A constatação é do Presidente da República Carlos Vila Nova. De regresso ao país após ter participado em Portugal nas celebrações dos 50 anos da revolução de 25 de Abril de 1974, que trouxe liberdade para Portugal e para as antigas colónias portuguesas, o chefe de Estado comentou o posicionamento assumido pelo seu homólogo de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a necessidade de reparação as ex-colónias pelos actos da escravatura.
«Se Portugal traz este assunto ao quotidiano acho que é de todo relevante para que se discuta e que se revejam também estes aspectos e nós continuarmos a nos aproximar cada vez mais… Isso vai ser de forma transparente e clara», afirmou Carlos Vila Nova.
O Presidente de São Tomé e Príncipe explicou que Portugal ainda tem contas a ajustar com as antigas colónias.
«A descolonização pode estar resolvida, mas os actos de maus-tratos, de violência e outros que aconteceram não estão resolvidos».
O posicionamento de reparação assumido pelo Presidente de Portugal é considerado de normal por Carlos Vila Nova.
«Eu velo isso com normalidade até porque ao nível de outras potências colonizadoras esse processo já está um bocado avançado, já está em discussão», frisou.
Carlos Vila Nova alertou que «não podemos meter isto debaixo do tapete ou dentro da gaveta».
São Tomé e Príncipe considera que Portugal deve liderar o processo de reparação dos danos causados pela escravatura. «Se nós não o liderarmos, assumindo, vai acontecer o que aconteceu com os países que tendo sido potências coloniais, ao fim de X anos perderam a capacidade de diálogo e de entendimento com as antigas colónias», concluiu, o Presidente Carlos Vila Nova.
Abel Veiga
ANCA
2 de Maio de 2024 at 9:12
Nenhum país(território/população/administração/mar e rios), na conjuntura atual pode-se se dar ao luxo dizer que tem independência total,…
Vivemos num tempo de interdependências,…mundial, o mundo esta cada vez mais ligado, um ato ou uma ação, um contexto, num determinado país ou região, tem reflexo, influência, impacto noutro país/região, vice/versa.
No nosso caso devemos ser mais inteligentes, na forma como nos organizamos, como sociedade, como comunidade, sobretudo nas as questões ligadas a justiça, os deveres e direitos, as garantias, responsabilização, a normalização da sociedade, nas questões ligada a segurança, da pobreza, da miséria, da fome, das alterações climáticas, do existência humana, sobrevivência humana, da paz, da saúde, da educação, da economia(diversificação econômica, criação de emprego) e finanças(poupanças, fundos de providencias) da forma como gerimos o nosso território, população, administração, mar e rios.
Pois que jamais existira pedidos de desculpas que apagara as atrocidades cometidas,…o pior é que ainda existem nestas sociedades sinais preocupantes de mentalidades, que evoluíram pouco ou nada no contexto atual, e da Historia que os próprios escreveram, a Historia da humanidade, comprovados pelos factos científicos.
Temos um caminho há fazer e é nestes objetivos que devemos estar concentrados, a construção de uma sociedade, uma comunidade onde jamais haja injustiças, em que haja a defesa da liberdade, paz, nem entre nos, e que nem haja subjugação, escravização do Homem pelo outro igual.
Devemos criar todas as condições possíveis, para que jamais as nossas populações, sobretudo jovens, sejam obrigados a emigrar a procura das melhores condições de vida, estudar, formar, tratar da saúde, noutro lugar, sobretudo naquelas, sociedades, onde os antepassados já foram escravizados, abusados, torturados, onde houve violações dos direitos, extermínios, execuções e mortos,… devemos fazer todos os esforços possíveis nestas matérias.
Há que conhecer bem a nossa Historia, Historia da nossa cultura, História de África e dos Africanos desde primórdios, as invenções as conquistas, os nossos fracassos e derrotas, vantagens e desvantagens,…
Para que sempre tenhamos consciência individual e coletiva da nossa sociedade, comunidade, do território, mar e rios das instituições que nele existem, sua força, sua independência, valorização da nossa cultura, do nosso saber e saber fazer, na interdependência dos povos.
Apostar na educação/formação(técnica profissional), formação media e superior interna essencial
Tem havido, programas de apoios insuficientes, que muitas vezes até servem como travão ao desenvolvimento dos nossos países,….a questão de retorno do investimento, por varias vias, até falta capacidade, visão do que se realmente é importante para alavancar a economia.
