Política

UNICEF ajusta o quadro de cooperação com STP para reforçar a protecção das crianças

O programa-quadro de cooperação que liga a UNICEF e o governo de São Tomé e Príncipe tem a duração de 5 anos, e já se encontra no terceiro ano de execução.

O trabalhado de revisão e planificação com os parceiros realizado no dia 2 de novembro, permitiu identificar os ajustes necessários ao programa-quadro, e os investimentos prioritários para que o programa contribua para que São Tomé e Príncipe atinja os objectivos de desenvolvimento sustentável. A protecção das crianças e a promoção dos direitos delas, é a principal meta.

«No caso de São Tomé e Príncipe o difícil ambiente socioeconómico e a significativa tendência migratória vêm dificultar ainda mais esses esforços», alertou Marie-Reine Fabry, representante da UNICEF em São Tomé e Príncipe.

FOTO – Marie-Reine Fabry à direita

Nos últimos dois anos, o fenómeno migratório evoluiu em São Tomé e Príncipe para o patamar de fuga. As crianças são as que mais sofrem. Abundam casos em que sobretudo as mães chefes de família sufocadas com o aperto económico, e a ameaça da fome abandonam as crianças em casa, ou entregam aos vizinhos, e fogem para Europa em busca de pão.

A representante da UNICEF contextualizou a revisão e a planificação do programa-quadro de cooperação da UNICEF neste cenário de crise que fustiga tanto São Tomé e Príncipe como o mundo em geral.

«Esta reflexão surge numa altura em que enfrentamos grandes desafios globais, incluindo crises políticas e climáticas pobreza e discriminação cujo impacto ultrapassa fronteiras e afecta crianças e a comunidades em todo o mundo», precisou Marie-Reine Fabry.

Um contexto que coloca mais ameaças sobre a protecção e os direitos das crianças. A revisão do programa-quadro, pretende cultivar resiliência para conter o sofrimento das crianças.

«Este contexto recorda-nos o quão essencial é salvaguardar os direitos das crianças com o desafio acrescido de recursos cada vez mais escassos, que nos obrigam mais doi que nunca a ser inovadores e a trabalhar em parceria», pontuou a representante da UNICEF.

No relatório recentemente publicado sobre a situação mundial das crianças a UNICEF diz que 3 fenómenos vão ter impacto profundo na vida das crianças até 2050, nomeadamente as alterações demográficas, as crises climáticas e ambientais, e as novas tecnologias.

Em São Tomé e Príncipe já foi lançado um programa de análise do impacto das alterações climáticas para as crianças. E também foi criado comités distritais juvenis para a acção climática.

Por outro lado, Marie-Reine Fabry destacou a melhoria do sistema de ensino pré-escolar através da capacitação de 575 professores de 62 jardins de infância. A vacinação das crianças é a prioridade no sector da saúde. Foi elaborada uma nova estratégia nacional de imunização e a aprovação de financiamentos da Acção Mundial para Vacinação e Imunização (GAVI), para melhorar o sistema de refrigeração das vacinas.

Já nesta terça-feira , 3 de dezembro, a representante da UNICEF assistiu a mais uma sessão do parlamento infantil. A questão dos direitos das crianças esteve no centro do debate parlamentar coordenado pela Presidente da Assembleia Nacional, Celmira Sacramento.

Abel Veiga 

1 Comment

1 Comment

  1. ANCA

    3 de Dezembro de 2024 at 16:43

    No casobde São Tomé e do Príncipe

    A resolução da problemática pode-se colocar em quatro eixos fundamentais, o fortalecimento da Instituição familiar através( formação dericionadas para familias, para os conges, saber a real situaçãoem que vivem, as dificuldades para delinear melhor política, aliada, ao direito, a justiça, a responsabilização,a protecção, a segurança, acompanhamento familiar, na educação, na saude), politicas de rendimento, ou se emprego, (necessidade de diversificação economica, aproveitamento e gestão de recursos formação), a problemática da habitação,(necessidade de instrumentos de ordenamento do território, planos, sobretudo para a habitação jovem, este urgente no país, é indigno a forma como as pessoas e as famílias/jovens/crianças vivem), o quarto pilar desafio, a saúde e educação.

    Ultrapassar a questão dos rendimentos, aumento da produtividade, fortalecimento financeiros familiar, a organização territorial, a construção de habitações, a protecção, a segurança e a sustentabilidade são essenciais

    A questões,a curto prazo, o abandono dos idosos, a delinquência juvenil, a frustração juvenil, as doenças cancerígenas, o álcool, o tabaco, a subnutrição, o agravar da violência, a questão da protecão ambiental, as alteracões climaticas se nada for e vier a ser invertido.

    Necessidade de boa conexão com a Diáspora, a questão das remessas, do regresso, da ligação afectiva que se deve pretender efectivar com território, a cultutura, os custumes

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

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