8 anos após São Tomé e Príncipe ter reatado as relações diplomáticas com a República Popular da China, mais de 200 estudantes santomenses tiveram acesso a formação superior nas Universidades chinesas.
Ao mesmo tempo a superação profissional dos quadros da administração pública e do sector privado, passou a ser constante. Segundo a embaixadora da China Xu Yingzhen mais de 1000 profissionais dos diversos sectores de São Tomé e Príncipe beneficiaram de cursos de curta duração na República Popular da China.
Dados que foram divulgados pela embaixadora da China num colóquio que juntou os quadros formados nas universidades chinesas. Alguns quadros vão prosseguir os estudos, seja em mestrado ou doutoramento. No entanto, a maioria já está a aplicar os conhecimentos adquiridos para promover o progresso de São Tomé e Príncipe.
«A China é um país de oportunidades», afirmou Waldma Pires. Licenciada em Bio-Saúde foi estudar na China logo após a retoma das relações diplomáticas no ano 2017. Após a licenciatura fez o mestrado. No próximo mês de setembro regressa a China para concluir o doutoramento. «Tudo isto foi possível porque a China é um país de oportunidades. Os chineses dão-te oportunidades quando percebem que você tem potencial», frisou Waldma Pires.
No colóquio de partilha de experiências sobre a vida estudantil e o conhecimento adquirido nas universidades chinesas destacou-se um ex-estudante que agora dirige o sector da economia de São Tomé e Príncipe. Trata-se de Disney Leite o actual ministro da economia.
«A formação recebida na China preparou-nos para contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do nosso país. Como Ministro da Economia os conhecimentos adquiridos permitem-me promover políticas que incentivem o crescimento da economia nacional», declarou o ministro da economia.
A atracção do investimento privado chinês é uma das principais lições que Disney Leite pretende implementar como ministro da economia. «Tudo quanto poderei fazer para atrair investimentos directos estrangeiros sobretudo de investidores chineses, o farei. Estaria aqui como um embaixador da China em São Tomé», pontuou.
Os quadros formados na China começam a ocupar posições de decisão na estrutura da administração pública Luísa Cabinda é outro exemplo. Formada em Direito na China é actualmente membro da direcção do ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. «Eu amo a China», revelou Cabinda. Segundo a directora do gabinete do ministério da justiça, para além da formação académica concluída no ano 2021, a universidade e a sociedade chinesa «ensinaram-me a ser uma líder». Luísa Cabinda garantiu no colóquio que absorveu a cultura chinesa, e é hoje uma embaixadora da China no mundo.
«O esforço ou o trabalho duro, é a mãe do sucesso…», é um ditado chinês, que foi citado em mandarim pela estudante de economia e comercio internacional Maribel Veiga. Após 5 anos de licenciatura, a estudante santomense prepara-se para realizar o mestrado na Universidade chinesa.
O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, dos Assuntos Parlamentares e do Desenvolvimento, Lúcio Magalhães interveio no colóquio dos quadros formados na China, com uma mensagem de esperança e de absorção de competências.
«Quem quiser trabalhar, quem quiser verdadeiramente trazer conhecimentos para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe tem espaço sim…», pontuou.
O ministro apelou ao espírito criactivo e empreendedor dos quadros formados na China. Segundo Lúcio Magalhães, o governo decidiu recentemente abrir as portas para absorver competências.
«O governo criou um programa de estágios para facilitar a entrada no mercado de trabalho. O estágio é pago pelo governo, e no fim de 6 meses a entidade patronal avaliará se fica ou não com o Estagiário. O mercado abre sempre para quem tem formação e interesse em contribuir», concluiu.
Numa altura em que a China e os Países africanos preparam a realização em setembro da Cimeira conjunta de cooperação em Pequim, (FOCAC), a embaixadora Xu Yingzhen destacou a oportunidade que África tem de implementar a estratégia de construção de um futuro compartilhado.
«Na jornada para a modernização, a China vai trabalhar de mãos dadas com São Tomé e Príncipe e o continente africano para promover os intercâmbios e a cooperação pragmática em vários domínios. Apoiar os países africanos a alcançarem a sua própria modernização, e a construir a comunidade China – África de futuro compartilhado», sublinhou a embaixadora da China.
Promotora de um mundo multipolar a China lançou 3 grandes iniciativas de política externa, nomeadamente a implementação da iniciativa para o desenvolvimento global, a iniciativa para a segurança global, e a iniciativa para a civilização global.
Abel Veiga
Renato Cardoso
5 de Agosto de 2024 at 10:34
O investimento na formação é sem dúvida a ferramenta que deveria ajudar a alavancar a economia das Ilhas;porém as realidades dos países onde enviam-se os jovens não lhes preparam para os desafios que existem nas Ilhas!
Já no passado formaram-se milhares de jovens e adultos noutros países e o impacto no desenvolvimento delas foi quase nulo!
Por conseguinte deveria-se aprender com os erros e repensar sobre a formação externa dos jovens.
No plano interno todos os anos saem fornalha de doutorados e no externo chegam fornalha de doutorados; o impacto é sempre nulo.
