Política

PCD “Reconhece que é preciso dignificar, em particular, a classe docente”

Comunicado

      Tal como a grande maioria dos  santomenses, o PCD lamenta a falta de capacidade  de  imaginação  por parte do Governo o que conduz a persistência da greve iniciada pelos professores e que paralisou todas as escolas do país,  afectando cerca de  80 mil alunos dos jardins-escola, de ensino primário e secundário ,  já que até agora  o Governo não avançou com qualquer contraproposta  relativamente ao principal ponto  de reivindicação dos agentes educativos , que consiste no aumento do salário de base de 2.500 para 10 mil dobras,   dentre 22 pontos constantes do  caderno reivindicativo dos mesmos.

Face  a presente situação, o Primeiro-ministro considera que o País não está em condições de atender a esta reivindicação, razão pela qual os quatro sindicatos dos professores, em representação destes,  permanecem firmes em  manter a greve na educação por tempo indeterminado, até o Governo apresentar soluções de melhorias financeiras para todos os docentes.

Os sindicatos revelam ainda  ser do seu interesse  chegar a uma decisão favorável no diálogo entre as partes envolvidas, dependendo do teor  das contrapropostas  a serem apresentadas  pelo executivo.

Ora, questionamos: quais poderão  ser as repercussões destas reivindicações ? Estarão, de facto ,  os professores a atentar contra o direito à educação?

Não obstante as dificeis condições porque passa actualmente,  em termos financeiros, o País, o PCD reconhece a prevalência de desigualdades e injustiças na aplicação da politica salarial no nosso sistema, apelando por isso  a  uma melhor criatividade da parte do Governo, tendente , por um lado, ao reconhecimento dos direitos  à greve por parte dos professores e, por outro,  ao direito à educação  no que toca aos alunos,constantes  todos da Constituição da Republica, assumindo-se tal conjuntura  como garantia  de pôr fim a esta greve , em defesa das escolas pública  e de melhores condições de trabalho dos docentes,  e, daí, a uma apredizagem mais profícua da parte dos alunos.

 

Diga-se , em abono da verdade , que se estabelece no presente caso, entre o direito à greve e o direito à educação, (ambos constitucionais), uma relação de proximidade, mais simultaneamente de conflito,a merecer uma posição de  equilibrio, o que não se compadece com mordazes e superficiais apreciações  de quem de direito.

Apesar  de se reconhecer que a greve dos professores,  de forma assais  prolonga, detém   efeitos nocivos para os alunos, não é por isso que ela se torna “ilegítima”, razão pela qual é prudente que o Governo  seja mais criativo no sentido de atender  satisfatóriamente  as reivindicações  consideradas mais relevantes, como forma de mitigar  as consequências daí decorrentes para  os alunos  e para os pais.

Neste aspecto, o PCD  reconhece que é preciso dignificar, em particular, a classe docente,  para o que se torna de todo  imprescindível que os professores sejam motivados com um salário digno, tendo em vista o cumprimento, com responsabilidade e competência, os seus  específicos deveres de educadores. cumprirem os seus deveres  de  educadores com responsabilidades e competência .

Reconhecendo embora a existência do  subsídio de transportes, de horas extras e alguns outros subsídios que são pagos como complemento salarial é, no entanto, de salientar que os mesmos nem sempre  são liquidados em simultâneo  com os salarios,  podendo registar  vários atrasos  e situações de completa  desarmonia, fazendo com que  os professores  não se sintam  motivados a trabalhar com zelo e dedicação  e  adignificar a classe,  de modo a garantir uma educação de qualidade  às nossas crianças

Daí que ,  uma vez  mais , o PCD apele  a um  maior diálogo  entre as partes, na perspectiva de uma   solução satisfatória  suscetível  de pôr cobro a persistência da greve ora em curso .

FINALMENTE , O PCD CONGRATULA-SE    COM A RETOMA DOS TRABALHOS PELOS TRABALHADORES  DA AGRIPALMA, O QUE PERSPECTIVA UM SALUTAR   DESFECHO DA GREVE POR ELES DESENCADEADA. 

POR UM S.TOMÉ E PRÍNCIPE MELHOR  E MAIS  UNIDOS PARA TODOS

2 Comments

2 Comments

  1. ANCA

    26 de Março de 2024 at 20:05

    É necessário saber ler a conjuntura económica e financeira interna e internacional, para que não haja desequilíbrios no futuro, necessário se torna uma flexibilização maior, reconhecendo os motivos das partes, há que caminhar no entendimento parcial legitimo que se quer de modo há jamais prejudicar em tempos a classe estudantil,…

    Parece-me exagero, partir para uma base negocial salarial querer aumento de 2.500 dobras para 10.000 dobras, sem ter em conta a inflação, o PIB, a Produção interna, quando se sabe que o País, território/população/administração, depende da assistência externa para levar a cabo este desafio, salarial, de desenvolvimento, há que ter por de principio negocial e chegar a acordos, que podem ou poderiam ir para alem deste ano e próximos,…

    Nada é ilegítimo nesta matéria, nem a posição do governo, bem como da dos professores…

    Mas há que ter em conta muitos fatores, condicionantes conjuntura nacional/internacional, do PIB interno, produção interna, receitas interna, projeção para os próximos anos etc…

    Nenhuma greve ou melhor sindicatos devem ou deveriam, parar os serviços de um país território/população/administração, por tempo indeterminado, que já de se é pobre, de que vive de ajuda e carestia para levar a cabo seus projetos de administração orçamental,…

    Quem sai prejudicado é o país, território, população, administração,…a classe estudantil, os pais e encarregados de educação.

