A construção de um novo hospital de referência, é segundo o ministro de Estado da economia e finanças a bandeira do OGE para 2025. Avaliado em mais de 30 milhões de euros, o novo hospital vai ser construído nos arredores da cidade de São Tomé, mais concretamente no bairro de Ferreira Governo.
Saúde é uma das prioridades do governo, por isso mesmo para além da melhoria das infra estruturas hospitalares, o orçamento geral do Estado tem verbas disponíveis para a aquisição regular de medicamentos e reagentes- «Temos uma verba cativa para aquisição de consumíveis e reagentes hospitalares», reforçou o ministro Gareth Guadalupe.
O governo da ADI liderado por Américo Ramos faz uma ruptura em relação ao procedimento adoptado pelo anterior governo da ADI liderado por Patrice Trovoada. A garantia financeira para aquisição dos medicamentos está já inscrita no Orçamento Geral do Estado. Uma mudança de paradigma para salvar vidas.
«Porque muitas vezes os profissionais de saúde não estão a pedir muito naquilo que tem a ver com as condições de trabalho, que é ter o abastecimento regular de medicamentos, consumíveis e reagentes. Sabemos que todos os anos temos necessidade de importar esses insumos», defendeu o ministro de Estado, da economia e finanças.

O ano 2024 ficou marcado por intensa controvérsia entre os médicos e o anterior governo da ADI de Patrice Trovoada, por causa da rotura do stock de medicamentos e outros insumos hospitalares. Os médicos chegaram mesmo a entrar em greve como protesto pela falta de medicamentos essenciais. «Não podemos sempre que há necessidade, é que estamos a pensar onde ir buscar fundos para o fazer», denunciou o ministro Gareth Guadalupe fazendo alusão ao procedimento do anterior governo da ADI, que não inscrevia financiamentos no orçamento do Estado para a aquisição de medicamentos.
No sector da educação o executivo de Américo Ramos pretende também fazer diferente em relação ao seu antecessor Patrice Trovoada. Segundo o Ministro das Finanças, o actual governo da ADI vai realizar a obra de construção do Liceu Técnico-profissional do distrito de Caué. Gareth Guadalupe recordou aos jornalistas que o Presidente da República Carlos Vila Nova havia denunciado a inação do anterior governo na execução da obra do Liceu de Caué, apesar do financiamento ter sido disponibilizado. «Isso foi um dos argumentos do Presidente da República, para a construção do Liceu Técnico-profissional de Caué. Vamos avançar com esta obra, com fundo da Arábia Saudita, e é a grande novidade que temos no sector da educação», sublinhou.
Dos 260 milhões de euros do OGE 2025, «51% é financiado com as nossas receitas próprias. Os restantes com donativos e financiamentos externos em forma de créditos concessionais», acrescentou.
49% do bolo orçamental suportam as despesas de funcionamento. «por causa do grande peso da massa salarial ao nível da administração pública. 39% despesas de investimento, e os restantes 12% para amortização da dívida pública, pois é uma obrigação que temos com os nossos parceiros de pagar essas mesmas dívidas», explicou o ministro.

O financiamento da alimentação escolar em todas as escolas do país, é outra estratégia do governo para manter a alta taxa de escolarização, assim como a construção de jardins de infância e escolas.
Mas, é o sector das infra-estruturas que absorve a maior fatia do orçamento de São Tomé e Príncipe para 2025. Para além da reabilitação das estradas e pontes, nomeadamente o troço da estrada nacional número 2, que liga Ribeira Peixe à Porto Alegre, o governo aposta na transição energética para sanear o défice financeiro e a diluição das reservas cambiais.
«Com a transição energética ainda vamos precisar dos combustíveis para os geradores e viaturas. Mas, a grande parte da nossa energia será renovável, fotovoltaica e tirará um grande peso em termos de necessidade de cobertura cambial para satisfazer essa necessidade», pontuou.
A Presidente da Assembleia Nacional, Celmira Sacramento que recebeu o projecto do orçamento de Estado para 2025 deverá orientar o sector administrativo e as comissões especializadas do parlamento a diligenciarem no sentido do OGE ser debatido pelos deputados ainda no primeiro trimestre de 2025.
Abel Veiga
Sem assunto
22 de Fevereiro de 2025 at 10:06
Se de facto vierem a construir um novo hospital de referência, bem equipado, com especialistas prontos para o trabalho,
garanto vos de que nunca mais sairão do poder. Do contrário se vier mos a constatar de que só é bazófia e malabarismo, serão chotados dali para fora feito vagabundos e charlatães.
Haver vamos!