Política

José Fret foi secretário geral da União Geral dos Estudantes da África Negra

«Deu uma contribuição ímpar para a independência nacional, e dos países africanos sob dominação colonial», testemunho de Manuel Pinto da Costa, ex-Presidente da República.

Durante os anos 60 do século XX José Fret Lau Chong ocupou o cargo de secretário-geral da União Geral do Estudantes da África Negra. Uma organização juvenil que coordenava os movimentos estudantis de combate contra o colonialismo em África.

Através da União geral dos Estudantes da África Negra, José Fret Lau Chong coordenou as acções políticas do ex-Presidente de Angola José Eduardo dos Santos, que era responsável pela seccção da União Geral dos Estudantes da África Negra na Rússia. Outros jovens daquela altura que acabaram por ser Presidentes nos seus países, casos de Joaquim Chissano de Moçambique e Manuel Pinto da Costa de São Tomé e Príncipe, tinham José Fret Lau Chong como o líder do movimento estudantil pan-africano.

Joaquim Chissano respondia pela célula da União Geral na ex-República da Checoslováquia e Manuel Pinto da Costa na ex-República Democrática Alemã.

José Fret, Leonel d´Alva, Pinto da Costa e Miguel Trovoada

O Téla Nón apurou que em 1972 quando o Comité de Libertação de São Tomé e Príncipe(CLSTP), se transformou em MLSTP(Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe), em Malabo- Guiné Equatorial, José Fret Lau Chong foi o primeiro membro fundador que decidiu abandonar a vida que tinha em Rabat – Marrocos, para se fixar em Malabo e dedicar-se exclusivamente a causa do movimento de libertação de São Tomé e Príncipe.

Foi o membro do MLSTP que participou num dos mais difíceis momentos da luta dos povos africanos pela independência. Trata-se do momento do assassinato de Amílcar Cabral, o ex-líder do PAIGC em 1973.

 «Durante 15 dias eu e o José Fret estivemos na Guiné Conacrí, a dar apoio ao PAIGC, por causa da morte por assassinato de Amilcar Cabral», revelou Manuel Pinto da Costa.

O nacionalista que foi sepultado esta quinta – feira no cemitério do Alto São João, em São Tomé deixou o MLSTP e participou junto com Miguel Trovoada na criação do partido ADI no início da década de 90 do século XX. Foi membro da direcção da ADI e deputado a Assembleia Nacional.

Abel Veiga  

3 Comments

3 Comments

  1. Sem assunto

    12 de Janeiro de 2024 at 5:07

    As últimas referências, o orgulho da nação é quiçá África estão partindo.
    Nós por cá estamos a ser substituídos por uma cúpula de analfabetos, burros, arrogantes que não sentem a nação nem amor ao continente. Passam a vida a viajar pelo mundo fora, roubam, delapidam, fazem razia nos cofres do Estado para estabelecerem se à francesa na Europa colonialista.
    A juventude é medrosa, vaidosa e gananciosa. Em troca de um prato de lentilhas e fantasias estão abandonado o país,que os viu nascer, em massa, como que se em conflito estivéssemos para submeterem se ao trabalho escravo, boa parte são lhes atribuídas tarefas pré historica, limpar escrementos de brancos, e outras porcarias. Tudo porque o desejo, a febre de abandonar o país está na moda.
    Paz a sua alma Camarada José Frete Lau Chong.
    No teu tempo de juventude lutavas por criação de uma nação melhor, hoje os teus conterrâneos andam pelo mundo feito refugiados e exilados. Shame!

  2. Mezedo

    12 de Janeiro de 2024 at 17:58

    A juventude tem toda razão de buscar alternativas a vida, e não importa o que vão lá fazer e como fazer.

    Que alternativas tem STP para juventude? O senhor poderosos que manda em todos e até mesmo no PR só sabe viajar e gastar um pouco que país cobra de impostos.

    Isentou a maior contribuidora dos impostos para não pagar impostos porque dela recebe 100 mil euros mensais, o PR que devia ter vergonha e obrigar que a lei fosse cumprida é um palhaço no circo, que mesmo vendo seu nome ser sujado num suposto contrato de bandidagem, não consegue por travão. Achas que juventude tem alternativa?

    A população grita as escondidas, quando papa passa todos escondem rabos como se tive a passar o Leão o Rey da selva. Então me diz o que esperar juventude desse país?

    Vê se na rede social gentes tão baixas apoiar um PM que nada mas nada tem feito a não ser viajar.

    Um líder africano que não consegue um acordo com FMI é porque não esta bem. E alguns dizem que é porque não aceita imposição do FMI. Eu pergunto Onde esta STP bom para desafiar FMI? O que ganha STP desafiando FMI? Consequência não existe OGE, não há financiamento, não há investimento, não há aumento salarial, custo de vida a subir em velocidade.

    Empresas públicas que supostamente vão ser privatizadas, algumas sem concurso e outras talvez com concurso o PM será socio das mesmas, e já pararam para pensar que quando não esta no poder não fica em STP, mas tem muito dinheiro em jogo para fazer campanha quando vem eleições, e sempre apresenta como solução mas nunca foi. Pergunto Sai de onde este dinheiro?

    Esta na hora do POVO de São Tomé e Príncipe que em 1975 lutou pela liberdade, voltar a assumir a bandeira da Liberdade e expulsar este indevido de STP.

    Só assim teremos dias de paz, de respeito e quem sabem de melhorias para STP.

  3. Sem assunto

    13 de Janeiro de 2024 at 5:12

    Nem mais caro/a Mezedo.
    O seu último parágrafo fala em expulsar o prevaricador. Está tarefa é séria e complexa e levanta uma questão: quem o fará, a não ser a juventude que tem uma vida pela frente, sonho, força e determinação, e que está excluída na agenda e nos planos dos nossos dirigentes?
    Conseguirão eles fazer isto estando na Europa lavando pratos, colhendo uvas, nas obras pesadas, limpando a sanita etc, 14 horas por dia, uns por vezes até nos finais de semana?
    A natureza de trabalho bem como a excessiva carga horária não os permitirá pensar em nada, nem mesmo neles próprios, a não ser em chegar aos finais de semana, outros em dias de folgas e envolverem em bebedeiras, festas, orgias e outras formas degradantes de vida.
    O futuro está em África, o futuro está em São Tomé.
    Juventude deve unir para mudar e transformar e não fugir da responsabilidade como têm feito.
    Foi a juventude no passado quem pôs termo a cinco séculos do domínio colonial, é a mesma faixa etária quem deve visionar um futuro melhor e forjar novo rumo, ao país.
    Isto só se faz estando no país! Revolução de fora para dentro nunca deu certo, a história nos ensina isto.

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top