Política

“Em STP não é suficiente vencer um concurso é necessário pertencer a um partido político”

Depois do chumbo pelos deputados da maioria parlamentar na eleição para o cargo de juiz conselheiro do tribunal de Contas, Jonas Gentil que venceu o concurso, decidiu recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça nas vestes do tribunal Administrativo.

«Introduzimos um recurso para suspender, em primeira mão, a eficácia do ato da maquiavélica deliberação de um grupo de deputados. Introduzimos também um recurso de anulação do ato propriamente dito» – disse Hamilton Vaz.

O advogado de Jonas Gentil avançou também o nome da Juíza que deve fazer a justiça do caso.

«Este caso está entregue a juíza de nome Eurídice Dias, veneranda juíza do Supremo Tribunal de Justiça com a responsabilidade no que toca ao tribunal administrativo para resolver esta situação».

Jonas Gentil, que se considera injustiçado, diz que a preocupação é também com as gerações futuras.

«Enquanto professor ensino completamente o contrário e agora vejo-me nessa situação. O quê que vou explicar aos meus alunos que afinal, como havia dito numa nota que fiz que em S. Tomé e Príncipe não é suficiente vencer um concurso, se calhar é necessário pertencer a um partido político que é o que eu sempre evitei».

Jonas Gentil disse mais “em momento algum julguei que houvesse essa possibilidade de ser eleito pela assembleia, caso assim fosse, nem sequer concorreria para este concurso” – sublinhou.

Na última sessão plenária da assembleia nacional, a maioria parlamentar da ADI e da coligação MCI-PS/PUN decidiu eleger para o cargo de juiz conselheiro para o Tribunal de Contas, Dany Nazaré, o terceiro classificado do concurso.

José Bouças

5 Comments

5 Comments

  1. Sem assunto

    25 de Agosto de 2024 at 16:13

    É um ato reitorado na nossa Administração Pública, de modo que concluo que a repercussão é por tratar se do Jonas Gentil. Não pretendo com isto defender esta ação hedionda e grotesca por parte do grupo parlamentar do ADI e dos seus apaniguados MCI-PS/PUN, do contrário condeno-a veementemente.
    O rapaz que foi preterido no lugar de quem realmente aprovou e mostrou-se apto para ocupar o cargo não tem vergonha?
    Pactuas com estes sanguessugas para apunhalar um jovem igual a você?
    É isto tipo de gente que andou tanto tempo ensinando Direito na Universidade Pública de São Tomé?
    Sacana!

  2. Sofia

    25 de Agosto de 2024 at 17:56

    Nao tirando partido, so fiquei com dúvidas, o senhor nao fazia parte do coletivo dos juizes do tribunal constitucional , k nao fez nada, quando assembleia, tinha mandado um grupo de juizes para casa. Picante nos olhos dos outros é refresco….agora lhe deu amnésia…. talvex esteja enganda. Se estiver me desculpe.

  3. Olivio Araujo

    26 de Agosto de 2024 at 10:07

    O caso de Jonas Gentil mostra que há problemas significativos com a transparência e a imparcialidade dos processos de nomeação em São Tomé e Príncipe. Embora ele tenha vencido o concurso para o cargo de juiz conselheiro do Tribunal de Contas, a decisão dos deputados de escolher o terceiro classificado levanta sérias preocupações sobre a capacidade de os deputados de exercer influência política no sistema judiciário. A situação mostra a dificuldade de manter processos justos e baseados em mérito, o que pode desmotivar profissionais qualificados e comprometer a confiança do público nas instituições do país.

  4. Sweetzer dos Prazeres Batista de Sousa

    26 de Agosto de 2024 at 11:08

    Jonas Gentil, feliz ou infelizmente sabias perfeitamente disso. Foste júri de um concurso que teve o mesmo fim. Aquilo eraum sinal do que ha de vir… Estamos agora no quarto eixo “Há de vir” estão preparados…
    A ca samé subáaaaa

  5. Cleopter dos Santos

    26 de Agosto de 2024 at 14:48

    Meus senhores, com o ADI, assim será e vai ser sempre e ponto final.

    O povinho é quem mais ordena. Nós somos o povo. O povo é poder

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