Sociedade

Protecção Social e o Banco Mundial negoceiam a expansão da ajuda contra a pobreza

Na última semana a Direcção da Protecção Social reuniu-se com uma missão do Banco Mundial, para negociar a expansão da ajuda às populações mais vulneráveis.

Segundo Núria Ceita, directora da protecção social há a percepção de que está a aumentar o número de famílias são-tomenses, que está a tombar na pobreza.

Uma percepção sustentada com os dados do cadastro social único criado no ano 2019. Trata-se de uma base de dados de registo voluntário das pessoas em situação de pobreza.

O registo de 2019 indica que 7581 agregados familiares foram registados como estando em situação de extrema pobreza. A contagem dos membros dos 7581 agregados, corresponde a 29.649 pessoas.

O cadastro social único, explica que as mulheres são a maioria dos chefes das famílias que estão na pobreza extrema. 73% dos agregados familiares são comandados por mulheres, ou seja, 5539. Os homens são chefes de família de apenas 2042 agregados em extrema pobreza, correspondendo a 27%.

Os distritos de Mé-Zochi e de Água Grande, que albergam cerca de 80% da população do país, são focos de maior registo de pobreza extrema.

O Téla Nón coloca a disposição do leitor os resultados obtidos do cadastro social único. Uma oportunidade para analisar os dados em pormenor. –

Para a direcção da protecção social as mais de 29 mil pessoas registadas, representam apenas uma ponta do iceberg da pobreza em São Tomé e Príncipe.

«Exactamente, os dados só refletem a pobreza extrema. Mas a intenção é atingir todas as pessoas que estão em vulnerabilidade», declarou Núria ceita.

O registo voluntário de pessoas e famílias no cadastro social único permite ao Estado são-tomense elaborar políticas sociais de combate a pobreza. Segundo a Direcção da Protecção Social a comunidade internacional é o principal financiador das acções de apoio e de luta contra a pobreza no país.

«Contamos com o Banco Mundial, e a UNICEF, que nos ajudam no apoio a essas famílias», frisou a directora da protecção social.

Educação Parental é um dos programas financiado pelo Banco Mundial, e que segundo a direcção da protecção social tem ajudado as famílias a libertarem-se do fardo da pobreza. O mesmo acontece com o programa de Apoio às Famílias Vulneráveis.

«Na vila de Pantufo que é uma comunidade piscatória, muitas das nossas beneficiárias aplicam o valor que recebem em ajuda no comércio do peixe. Por exemplo temos uma beneficiária que se transformou em empresária e fornece peixe a vários restaurantes cá da capital, aplicou a ajuda financeira para desenvolver o seu negócio», detalhou Núria Ceita.

O cadastro social único deve ser actualizado todos os anos. A base de dados doi criada com o apoio da Organização Internacional do Trabalho.

 Abel Veiga

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