Política

 CST, BISTP e o Hotel Miramar pagam a dívida com Angola? “O estado não concedeu”, diz PT

Informação divulgada pela imprensa angolana dá conta que São Tomé e Príncipe e Angola vão assinar um acordo para restruturação da dívida externa de mais de 300 milhões de dólares do arquipélago para com Luanda.

Segundo o artigo do semanário angolano NOVO, como contrapartida pela dívida, São Tomé e Príncipe colocou em cima da mesa das negociações, três activos, nomeadamente a Companhia de Telecomunicações(CST) em que o Estado detém 49% das acções, o Banco Internacional de São Tomé e Príncipe, e o Hotel Miramar.

«O Estado não concedeu. As pessoas colocam o assunto de uma forma, que deixa pairar a ideia de que generosamente demos empresas ao Governo angolano. Quem tem sido generoso connosco é Angola», assim reagiu o primeiro-ministro Patrice Trovoada.

Confrontado com a questão colocada por um jornalista no aeroporto internacional quando deixava o país na última sexta-feira, o chefe do governo, confirmou que os dois países estão a negociar as modalidades com vista a resolução da dívida.

«É um mecanismo que faz parte da nova parceria estratégica com Angola. Uma parceria para permitir que as duas economias possam crescer. Há um mecanismo que vai ser traduzido em acordo, em instrumento jurídico para que possamos começar a pagar a dívida que temos com  Angola, que não é pouca», reforçou Patrice Trovoada.

O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe recordou o valor da dívida externa para com Angola. «Só com combustível estamos acima de 270 milhões de dólares, e a dívida histórica mais de 70 milhões de dólares, estamos a falar de mais de 300 milhões de dólares», explicou.

Segundo Patrice Trovoada, São Tomé e Príncipe está determinado em pagar a dívida e de forma sustentável.

«Por um lado, uma Angola generosa, e por outro lado, um São Tomé e Príncipe responsável que quer realmente respeitar as obrigações que tem com Angola, e fazer que esta dívida seja paga, e num quadro sustentável», precisou.

No entanto a notícia do jornal angolano diz que para além da entrada no capital social do BISTP, e da CST, e de assumir o controlo a 100% do Hotel Miramar, São Tomé e Príncipe deverá identificar outros activos que serão cedidos à Angola para ajudar no pagamento da dívida de mais de 300 milhões de dólares

. Abel Veiga

6 Comments

6 Comments

  1. Vanplega

    5 de Junho de 2023 at 4:36

    Angola, generosa com Sao Tome e Principe. Enquanto POLITICOS SANTOMENSES, CORRUPTOS E MENTIROSOS.

    Povo de Sao Tome e Principe, ñ foi a Bomba de combustivel, receber de borla. Pagou por cada litro de combustivel.

    SE Ñ PAGARAM AO FORMECEDOR( ANGOLA) AONDE PARA O DINHEIRO COBRADO COM A VENDA DESSES COMBUSTIVEL?

    AONDE ANDA O DINHEIRO DEESAS VENDAS?

    Vai Sao Tome e Principe, perder a sua soberania!

    Politicos màfavel

  2. Cobra branca

    5 de Junho de 2023 at 9:17

    Coitado STP

  3. IVA

    5 de Junho de 2023 at 12:28

    Para o governo manter a coerência não deve devolver a ROSEMA aos Monteiros.

    Força PT, corta tudo. Tomastes a alguns, subsídios aos outros e para quem não tem nada para cortar injeta uma dose de IVA

  4. CARMEN ARAUJO TROVOADA

    6 de Junho de 2023 at 8:13

    Para que STP tome rumo, para que STP possa progredir, para STP viva livre e em paz,temos que reunir as nossas forças, sermos solidàrios e determinados a pôr um termo definitivo a presença do DITADOR Patrice na nossa politica nacional, temos que depositar (uma vez mais)uma QUEIXA-CRIME contra o PT, para julgar este individuo que cometeu vàrios crimes indo de assassinato de cidadaos, aos desvios de bens do Estado, a negocios ilicitos etc. Nada deve ser perdoado a este jagunço, ele deve ser condenado severamente (como jà tenho lido algures).

  5. Wilson Bonaparte

    6 de Junho de 2023 at 16:43

    São Tomé e Príncipe, mostrando mais uma vez sua incrível habilidade em lidar com suas dívidas. Parece que eles encontraram uma solução brilhante: entregar algumas de suas empresas e ativos para Angola em troca do perdão de parte da dívida. Que estratégia genial! Quem precisa de uma economia estável quando você pode simplesmente dar suas empresas de bandeja para outro país?

    O primeiro-ministro Patrice Trovoada está tão orgulhoso de sua generosidade ao entregar a Companhia de Telecomunicações, o Banco Internacional e o Hotel Miramar para o governo angolano. Que homem magnânimo! Claro, não há problema em perder o controle de setores estratégicos de sua própria economia, afinal, quem precisa de empresas lucrativas, não é mesmo?

    É realmente reconfortante ouvir que Angola tem sido tão generosa com São Tomé e Príncipe. Afinal, eles já têm uma dívida histórica de mais de 70 milhões de dólares e ainda precisam pagar mais de 300 milhões de dólares. Mas não se preocupe, eles estão determinados a pagar essa dívida de forma sustentável. Tenho certeza de que entregar mais ativos e empresas para Angola é o caminho certo para alcançar essa sustentabilidade.

    Enquanto isso, São Tomé e Príncipe pode continuar sua jornada brilhante de lidar com suas obrigações financeiras entregando tudo o que tem. Quem precisa de independência econômica quando você pode simplesmente se tornar uma extensão de outro país? Os governantes de São Tomé e Príncipe realmente são uns gênios nesse jogo de dívidas e concessões.

    Aplausos para eles por mais uma decisão estratégica brilhante. Certamente, o povo de São Tomé e Príncipe está se sentindo muito confiante sobre o futuro de sua economia. É uma maravilha ver como os governantes podem ser tão perspicazes na gestão das finanças do país. Quem precisa de desenvolvimento quando você pode simplesmente se livrar de seus ativos e empresas valiosos?

  6. Célio Afonso

    7 de Junho de 2023 at 20:43

    Desta forma o fanátismo político e a ignorância vai servir de lição para muitos Saotomenses.
    Patrice Trovoada não é Saotomense e não ama STP.
    Ele vai destruir aquela terrinha por completo e depois vai-se embora. Ja repararm que a esposa dele e os filhos não vivem em STP? Por que razão? Alguém pode me explicar?
    Estamos tramados, caros conterrâneos!

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