A cooperação militar entre São Tomé e Príncipe e Portugal evoluiu para um novo patamar. Trata-se de missões de operações navais.
Nuno Chaves Ferreira, vice-Almirante da Marinha de Portugal, de visita ao país anunciou a chegada a São Tomé do navio Centauro, da Marinha portuguesa, para substituir o NRP Zaire. Uma substituição que representa a nova fase de cooperação militar os dois países.
«Nesta fase teremos uma embarcação de alta velocidade, a operar no Príncipe e o Centauro aqui, juntamente com drones. Isso permite-nos garantir melhor segurança do golfo da Guiné», afirmou o vice -almirante da armada portuguesa.
A cooperação militar com Portugal tem um novo conceito. «Missão mais de operações navais. Passaremos a ter duas embarcações», frisou.
A lancha rápida que pode percorrer a distância de 150 quilómetros que separa as duas ilhas em 1 hora e 30 minutos, está a ser ultimada em Portugal, para depois ser projectada para a ilha do Príncipe.
Com capacidade para transportar 11 militares, sendo 7 portugueses e 4 são-tomenses, a lancha de operações navais que vai operar em permanência na ilha do Príncipe, pretende dissuadir a pirataria marítima na região mais ameaçada do país.
«O facto de estarmos em permanência permite-nos alargar a área que vigiamos, não só pela capacidade acrescida que os drones trazem, mas também temos um maior acompanhamento de toda a navegação e trafico que circula na região», explicou o vice almirante Nuno Nuno Chaves Ferreira.
A nova fase de cooperação militar entre os dois países prioriza o uso de drones como meio de fiscalização marítima, e as lanchas rápidas para operações de intercepção de embarcações suspeitas de prática de crimes no mar.
«No fundo o drone detecta um possível contacto de interesse, a embarcação de alta velocidade é rapidamente projectada para essa área, e depois será acompanhada do NPR Centauro com maior capacidade de fogo», pontuou.
Após 5 anos de operações de fiscalização da Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe, o navio NRP Zaire dá lugar a embarcações de alta velocidade, capazes de projetar forças navais em operações de controlo e de neutralização das ameaças.
Abel Veiga
Toni
11 de Maio de 2023 at 19:01
Pois é… mais uma vez a segurança territorial terá que ser feita por estrangeiros, como tudo o que é preciso fazer em Stp.
Continuo a questionar o porquê da independência e não a autonomia??!! De facto depois de quase 50 anos Stp continua dependente e sem qualquer capacidade para resolver os inúmeros e graves problemas sociais do chamado País!!!
Fui