Deveria-se repensar melhor todo este processo!
Ovelhas de Corrupção em STP
5 de Agosto de 2024 at 12:12
Sejam bem vindos 200 estudantes santomenses que tiveram acesso a formação superior nas Universidades chinesas. Não sejais corruptos e preguiçosos como aqueles São-tomenses gatunos que não fazem nada; os chamados cabeças de água que detestamos aqui em São Tomé porque eles/elas não fizeram contribuição positiva suficiente ao crescimento da economia nacional. Só roubar e deixar andar. Desleixo! Façam melhor, façam diferente.
Desejo-vos boa sorte!
Quarenta anos de minha vida estive desgostada com esta geração de corruptos santomenses e disse no meu silêncio: é um povo que erra de coração e não tem conhecimento dos seus caminhos. Por isso, jurei na minha ira que os corruptos gatunos preguiçosos imorais não entrarão no meu repouso.
Inês Castrada
5 de Agosto de 2024 at 18:11
São Tomé e Príncipe devia estar de luto pelo menos por 24h, depois do passamento do patriota Pascoal Daio, que em princípio foi entregue á terra onde ele nasceu, nas cerimônias fúnebres que (suponho), já ter tido lugar depois da tranladação da sua urna.
Que repouso em paz e na luz e que Deus dê conforto e consolação a sua espôsa legítima Antônia, aos seus filhos e familiares.
É triste que ninguém tenha publicado e lhe rendido homenagem fúnebre, pois que ele bem merecia.
Sem assunto
5 de Agosto de 2024 at 13:06
Os da União Soviética, Cuba , Portugal, recentemente Marrocos, Brazil, Rússia, Moçambique, Sérvia, Portugal, Taiwan, novamente Cuba e muitos outros becos por onde passam estudantes santomenses a convicção é sempre a mesma, porém esta porcaria não move.
Porque será? De repente é porque estamos a formar o que não precisamos ou são mal formados – não sei.
Já não creio na questão de oportunidade porque o bom e melhor sempre brilhará, para não falar de que no mundo atual o sujeito passou a ser criador da sua oportunidade.
Bangladesh
5 de Agosto de 2024 at 13:12
Revolução
Mudança total e completa
Para meter São Tomé e Príncipe em ordem
Precisa-se imediatamente
Make África Great
6 de Agosto de 2024 at 0:05
A China só procura os seus interesses. Estudantes formados na China, só irão implementar o que a China quer. É muito perigoso ouvir que os nossos quadros e ainda jovens a dizerem se embaixadores da China! Quem representará São Tomé e Príncipe? Quem representará África? Que educação receberam, e recebemos do ocidente, da China, da Rússia. Será uma educação para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, da África. Já dizia o professor Queniano Patrice P.L.O.Lumumba, ” Nós os ditos intelectuais africanos somos um perigo para própria África, se não descolonizarmos a nossa mente”. Não é possível essas palavras vindas de pessoas que ocupam cargos de relevo no continente? Sou embaixador da China! Carros colegas, essa é uma forma de colonização, a África tem que definir a sua própria educação em seu benefício, e São Tomé e Príncipe, precisa urgentemente definir que educação o país precisa.
Dihnis Costa
6 de Agosto de 2024 at 9:33
“Estudantes formados na China dizem-se prontos para ajudar no desenvolvimento de STP”
Título apelativo mas não corresponde de todo à realidade, alguns acredito que estejam, uma minoria, pois, na sua maioria, estão todos preocupados com o seu desenvolvimento custe o que custar, estão tão preocupados com o desenvolvimento do país, assim como está o Ministro da defesa e ordem interna e o atual embaixador de STP em Cabo Verde…
Não acredito muito que quem esteja preocupado com o desenvolvimento do país, aceita juntar-se a um governo sem um programa estrutural de desenvolvimento do país, o atual Ministro da economia foi recrutado pelo PM na China, um jovem vindo das fileiras do MLSTP, o que lhe levou a integrar neste governo, foi o programa apelativo do governo, foi a vontade de ajudar no desenvolvimento do país ou pensou apenas em si e nos ganhos prometidos pelo atual PM?
Para desenvolvermos STP é preciso pensar em STP e “deixarmos” de trabalhar em prol do poder absoluto de um grupo de pessoas, o país não poder pertncer a um grupo de santomenses e pseudos santomenses, o país deve ser de todos, é preciso pensar num país para todos e não somente dos que só sabem dizer “Amém” ao chefe… eu não passo anos e anos a estudar e a ganhar conhecimentos para depois enfia-los numa gaveta em detrimento de alguns euros, quando o meu país, o país que os meus pais ajudaram a construir, o país que devia deixar em melhor condições para os meus filhos e netos, continua a degradar-se por culpa por culpa de um grupo de famintos.
Jovens quadros do país têm que deixar de se venderem, o atual procurado da república é a prova viva disto, um autêntico serviçal, quando devia aproveitar o cargo para fazer o seu nome e deixar marca positiva na nossa justiça.
Tenho dito…