Os professores e educadores de São Tomé e Príncipe e o governo ainda não chegaram a um entendimento em relação ao caderno reivindicativo apresentado pela classe docente.
O principal obstáculo reside no aumento do salário base exigido pelos professores e a aplicação de alguns subsídios complementares.
«Exigimos alguns subsídios, horas extraordinárias, e o aumento do salário de base que é primordial» – disse Vitoriano Soares, porta-voz intersindical.
A segunda ronda negocial envolveu a presença do ministro do planeamento e finanças. Não gerou consenso e foi suspensa.
«Não havendo um consenso em relação a alguns pontos do nosso caderno reivindicativo o encontro foi suspenso para uma data oportuna» – frisou Vitoriano.
Os professores de São Tomé e Príncipe exigem o aumento do salário base para 10 mil dobras, cerca de 400 euros.
«Tudo vai depender da DAF, a direção administrativa e financeira que ficou encarregue de fazer algumas simulações, algumas continhas, para ver se chegamos a um consenso que todos desejamos».
A próxima ronda negocial deverá acontecer dentro de quinze dias.
Caso não seja encontrada uma solução, a intersindical da classe docente ameaça avançar para outra forma de luta.
«Nós temos a última arma» – vincou Vitoriano Soares.
A reivindicação da classe docente tem lugar numa altura em que o país continua sem orçamento aprovado para 2024 e sem acordo com o Fundo Monetário Internacional.
José Bouças