referidos ;nomeadamente a educação,saúde básica e os rendimentos das pessoas entre outros são de péssima qualidade.
    Preferem vender ilusões e criar falsas expectativas e só os compram os ingénuos!
    Trabalhar e construir melhores condições e alternativas para as tirar do fosso em que estão não lhes interessam.

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