    Se se é de educação deve ou se deveria se ter em conta esta premissa e realidade bem presente na base sindical e negocial, dentro da cas de educação

    Há que saber negociar e ser flexível dada a conjuntura interna nacional internacional, e prever ou querer encontrar uma saída, consoante a realização financeira neste momento do país…

    Os lideres sindicais, têm de prever o que vem depois da greve e encontrar uma solução, de bem estar para as populações que necessitam destes serviços,…

    É pena que as centrais sindicais nacionais só servem para reivindicar salários,…pois que todos anos independentemente de que governo partidário estivesse no poder deveriam, apresentar propostas de melhorias de ensino, da educação em são Tomé e no Príncipe,…

    Problemas de salas de salas lotadas, programas de ensino desadequado a realidade nacional, falta de exigência para qualidade de ensino nacional, falta de material, didáticos, carteiras, casas de banhos avariadas estragadas, falta de formação adequada de qualidade, para ministrar o ensino, transporte escolar, degradação do ensino no país,.. etc…sem falar no problema da dupla insularidade e dos alunos que vivem no interior do país,..na ilha do príncipe que se precisarem de fazer uma formação terem de deslocar a São Tomé,.. ou de Guadalupe ou das neves ou de São João de angolares,…

    Há que ter um olhar para além das reivindicações que são legítimas,…saber ler a conjuntura económica financeira nacional, internacional

    Será que a sociedade sai a ganhar ou a perder,…????? Isto tanto para o governo, bem como pra os sindicatos.

    A administração do País, aos governos este e futuro, chegou altura de criar riqueza no país, território, população, administração e saber distribuir

    Politicas salarial, faz se sentir necessária, há que organizar melhor as finanças do país,…tenho referido aqui varias vezes, temos instituições fracas, há que mudar esta realidade,…rumo ao progresso institucional.

    Instituições fortes, com recursos humanos, gestores e profissionais capazes e bem qualificados, reforma da administração pública urgente, formação contínua dentro da administração publica, escola da administração publica, onde ninguém deve participar no concurso de admissão sem fazer o níveis necessários para entrar para administração pública, deontologia profissional, conhecimento sobre o funcionamento da administração publica que se pretende a nível da saúde, educação, justiça, economia, finanças, desporto, etc,etc…

    Aposta na formação profissional para inverter o quadro de pobreza nacional, de que os números falam por si,…

    Áreas profissionais, a construção civil, pintura, carpintaria, eletricistas, no comércio, agricultura, agropecuária, na pesca, na mecânica, na eletromecânica, computação, na saúde, auxiliar de Acão medica, os servente, pedreiros, na jardinagem, hotelaria e turismo, na culinária, línguas, apoio social a crianças e idosos, etc. etc…cluster do mar, desporto…

    Nem tudo precisa rios de dinheiro, as vezes somente de melhor organização interna.

    Ajuda o teu País

    Tu és capaz

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  2. André Ventura do CHEGA

    26 de Março de 2024 at 22:07

    PCD é um termo político em São Tomé e Príncipe.
    Ninguém com juízo leva a sério os gritos na escritura com letras maiúsculas em narrativas. Um Partido Político a escrever assim? Só com Jesus Cristo!

    As notícias que têm vindas a sair de Sāo Tomé e Príncipe dão-nos a indicação que o Patrice Trovoada quer afirmar o Fascimo e a Ditadura nas ílhas. Temos de ter muito cuidado com isso. Deve haver um espaço de negociação que exclui a presença de Patrice Trovoada como Primeiro Ministro. É preciso nāo se perder as circunstãcias de perigo com a instabilidade social. A melhor via seria penalizar este homem do ADI. Sanção de garantia é obvia. Ninguém disputa isso, sem dúvidas a situaçåo permite sim para se tratar de tal modo com todas as questões na mesa para quem que venha a ganhar com isso, a partir do momento que o povo exigi é o próprio povo. É um conjunto de matérias que achamos conveniente encontrar um consenso com a retirada do Patrice Trovoada. Todas as razões a favor e contra convergem ao afastamento deste individuo, Patrice Trovoada. O impasse poderá forçar a tal famosa rutura publicada num artigo do Télanón. Patrice Trovoada está a fazer jogada política para se manter no poder a qualquer custo. Compreende-se isso.

    O que falta e é irónico é que não se mobiliza a população para fazer pressão ao governo.

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top