Política

Príncipe celebrou 29 anos de autonomia, mas ainda sem capacidade de auto governar-se

Reserva mundial da biosfera desde o ano 2012, a ilha do Príncipe é há 29 anos uma região autónoma.

O estatuto de reserva mundial da biosfera é o único símbolo real da autonomia no Príncipe. Um estatuto que a UNESCO renovou no ano passado por mais 10 anos.  Talvez por isso no discurso por ocasião do dia 29 de abril, data da autonomia, a Presidente da Assembleia Nacional Celmira Sacramento destacou as boas práticas ambientais adoptadas pela população da ilha como ferramenta para conquistar o desenvolvimento.

Celmira Sacramento falou do turismo responsável, da agricultura sustentável, e de outras acções de protecção da natureza.

O Presidente do Governo Filipe Nascimento reclamou pela autonomia financeira e pela partilha equitativa dos recursos.

A pequena população da ilha, cerca de 7 mil pessoas, está empenhada na conquista do desenvolvimento através de boas práticas ambientais.

A nível político a autonomia do Príncipe resume-se à eleição dos seus representantes na Assembleia Regional. Cerca de 7 mil pessoas fazem a população total da ilha.

Sem capacidade económica e financeira para auto governar-se, Príncipe é conhecido como uma região autónoma dependente a 100% do governo central baseado em São Tomé.

Há décadas que a ilha não exporta sequer 1 quilo de cacau. Dados das finanças indicam que a recolha de impostos sobre o rendimento das pessoas colectivas, principalmente das empresas no Príncipe é irrisória. O Téla Nón apurou que até recentemente as grandes empresas que investiram no Príncipe beneficiam de isenção fiscal.

Um entendimento contratual que permite a determinadas empresas recuperarem o volume de investimentos feitos no território regional. Por isso mesmo a colecta de receitas na região autónoma é residual.

A contribuição da região autónoma para os cofres do Estado é considerada nula, enquanto as despesas com o funcionamento da estrutura político administrativa do Príncipe representam um fardo pesado para os cofres do Estado Santomense. 

Abel Veiga

6 Comments

6 Comments

  1. Ate quando

    2 de Maio de 2024 at 22:23

    Se Príncipe é um fardo pesado para país então deixem em paz

  2. ANCA

    3 de Maio de 2024 at 0:44

    O desenvolvimento jamais se faz somente com boas práticas ambientais

    Ter mar, ter rios, ter praias, e jamais saber tirar partido é inconcebível

    Falemos do mar, da economia azul, cluster do mar,

    Segurança marítima

    Escola e investigação conhecimento marítima e dos oceanos, suas potencialidades

    Pesca artesanal, semi insdustrial, aquacultura, produção energética, energias limpas, portos, reparação de embarcações, transportes, transformação de pescado atum, fabrica, turismo martimos, observação de cetáceos, passeios subaquáticos, desporto marítimos, tudo de forma sustentável de modo a gerar emprego.

    Falemos de rios, ex rio papagaio, espelho de agua, pra prática de desporto, de navegação, barcos de passeios a velas, natação, remos, subida do rio, passeio turístico, caiaques, quando aliado, ao turismo e gastronomia local, gera empregabilidade e mantém a sustentabilidade, a pratica de aquacultura e valorização de especies de rios na alimentação e gastronomia local, sua conservação estudo e viabilização, produção energética,…

    Sol, vento, chuva, produção energetica, agricultura, agropecuaria, prática desportiva parapente,…

    Praias quando vem geridas e aliadas a gastronomia local, geram lucros, a qualidade da agua, limpeza e vigilância, a segurança a certificação e bandeiras,…exploração de equipamentos de apoio ao lazer, aos banhistas, chapeu de sol, espreguiçadeira, bangalós, aliadas a festivais ou festividades locais, eventos culturas, mostra culturais, bares restaurantes e cafés, implementação de economia circular, receitas ao país e a região.

    Diversificação económica, transformação económica e financeiras, produção e transformação da produção agrícola, hortaliças, legumes, frutas, flores, plantas e folhas cascas medicinais, banana, milho, mandioca, matabala, coco, fruta pão, café, cacau, cana de açúcar, etc etc …criação de gado, bovinos, caprinos, ovinos

    A valorização cultural, a gastronomia, a criação de parques naturais, aquarios, piscinas, para passeios e safaris no interior, com a valorização de endemismos existentes, tudo isso quando bem pensado e organizado gera emprego, empregabilidade, superação de fome, miséria pobreza.

    Requer planeamento plano nacional, plano regional, plano director municipal ou da autarquias locais, planos de pormenor

    Organização, rigor, formação, investimento, infraestruturas, responsabilização, justica e segurança

    Se és de São Tomé e Príncipe

    Acredita somos capaz

    Ajudemos a construir o nosso país, território, população, administração, mar rios

    Pratoquemos o bem

    Pois o bem

    Fica nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  3. Luis Fonseca

    3 de Maio de 2024 at 6:45

    Então mas se nem São Tomé consegue se governar…

  4. GANDU@STP

    3 de Maio de 2024 at 7:53

    Bom dia STP!

    “A contribuição da região autónoma para os cofres do Estado é considerada nula, enquanto as despesas com o funcionamento da estrutura político administrativa do Príncipe representam um fardo pesado para os cofres do Estado Santomense.”

    Talvez, seja a hora de por um fim nessa “brincadeira de crianccas”!
    Na era colonial bastava um Governador para todo o territorio, e mais alguns elementos. OS NUMEROS FALAM POR SI!!!

  5. sol

    3 de Maio de 2024 at 9:38

    Poís é. No Príncipe não param de roubar e as instituições do País vai assistindo. Constroem mansões sem empréstimos bancário e por sua vez esses mesmos malfeitores são promovidas a cargos de relevo. Inspeção não funciona mais, enfim. PAÍS ESTÁ BOM. Agora dizem que o maior ladrão do Príncipe será embaixador. Um tribunal que deixa o homem como se estivesse no jardim e eden. O Senhor montou negócios em Angola, levantou HB com dinheiro saqueado no Príncipe. PAÍS ESTÁ BOM.

  6. Lemba

    3 de Maio de 2024 at 9:39

    Príncipe não faz parte do país? Como assim é fardo para país? Cuidado vocês a brincar com sentimentos de gente do príncipe

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