Por outro lado, fazemos de tudo para destruir, comprometer o pouco que os programas de cooperação, de financiamento que no têm sido posto a disposição, por falta de organização e rigor,…
A restituição das obras roubadas deve ser uma realidade, muitas estão espalhadas nos museus, europeus, americanos, asiaticos, onde para entrar tem que se pagar um quantia,….muitas foram leiloadas e vendidas, estando em casas de pessoas que tiveram responsabilidades em África.
Se és de São Tomé e Príncipe
Se nasceste aqui
Acredita somos capazes
Ajuda a construir o teu país(território/população/administração/mar e rios)
Protege a tua família, esposa/o, filhos
Estuda, trabalha, pesquisa, inventa, pensa, e pensa antes de fazer
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
Deus abençoe São Tomé e Príncipe
Nilson
2 de Maio de 2024 at 12:43
Sobre este tema específico concordo plenamente com o Presidente da República de S.T.P., Carlos Vila Nova. Porque seria uma boa idea Portugal pagar (dinheiro e pedir desculpas) pelos “maus-tratos e de violência” que foram culpados durante mais de 500 anos massacrando, colonizando e castigando os Africanos.
Dionísio D.
4 de Maio de 2024 at 10:21
Meu caro
“…de onde vem a iniciativa…” é irrelevante. E Portugal não é só um, Portugal tem o peso militar da OTAN para ameçar e nos intimidar em África. Deixa de dizer bobeiras, Sem Assunto! Desde do ano 1960 até presente data que os negros e bons europeus anti-colonialistas, anti-imperialismo, contra fascimo, ditadura, discriminaçāo e rejeitando o racismo, pessoas de boa consciência e corajosas que não são como tu que se “vende e vende” os teus irmāos negros para os europeus, pessoas revolucionárias têm vindo a combater o mal. Andas a dormir ou quê? Como é que não sabes deste fato?
Não me enganas!
O processo começou até muito antes. Aprende a História de escravatura do Brasil, América do Norte, África do Oeste, etc.
Estás errado meu filho. O Nilson é quem diz a verdade.Aprende com ele, Sem Assunto!
ANCA
2 de Maio de 2024 at 14:18
Necessidade de construir pontes parcerias estratégicas internas/externas em areas prementes da vida social, nos sectores estratégicos
Parcerias publico
/privadas
Parcerias privadas 50/50
Cooperação sul/sulp
Boa comunicação e definição de objectivos de governação orientador, para os governados neste caso as populações, os setores de desenvolvimento, politicas assertivas de modernização, diluídas num plano de desenvolvimento.
Criação de um fundo de emergência
Politicas percussoras e geradoras de ganhos e poupanças de criação de empregos e postos de trabalho, modernização diversificação económica, …
Modernização do sector da educação saude e justiça
Magistratura de influência interna/externa
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
Deus abençoe São Tomé e Príncipe
Renato Cardoso
2 de Maio de 2024 at 16:37
A primeira Reparação é os novos colonos pretos reparar os estragos realizados no período pré Independência e no pós Independência e que continuam sendo cometidos também por Vila Velha e o partideco que o catapultou para o cargo que desempenha sem glória e capacidade !
Depois disso vai sonhar com a Reparação de Portugal!
Nini
3 de Maio de 2024 at 6:21
Mulher or Homem de nome Renato Cardoso-
Deixa-me lhe educar um pouquinho. Uma coisa não cancela a outra. Elas são igualmente “in juxtaposition” e não em oposição. Quero dizer ou explicar o seguinte:
O que aconteceu durante a pré-independência e pós independência é repreensível e deve ser severamente criticado mas algumas coisas boas foram feitas à conquista da liberdade no continente africano. Os nossos antepassados e aqueles que nos ajudaram nesta luta e muitos/as acabaram por perder vida também merecem o nosso respeito e consideração. A descolonização depois de mais de 500 anos de escravatura, chicote, trabalho duro e forçado sem pagamento ou remuneração, sofrimento e mortes de baixo de sol e chuva, os actos de maus-tratos e violência, etc. também merecem repúdio e reparação. Renato Cardoso pensa que isso foi bom para nós africanos? Essa pessoa não tem consciência naquilo que é justo ou escreve sem pensar.
