A Assembleia Nacional aprovou na generalidade o Orçamento Geral do Estado para 2024. A bancada da oposição absteve-se e disse que dá benefício de dúvida ao governo.
35 votos a favor dos partidos que sustentam o governo, nomeadamente ADI e o MCI/PS/PUN, garantiram a aprovação. Os outros 20 deputados que formam a bancada da oposição abstiveram-se.
«Nós vamos abster dando benefício da dúvida ao governo», declarou Danilo Santos, o líder da bancada da oposição, antes da votação.
O Primeiro-ministro Patrice Trovoada agradeceu a bancada do MLSTP por «nos ter dado pelo menos o benefício da dúvida». O chefe do governo acrescentou que era uma grande responsabilidade para o executivo.
Avaliado em 178 milhões de euros, o Orçamento Geral do Estado de STP depende em 88% da ajuda financeira internacional para realizar o investimento público.
No entanto, há mais de 1 ano que o governo não consegue acordo com o FMI para facilidade de crédito dos parceiros internacionais.
Uma situação que preocupa todos os partidos políticos. José António líder da bancada parlamentar da ADI reiterou o apelo ao governo para continuar o diálogo com o FMI.
«Reiteramos aqui o nosso desejo para que o governo continue em diálogo para conclusão do acordo com o FMI».
Apelo reforçado pela bancada da oposição. «Infelizmente a não assinatura do programa com o FMI vai nos dificultar. Apelamos ao governo para que continue a envidar esforços para que rapidamente consigamos chegar ao entendimento com o FMI», frisou Danilo Santos.
O Primeiro-ministro Patrice Trovoada voltou a criticar o que considera ser a inflexibilidade do FMI em relação o caso de São Tomé e Príncipe. Deu o exemplo da Argentina e outros países que têm situação macroeconómica muito mais deteriorada do que São Tomé e Príncipe, e que beneficiam de apoio e compreensão do FMI.
« O FMI é o FMI. Nós somos nós. Aquilo que o FMI nos apresenta e que nos parece muito penoso para o nosso país, …dissemos não, e apresentamos alternativas», pontuou Patrice Trovoada.
Apesar de não ter acordo com o FMI para facilidade de crédito alargado o governo convenceu os deputados de que os sectores da agricultura, pescas, e de turismo vão provocar um crescimento económico de quase 3%(2,9%) em 2024.
O orçamento do Estado santomense pretende promover a retoma do crescimento económico.
Abel Veiga
Santo
9 de Fevereiro de 2024 at 8:44
Nesse orçamento não está contemplado as petições dos Sindicatos dos professores?
Renato Cardoso
9 de Fevereiro de 2024 at 9:19
Exercício inglório e envolto em incertezas como sempre porque não trabalhamos e continuamos pedintes até do papel higiénico;mas vai-se fingindo que tudo vai bem!
Desta vez ou como sempre o tipo mandou revistar e humilhar os deputados!
Haja paciência!
Gandu@STP
9 de Fevereiro de 2024 at 9:30
Bom dia STP!
“O FMI é o FMI. Nós somos nós. Aquilo que o FMI nos apresenta e que nos parece muito penoso para o nosso país, …dissemos não, e apresentamos alternativas”.
Isso sim, representa e defende o interesse do Pais. Esta a postura que deve ser assumida, essas instutuicoes NEO Coloniais apenas interveem e trabalham para manter AFRICA no perpetuo estado de dependencia.
Tal como o Colonialismo, o Neo Colonialismo tambem chegara a um fim!!!
Guilherme
9 de Fevereiro de 2024 at 14:18
Patrice Trovoada é mentiroso. Ele come carne de porco, não entende matemática, e o irrisório é ser um papagaio do ministro das finanças mesmo não entendendo a matéria, o know-how, como opera o FMI. É mulçumano só de nome, e não na prática.
Adelino Lucas V.N. dos Santos
9 de Fevereiro de 2024 at 16:59
Ok, muito bem. Sobre os projectos, investimentos, numeros e mais do OGE/2024, pouco tenho a dizer porque o país continua a não produzir. No entanto reapareco aqui neste espaço de comentários e de opinião do TelaNon para dizer que estou plenamente de acordo com o senhor primeiro ministro PT na sua analise em relação a posição do pais/governo para com o FMI. Assino por baixo. Alias ja em 2012 eu ja havia publicado um texto de opinião sobre a matéria, como que parafraseando por antecipação as palavras do primeiro ministro. Um bem haja.
Jose Rocha
10 de Fevereiro de 2024 at 11:27
infelizmente os nossos politicos é que nos colocaram nesta situação de descrédito total. Ao longo de décadas, a larga maioria das ajudas que recebemos da comunidade internacional foram parar nas contas de politicos sem escrúpulos. Entretanto, as vezes, por ironia do destino, esses políticos mais facilmente conseguem desviar os fundos disponibilizados pelas instituições financeiras para as suas contas privadas em conluio com funcionários dessas instituições financeiras internacionais .
Esperemos que o governo actual se mantenha firme e que consiga convencer o FMI que sem o seu apoio não conseguiremos dar o passo e que após ter acesso aos fundos não permita desvios e que, de facto, use todos os fundos que nos venham a ser disponibilizados em prol do desenvolvimento do nosso país.
aurelio
16 de Fevereiro de 2024 at 8:11
Este Governo teve a sorte do IVA salvar uma parte da despesa publica. Por conseguinte, não compreendo como pode um parlamento votar a favor das “viagens” fantoches do PatriOIl, um orçamento que prevê o pagamento de combustíveis a empresa FBI ou TESLA. Questiona-se, o que andam a fazer o partido da oposição?
MLSTP criticou as acções violentas do Governo e o seu desnorte e agora abstem e dá um voto de duvida? Deviam votar contra porque mesmo dando um voto de duvida o primeiro ministro prometeu perseguir os deputados da nação.
Ou é um acto de pacto com o demonio?
A oposição, do meu ponto de vista, não soube conduzir esse processo e não criou alarido quanto aos valores alocados para as viajens fantasmas do primeiro ministro que não são baratas para o cofre do estado.
Não souberam atentender as situaçoes de precariedade da população porque o Gabidulo anda com todo fechado no seu pajero com o AC ligado. como vai sentir o calor que o povo suporta?
Convém reverem a vossa pratica e serem mais unidos e conciso naquele que fazem.