17 de setembro é um dia especial na China. É celebrado a festa da Lua também designada meio-Outono. Uma festa tradicional marcada pelo recolhimento e convívio no seio da família.
Outono é a nova estação climática na China. 1 de outubro é a data em que foi consumada a revolução comunista que proclamou a República Popular da China em 1949.
No dia 16 de setembro, a embaixada da China em São Tomé e Príncipe reuniu a comunidade chinesa no país e os santomenses para celebrar o 75º aniversário da fundação da República Popular da China.
Uma civilização milenar, que após a revolução comunista lutou contra a pobreza, promoveu a paz no mundo, e agiganta-se no século XXI como a segunda maior economia do mundo. O crescimento económico chinês continua nos 5% por ano, mesmo após a pandemia da COVID-19.
«A economia digital está a avançar rapidamente, e em termos de acesso às novas tecnologias de informação e de comunicação está a liderar o mercado mundial, com uma cobertura de mais de 60% de utilizadores de 5G. A China vem desenvolvendo vigorosamente indústrias ecológicas, como as de energias renováveis, para combater as alterações climáticas», declarou Xu Yingzhen.
A embaixadora da China que acompanhou os trabalhos da delegação do governo de São Tomé e Príncipe no 9º Fórum de Cooperação China – África de realizado recentemente em Beijing, disse ao público presente na celebração dos 75 anos da revolução comunista, para além da assinatura de acordos estruturantes da cooperação entre os dois países, no ano 2024 «os intercâmbios entre os dois países têm sido cada vez mais estreitos a todos os níveis e em todos os domínios».
O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Gareth Guadalupe, também interveio e detalhou os factos da cooperação estratégica que foi cimentada entre os dois países neste mês de Setembro.
«Consolidamos os projectos de grande importância que contribuirão para o desenvolvimento sustentável do nosso país, como a modernização agrícola, a construção de infraestruturas de saúde, e a expansão de energias renováveis».
O chefe da diplomacia santomense disse que existem outros projectos definidos pelos acordos assinados em Beijing, mas preferiu destacar estes três. A modernização agrícola é estruturante porque, segundo o Ministro Gareth Guadalupe, mata a fome e vai permitir ao país atingir um dos objectivos principais que é a garantia da soberania alimentar.
A China vai apoiar São Tomé e Príncipe na construção de centros de saúde. O Ministro dos Negócios Estrangeiros, realçou a absorção por São Tomé e Príncipe da experiência da China de levar a saúde para mais perto da população.
«Queremos tocar na população. Tem a ver com a construção de centros de saúde, não só para internamentos, mas também ter centros de saúde que podem resolver questões ligadas a maternidade», precisou.
O Ministro garante que junto com as equipas médicas chinesas os cuidados de saúde de qualidade vão chegar às populações.
«A capacidade da China de erradicar a pobreza extrema e modernizar a sua sociedade numa velocidade sem precedentes, é sem dúvidas uma fonte de inspiração para o mundo, especialmente para nós São Tomé e Príncipe», afirmou o ministro dos negócios estrangeiros.
Ao celebrar 75 anos, o modelo chinês de desenvolvimento e modernização vai ajudar São Tomé e Príncipe a resolver um dos maiores problemas que compromete o desenvolvimento do arquipélago. Trata-se da energia produzida exclusivamente por gasóleo, ou combustíveis fósseis.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros recordou aos presentes que a economia de São Tomé e Príncipe se confronta actualmente com um déficit sem precedentes, mais conhecido por Gap Externo, apenas para comprar gasóleo para alimentar os geradores de energia da EMAE.
«A questão das energias renováveis, não é apenas para atender as questões ambientais, mas também para resolvermos um grande problema que temos tido na nossa economia nos últimos anos. Todos aqui temos presente que uma das principais necessidades de cobertura cambial tem a ver com os combustíveis fósseis», confirmou o Ministro Gareth Guadalupe.
Dados apresentados pelo primeiro-ministro Patrice Trovoada há alguns meses indicam que o país precisa arranjar cerca de 80 milhões de dólares por ano para financiar a aquisição dos combustíveis, sendo a maior parte gasóleo.
«E se com o apoio da China passarmos a transição energética naturalmente estaremos a resolver um problema que tem sido um déficit crónico nos últimos anos», pontuou.
No dia festivo da Fundação da República Popular da China, o governo de São Tomé e Príncipe partilhou o projecto de futuro compartilhado.
Gareth Guadalupe aproveitou para reafirmar o apoio inabalável de São Tomé e Príncipe ao princípio de uma só China.
«A nossa nação permanece firme no respeito a este princípio que reconhece a integridade territorial da China e a sua soberania indiscutível», concluiu.
Música e pratos típicos da China fizeram a delícia da festa. Para além de vários membros do governo, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça Manuel Silva Gomes Cravid e a Primeira Dama Fátima Vila Nova marcaram presença na celebração dos 75 anos da República Popular da China.
Para mais detalhes sobre a cooperação bilateral, consulte o discurso proferido pela embaixadora da China em São Tomé e Príncipe.
Abel veiga
Zé de Neves
17 de Setembro de 2024 at 17:38
… que asco… é russos, é chineses parecemos aquela vadia que vai com todos, desde que pague!