Não vai haver uma verdadeira amizade e confiança entre os Africanos e os Europeus enquanto não for reparado esta maldição.
Não é um sonho nenhum. Temos de instruir as nossas crianças para que no futuro eles e elas não cruzem os braços contra o mal e dominação colonial e escravatura moderna porque a história repete-se quando as pessoas ficam distraídas.
Queres escravatura de novo?
Porquê insultos designando os outros de “pretos”? Preto é tinta preta. A raça chama-se negra(o)/africano(a). Ou invés de escrever pretos, escreve negros. A gramática de Escola Primária Dona Maria de Jesus é fácil aprender. Entendo: ninguém sabe tudo e cada ser humana tem dificuldades em várias áreas. Por isso, a perfeição não existe entre criaturas porque não somos divinos.
Se calhar estou errado. Renato Cardoso se calhar é mestre nesta área sobre “Reparação de Portugal.” Não sei…
Maria Custódia
3 de Maio de 2024 at 17:25
Entretanto, de Sãotomé saiem aviões cheios de sãotomenses que preferem limpar o chão e esfregar e os pratos aos Portugueses do que serem escravos de uma ideologia da mão estendida e da indignidade humana promovida em São Tomé há 49 anos. O que tem o Sr. Presidente de STP a dizer sobre isto?
Estamos a ser enganados novamente e à descarada. Dos investidores do Dubai aos poços de petróleo sucede agora a promessa de milhões de uma reparação histórica que não vai passar de palavras… A continuar assim, esta terra vai tornar-se uma terra dos bichos muito rapidamente.
Maria Custódia II
3 de Maio de 2024 at 22:56
Maria Custódia:
É fácil explicar este fenómeno. Mas não é fácil entender. Porque é necessário estudar “histórias” do continente africano e história e política do mundo sobretudo daqueles que nos colonizaram. Estudar e pesquisar informações de ambos lados, e não só ler os livros escritos por pessoas influênciadas pelo sistema explorador quer em África quer na Europa. Também pergunta os ovôs e as avós, os chamados mais velhos/as. Sejais receptiva as informações multifacetadas.
Vivemos num mundo onde pessoas cheio de malvadez estão no poder, dominando quase tudo e controlando o raciocínio e as mentes das pessoas—média social é um exemplo, governos e instituições de façadas também fazem esse jogo sujo contra a massa.
É uma jogada dos “gângsters”internacional que estamos a perder. O processo é longo, profundo e muito complicado.
Na minha opinião não acho que “preferem limpar o chão e esfregar e os pratos aos Portugueses” como sugere.
Longo
Ninguém quer ser escravo de ninguém.
Os Santomenses a meu ver não “…saiem aviões cheios de sãotomenses que preferem limpar o chão e esfregar e os pratos aos Portugueses…” porque querem essa vida. Não! Não querem essa vida e fazem isso como algo de sobrevivência e procurar safar. “Fome mata” disse o mais velho. Se STP oferecer melhor condições, emprego que paga razoavelmente para viver, então quase todos voltam e ninguém ou a maioria não vai sair para estrangeiro a procura de algo para matar fome.
Quem não sabe que próprio os portugueses (os pulas) saem de Portugal a procura de uma vida melhor nos países mais desenvolvidos que Portugal?
Nós fomos aldrabados.
O Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, ajuda externa e outras armadilhas que põem o país em dívidas, quem beneficia com tudo isso? São os estrangeiros e os nossos corruptos/as.
Profundo
Os nossos maiores inimigos são aqueles que nos colonizaram, e aqueles que não nos querem ver progredir e que também são algumas pessoas da nossa terra e muitos estrangeiros contribuindo para nossa desgraça e pobreza.
Complicado
A dignidade humana é algo que toda pessoa sã deseja.
Quando a barriga tem fome e as necessidades não são encontradas a dignidade padece. Por questão de princípios e valores podemos sacrificar (como muitos negros sacrificam em Cuba, nos Estados Unidos, etc.) no sentido de encontrarem a dignidade para eles. Nós os Santomenses teremos de encontrar a nossa via e ajudar o nosso povo conduzir num caminho de autossuficiência, desenvolvimento e prosperidade. Para isto é preciso muita luta e muito sacrifício. Nada na vida consegue-se com facilidade. E é bom sacrificar para alcançar porque valoriza-se muito mais aquilo que se alcança com sacrifício.
Os Bichos
Os bichos são aqueles que roubam petróleo de África (africanos da elite, classe política, corruptos e pessoas com influência no governo roubam o povo com ajuda de estrangeiros: União Europeia, quase todo o ocidente, China, Rússia e outros agentes terroristas económicos locais e estrangeiros radicados em São Tomé em particular e em África em geral). O povo é a única força que pode travar isso se unirem e organizarem todos juntos contra o mal. Quem paga neste jogo de exploração dentro do nosso continente somos nós. Por isso temos de estudar e planear formas e estratégias para combater os “bichos” locais e “bichos” estrangeiros.
O povo tem uma missão a fazer. Temos de preparar e educar e dar informação ao povo como se mobilizarem para combaterem o mal que lhes afeta e que causa os danos sociais, empobrecimento de famílias, e azar no progresso e desenvolvimento das nossas crianças.
A nossa função é ajudar neste processo para combater. Se isso acontecer, vai haver “milhões de uma reparação histórica” para o nosso povo.
Vamos reconstruir o que é nosso e viver dentro das nossas possibilidades.
Leva tempo mas é possível sairmos dentro do buraco em nos encontramos.
É preciso batalhar e ter esperança sobretudo para nova geração vindoura.
Nini
3 de Maio de 2024 at 22:59
Eu Nini, no tempo colonial, quando o meu pai era da DGS, denunciava todos esses bandidos que estavam armados em revolucionários e que só voltaram para estragar país mesmo,com mania de intelectual. Eu vou acabar com eles todos como dei cabo com o Bruno e a sua amiga margarida, que conhece o meu parceiro com quem vivo.
Eu Nini sou cara podre, ninguém brinca comigo, quando escrevo é para dar cabo das pessoas. É assim só.
Mé Dumu
4 de Maio de 2024 at 11:36
O passado da história colonial mexeu e ainda mexe com muitas sensibilidades quanto a imposição e a lei dos mais fortes!O mesmo deve servir como o guia do presente para corrigir as perturbações causada por ela!
homens fracos
4 de Maio de 2024 at 21:25
Homens Fracos é uma pena…
Perdem o debate. Depois de não conseguirem atacar a mensagem atacam o mensageiro. Ataques à pessoa chama-se falácia Ad Hominem. O Bruno Miguel Carvalho Rodrigues é um deles, cabecilha. Ele ataca as pessoas aos invés de oferecer contra-argumentos sólidos e válidos.
Sociedade Santomense já não produz homens?
Note:
Atacar a pessoa: Essa falácia ocorre quando, em vez de abordar o argumento ou posição de alguém, você ataca a pessoa de forma irrelevante com mentiras, boatos, fofocas, difamação, etc.
O povo Santomense não está interessado nisto. Sabemos o que o povo quer. Por isso, de hora avante vamos ignorar os Ad Hominem. Deixa Bruno comer as porcarias dele.
Madre Teresa Católica
4 de Maio de 2024 at 16:59
Não é verdadeiro Nini. Estou confusa. O verdadeiro Nini é quem está a dominar e dizendo pura e simples verdade. O pretendido escreve falsidades e difamação. Homem fofoqueiro e mentiroso como o Bruno é pior que uma mulher leviana como a tal Margarida.
Ziaurmarx Ramman Fernandes
8 de Maio de 2024 at 10:19
Senhor presidente, a descolonização não está resolvida.
Passo a citar;
1 – Quem escreveu a nossa constituição, e quando há problemas de interpretação da constituição, a quem recorremos, não temos constitucionalistas em São Tomé e Príncipe?
2 – A língua portuguesa, foi nos imposta pela colonização- qual é a nossa verdadeira língua?
3 – A educação, a nossa educação é praticamente cópia ultrapassada da Portuguesa. Os vários projetos falados, como exemplo de fast track.
4- A saúde- quando os senhores ficam doente correm para o colonizador para serem tratados
5- A nossa migração- nos tempos passados fomos retirados a força da nossa terra, e hoje somos nós que corremos ao encontro dos colonizadores.
Senhor presidente perante estes fatos, deixo cair a sua teoria.
Sou a favor de debates sim, para se analisar estas questões, e não é só debate político, porque desde 1991 que se mostrou que os ditos dirigentes Saotomenses são incapazes de fazer uma negociação como deve ser, sem pensar no seu próprio bolso, será um debate com especialistas de diferentes áreas.